Língua leonesa
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Leonês (llionés)[1][2] (denominado nas falas tradicionais como cabreirés,[3] senabrés, paḷḷuezu[4][5]) é o glossónimo usado para fazer referência ao conjunto de falas românicas vernáculas do norte e oeste do domínio linguístico asturo-leonês (que compreende partes a região histórica de Leão – atualmente as províncias de Leão, Samora[6][7][8] e Salamanca, esta última já desprovida de quaisquer falantes nativos ou patrimoniais[carece de fontes?]) e em algumas áreas adjacentes em território português. O leonês difere dos dialetos agrupados sob o asturiano,[9] embora não haja uma divisão clara em termos puramente linguísticos. Estima-se que os falantes de leonês rondem atualmente em média 25 mil indivíduos.[10][11] As partes mais ocidentais das províncias de Leão e Samora pertencem ao território do diassistema galego-português, embora exista continuidade entre os dialetos dos dois domínios linguísticos.
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Os dialetos leonês e asturiano são desde há muito[quando?] reconhecidos como constituintes de um único diassistema linguístico, chamado atualmente de ásture-leonês pela maior parte dos estudiosos[Carece de exemplos] mas denominada anteriormente como leonês. Durante a maior parte do século XX, linguistas como Ramón Menéndez Pidal (no seu estudo "Sobre el dialecto leonés" [12]) referiam-se ao leonês como uma língua ou dialeto histórico descendente do latim, abrangendo dois grupos: por um lado, os dialetos asturianos e, por outro, certos dialetos falados nas províncias de Leão e Samora em Espanha, juntamente com um dialeto relacionado, em Trás-os-Montes.[9][13][14]
O leonês carece de normas ortográficas reguladas oficialmente. Várias associações[quais?] propuseram uma norma própria para o dialeto, diferenciada das já existentes no domínio linguístico asturo-leonês (como o asturiano, regulado pela Academia de la Llingua Asturiana, ou o Anstituto de la Lhéngua Mirandesa, que regula o mirandês), enquanto que outras associações[quais?] e escritores[quem?] propõem seguir as normas ortográficas da Academia de la Llingua Asturiana.
Topónimos e outro vocabulário relacionado com o leonês mostram que os seus traços linguísticos possuíram uma maior extensão geográfica no passado, incluindo partes das províncias de Leão, Samora e Salamanca, Cantábria, Estremadura e até a província de Huelva, em grande parte devido à expansão do Reino de Leão no território peninsular.[carece de fontes?] Derivado do latim, foi sendo implantado como a língua usada tanto a nível público como a nível privado nos territórios do Reino de Leão até que foi sendo progressivamente substituída pelo espanhol,[15] ficando praticamente reduzida ao uso oral após a união dos reinos de Leão e de Castela, onde a língua castelhana adquiriu um papel predominante.
Após vários séculos relegada a um segundo plano,[carece de fontes?] no século XIX iniciou-se a sua recuperação, consolidada ao longo do século XX com autores como Eva González Fernández e especialmente nos primeiros anos do século XXI com uma nova geração de escritores aos que se juntam diversos estudos sociolinguísticos[quem?], em simultâneo com várias associações culturais[quais?] e instituições (sendo reconhecida no Estatuto de Autonomia de Castela e Leão) que promovem o seu uso e difusão.[16]
A UNESCO catalogou o diassistema asturo-leonês como estando em perigo de extinção e recomenda a sua preservação.[17]