Linhas de Ley
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As linhas de ley ou linhas ley[1] (do inglês ley lines /leɪ laɪnz/ ) são supostos alinhamentos entre vários lugares de interesse geográfico e histórico, tais como monumentos megalíticos, cumes, cordilheiras e cursos de água. A frase foi cunhada em 1913 pelo arqueólogo amador Alfred Watkins, em seu livro Early British Trackways e The Old Straight Track. Ele procurou identificar sinais e pegadas de povos antigos nas terras britânicas. Watkins mais tarde desenvolveu a teoria de que estes alinhamentos foram criados para facilitar o deslocamento através de navegação por linhas de visão, no período neolítico, e que teriam persistido na paisagem ao longo de milênios.[2]
No livro The View Over Atlantis (1969), o escritor John Michell reavivou o termo, associando-as pela primeira vez a teorias místicas e espirituais sobre os alinhamentos e as formas nas montanhas e paisagem, e também à tradição popular chinesa do feng shui. Ele acreditava que uma grande rede mística de linhas ley existiria em toda a Grã-Bretanha.[3] Desde a publicação do livro de Michell, a interpretação espiritualizada e mistificada das linhas ley tem sido adotada por outros autores e aplicada a paisagens em diversos lugares ao redor do mundo.
Tanto Watkins quanto Michell são duramente criticados por estudiosos contemporâneos sob a premissa de que, dentre outros argumentos, a distribuição aleatória de um número suficiente de pontos sobre um plano inevitavelmente gera pontos alinhados randomicamente, todos por acaso e sem fundamento para interpretações mais profundas.