MRS Logística (B3: MRSA3B, MRSA5B, MRSA6B) é uma empresa brasileira de logística e transporte ferroviário. É a atual concessionária que opera a chamada Malha Regional Sudeste (daí a origem do nome da empresa, usando as iniciais que também fazem referência aos três estados onde a rede atua) da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), que era composta pelas Superintendências Regionais SR3 - Juiz de Fora e SR4 - São Paulo.

Factos rápidos
MRS Logística
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MRS Logística S.A.
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MRS Logística S.A.
Trem de carga da MRS em Paranapiacaba-SP.
Razão social MRS Logística S/A
Empresa de capital aberto
Cotação B3: MRSA3B, MRSA5B, MRSA6B
Atividade Transporte ferroviário, Logística
Fundação 1996 (28 anos)
Sede Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
Rio de Janeiro, RJ, Brasil[1]
Área(s) servida(s)  Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo)
Pessoas-chave Guilherme Mello (CEO)[2]
Empregados 6.148 (2021)[3][4]
Produtos Transporte e movimentação de carga
Acionistas Vale e Minerações Brasileiras Reunidas - MBR (39,26%)
CSN e CSN Mineração (27,83%)
Usiminas Participação e Logística - UPL (19,92%)
Railvest Investiments (7,83%)
Gerdau (2,37%)
Outros (6,47%)
Ativos Aumento R$ 13,43 bilhões (2021)[3]
Lucro Aumento R$ 699,6 milhões (2021)[3]
Faturamento Aumento R$ 4,78 bilhões (2021)[3][1]
Antecessora(s) RFFSA
Website oficial www.mrs.com.br
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História

A empresa foi constituída em agosto de 1996 como Consórcio MRS Logística, grupo liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), além de outras empresas.[5] Assumiu a concessão no dia 1 de dezembro do mesmo ano da Malha Regional Sudeste da RFFSA, após a obtenção por concessão dos direitos adquiridos através do leilão de privatização, realizado em 20 de setembro de 1996, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 888,9 milhões. A concessão correspondia então a um trecho de 1.674 km por um período de 30 anos.[6]

Os trechos que foram concedidos para a exploração do transporte ferroviário de cargas, são aqueles que pertenceram às antigas ferrovias, Estrada de Ferro Central do Brasil, nas linhas que ligam Rio de Janeiro a São Paulo e a Belo Horizonte, bem como a Ferrovia do Aço e aqueles pertencentes à Estrada de Ferro Santos-Jundiaí excluídas, em ambos os casos, as linhas metropolitanas de transporte de passageiros no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Suas linhas abrangem a mais desenvolvida região do país interligando as cidades de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Além de se constituir no sistema que une os maiores centros consumidores e produtores do país, as linhas da MRS se constituem no acesso ferroviário a importantes portos brasileiros: Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos, além de atender ao terminal privativo de embarque de minério de ferro de propriedade da MBR, na Ilha de Guaíba, na Baía de Angra dos Reis.

Em 2022, foi renovada a concessão da companhia até 2056, com a contrapartida de cerca de R$ 10 bilhões em investimentos.[7]

Operação

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Locomotiva MRS EMD SD40-3MP #5311
Barreiro - Belo Horizonte

A malha ferroviária da MRS Logística conta com 1.643 km e fica localizada em 3 estados – Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.[8]

A principal carga movimentada pela MRS são os produtos relacionados à mineração (minério de ferro, carvão e coque para atendimento aos mercados interno e externo), transportados das minas situadas no Quadrilátero Ferrífero, próximo a Belo Horizonte (MG), e destinada à exportação pelos portos de Itaguaí, Guaíba e Sudeste (RJ).[8]

Além dos produtos relacionados à mineração, a MRS também transporta produtos siderúrgicos, commodities agrícolas, cimento, contêineres, celulose, adubos e fertilizantes.[8]

O complexo ferroviário tem operação em cinco portosː Santos (SP), Itaguaí (RJ), Guaíba (RJ), Sudeste (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).[8]

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Malha ferroviária da MRS Logística

Em 2022, foram transportadas 178 milhões de toneladas em cargas pela empresa, sendo os principais produtosː minério de ferro (58,45%), produtos agrícolas (26,25%), produtos siderúrgicos (3,83%), celulose (3,18%), dentre outros. O volume transportado equivale a quase 20% do que é exportado pelo Brasil e um terço de toda a carga transportada por trens no país[9]

Controle acionário

O controle do capital votante da empresa é dividido da seguinte forma[10]:

Presidentes

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    Trem da MRS
    Mauro Knudsen (1996 – 1999)
  • Júlio Fontana Neto (1999 – 2009)[11]
  • Eduardo Parente Menezes (2009 – 2013)[12][13]
  • Carlos Waack (2013 – 2014)
  • Guilherme Segalla de Mello (2014 – atual)[14][2]

Frota de Locomotivas

Ver artigo principal: Frota da MRS Logística

Referências

  1. «Relatório de Sustentabilidade 2021». MRS RI. pp. 9, 16, 19, 23, 24, 50, 63, 64, 65, 132. Consultado em 17 de julho de 2022
  2. «Conselho de Administração e Diretoria». MRS RI. Consultado em 22 de agosto de 2023
  3. «Relatório Anual 2021». MRS RI. pp. 16, 25, 33. Consultado em 17 de julho de 2022
  4. «Institucional | Gestão de Pessoas». MRS. Consultado em 17 de julho de 2022
  5. RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio - Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional - Edições Aduaneiras Ltda - 2000 - São Paulo - Pg. 44 - ISBN 85-7129-239-6
  6. «RFFSA vende trecho por R$ 889 milhões». Folha de S.Paulo. 21 de setembro de 1996. Consultado em 13 de maio de 2021
  7. «Operação da MRS – MRS 2022». Consultado em 31 de janeiro de 2024
  8. «Desempenho operacional – MRS 2022». Consultado em 31 de janeiro de 2024
  9. «FUNDAMENTUS - Invista consciente - Acionistas - MRS LOGÍSTICA S/A - MRSA3B». www.fundamentus.com.br. Consultado em 31 de janeiro de 2024
  10. «Julio Fontana deixa a MRS». Revista Ferroviária. Consultado em 15 de maio de 2009 [ligação inativa]
  11. «Eduardo Parente é o novo presidente da MRS». Revista Ferroviária. Consultado em 16 de julho de 2009 [ligação inativa]
  12. «Eduardo Parente deixará MRS». Revista Ferroviária. Consultado em 23 de Janeiro de 2013 [ligação inativa]
  13. «MRS tem novo presidente». Revista Ferroviária. Consultado em 1 de Julho de 2014 [ligação inativa]

Ligações externas

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