Ligação iônica
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Ligação iônica (português brasileiro) ou iónica (português europeu) é um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática[1] de íons com cargas opostas. O exemplo mais comum de composto iônico é o cloreto de sódio (NaCl), que é o principal constituinte do sal de cozinha[2].
A representação dos compostos iônicos é feita por meio de formulas mínimas ou unitárias, ou seja, a representação NaCl, não se refere a simplesmente uma ligação entre um átomo de sódio e um átomo de cloro, pelo contrário, ela representa uma estrutura mínima que se repete em todo o retículo cristalino do composto, onde os íons de sódio (Na+) estão em proporção de 1 para 1 com os íons cloreto (Cl-)[3].
A maioria dos compostos iônicos tem origem mineral, podendo ser encontrados no solo ou dissolvidos em água[4].
Na água do mar, por exemplo, existem íons dissolvidos[2]. Alguns desses íons são positivos, como sódio, potássio e cálcio, e outros são negativos, como cloreto, bicarbonato e sulfato. Ao evaporarmos a água do mar por aquecimento, a remoção das moléculas de água faz com que se intensifique a interação atrativa entre os íons positivos e negativos, favorecendo o agrupamento desses íons em retículos cristalinos, até que se formem os cristais de compostos iônicos sólidos[5]. É assim que se obtém o sal (cloreto de sódio) a partir da água do mar nas salinas.
A ligação iônica ocorre entre elementos metálicos e não-metálicos, ou entre metais e o hidrogênio[3]. Essa ligação é formada quando há um conglomerado de átomos na forma de íons e a energia que os mantém justos é menor que a energia que os mantém separados. Com isso, as espécies são mantidas juntas por meio de forças eletrostáticas[4].
Para obter as espécies iônicas, há processos que podem ser feitos. Um exemplo seria obter o Óxido de Magnésio (MgO), um composto iônico, a partir da combustão do magnésio metálico[3]. A reação é a seguinte:
Nesse caso, há formação de um produto iônico, uma vez que a energia de ligação é menor que a energia de formação das espécies e a energia que os mantém separados, e a junção desses pelas forças elétrostáticas fornecem estabilidade às espécies[3].