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Língua panará
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O Panará (kre = código ISO 639-3 correspondente),[1] também denominado Krenhakarore, Krenakore, Krenakarore e Kreen-akarore,[2][3] é uma língua indígena do Brasil atualmente falada nos estados do Mato Grosso e sul do Pará, mais precisamente na Terra Indígena Panará (Guarantã do Norte em MT e Altamira PA), que se encontra nos entornos do Rio Peixoto de Azevedo e nascente do Rio Iriri.[4][5]
Panará | ||
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Falado(a) em: | Mato Grosso e sul do Pará | |
Total de falantes: | 380 | |
Família: | Tronco Macro-Jê Família Jê Subfamília Jê Setentrional Panará | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | -- | |
ISO 639-2: | -- | |
ISO 639-3: | kre
| |
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Atualmente, a língua possui 380 falantes de uma população étnica de 540.[1] Segundo esses números, o Panará se encontra em situação vulnerável, ou seja, a maioria das crianças fala a língua, porém isso pode estar restrito a determinados ambientes.[3] De acordo com outra escala, a Escala de Ameaça Aglomerada (Agglomerated Endangerment Scale - AES), ela está na categoria de mutação (shifting), que é quando a geração em idade fértil possui conhecimento suficiente na língua para usar entre si, mas não transmite às suas crianças.[5][6][7] É devido a isso que oficinas e estudos vêm sendo feitos com professores locais para padronizar a gramática da língua e impedi-la de cair em desuso.
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O nome ‘Panará’, auto-denominação da própria comunidade, significa ‘gente’ nessa língua - algo provavelmente derivado das palavras 'panariá' (indígena) e 'puará' (homem).[4][8] Suas outras nomenclaturas comuns derivam de atribuições dos Kayapó ao povo Panará, que significam “cabeça cortada redonda”.[8] Isso se relaciona ao modelo tradicional de corte de cabelo deles, o qual é um elemento fenotípico de extremo valor na cultura dos Panará. Seu corte se associa a um determinado status social.