Língua cáucaso-albanesa
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A língua cáucaso-albanesa é uma língua extinta membro das línguas caucasianas do nordeste. Foi falada no Reino da Albânia, que se estendia do atual sul do Daguestão (Rússia) até o Azerbaijão, passando pelo território da atual Geórgia, e também por principados e reinos da região, como o Reino de Hereti. Linguistas acreditam que a albanesa caucasiana é uma predecessora linguística de línguas do extremo leste da Europa e que ela é a primitiva da língua udi. Foi amplamente distribuído na região do Cáucaso, principalmente durante os séculos X a XII, utilizada amplamente na margem esquerda do rio Cura. A língua cáucaso-albanesa foi, gradualmente, substituída pelos dialetos turcos e pelas línguas arménia, georgiana e azeri, até cair em desuso e desaparecer por volta do século VIII.[1]
Em 1996, Zaza Aleksidze, do Centro de Manuscritos de Tbilisi, capital da Geórgia, descobriu um palimpsesto no Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, no Monte Sinai, Egito, com um roteiro desconhecido. Ele passou a estudar a escrita do palimpsesto em Tbilisi, identificando o alfabeto como cáucaso-albanês, e argumentando que o manuscrito era um lecionário cristão primitivo datado aproximadamente dos séculos V ou VI. O lecionário pode ser o mais antigo existente na religião cristã.[2][3][4][5] Os linguistas Jost Gippert e Wolfgang Schulze se envolveram no estudo do alfabeto cáucaso-albanês e nos escritos do palimpsesto. Um equipamento especializado de raio-x com musis foi utilizado, o que tornou possível ler os textos do palimpsesto escrito em cáucaso-albanês na sua totalidade. A lista dos nomes dos meses do ano em cáucaso-albanesess, que sobreviveram em um grande número de manuscritos medievais, deu uma das pistas para o idioma.[6][7]
Além dos palimpsestos encontrados no Monte Sinai, no Egito, amostras mais conhecidas de escritos em cáucaso-albanês foram encontradas em 1949 durante escavações na região de Mingacevir, no noroeste do Azerbaijão. Entre as conhecidas palavras cáucaso-albanesas estão zow (próprio, própria) e avel-om (muito, bastante).[6] Outra das amostras de texto decifrados da língua incluem um trecho da Segunda Epístola aos Coríntios.[8][9]