Massacre do Charlie Hebdo
ataque terrorista em Paris, França em 2015 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Massacre do Charlie Hebdo foi um atentado terrorista que atingiu o jornal satírico francês Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015, em Paris, resultando em doze pessoas mortas e cinco feridas gravemente.[7][8]
Massacre do Charlie Hebdo | |
---|---|
Jornalistas, policiais e serviços de emergência na rua do tiroteio, duas horas após o ataque | |
Local | Paris França |
Data | 7 de janeiro de 2015 (9 anos) 11h30min (hora local) |
Tipo de ataque | Assassinato em massa, spree killer e terrorismo |
Alvo(s) | Sede do jornal satírico francês Charlie Hebdo, na rua Nicolas-Appert, nº 10, 11º arrondissement |
Arma(s) | |
Mortes | 12 |
Feridos | 11 |
Responsável(is) | Al-Qaeda da Península Arábica[5][6] |
Suspeito(s) | Saïd Kouachi e Chérif Kouachi |
Motivo | Retaliação contra charges de Maomé e a edição Charia Hebdo |
O ataque foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, vestidos de preto e armados com fuzis Kalashnikov,[1] na sede do semanário no 11.º arrondissement de Paris, supostamente como forma de protesto contra a edição Charia Hebdo, que ocasionou polêmica no mundo islâmico e foi recebida como um insulto pelos muçulmanos.[8][9] Mataram 12 pessoas, incluindo uma parte da equipe do Charlie Hebdo e dois agentes da polícia nacional francesa, ferindo durante o tiroteio outras 11 pessoas que estavam próximas ao local.[8][10][11]
No mesmo dia, outro francês muçulmano, Amedy Coulibaly, ligado aos atacantes do jornal (ele conhecia bem Chérif Kouachi), matou a tiros uma policial em Montrouge, na periferia de Paris, e no dia seguinte invadiu um supermercado kasher perto de Porte de Vincennes, fazendo reféns, sendo quatro dos quais mortos por ele. Este novo ataque terminou após a invasão do estabelecimento pela polícia francesa.[12][13]
No dia 11 de janeiro, após as ações e a morte de Coulibaly, um vídeo é publicado na Youtube para reivindicar os atos: A. Coulibaly confirma a sua responsabilidade no ataque a Montrouge; ele também se afirma como membro do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.[14]
No total, durante os eventos entre 7 a 9 de janeiro, ocorreram 17 mortes[15] em atentados terroristas na região de Île-de-France, em Paris. Centenas de pessoas e personalidades manifestaram seu repúdio aos ataques orquestrados contra o jornal.[16][17][18][19][20][21] O presidente da França, François Hollande, decretou luto nacional no país no dia seguinte ao atentado.[22]
Ainda no dia 11 de janeiro, cerca de três milhões de pessoas em toda a França, incluindo mais de 40 líderes mundiais, fizeram uma grande manifestação para homenagear as 17 vítimas dos três dias de terror.[23][24] A frase "Je suis Charlie" (francês para "Eu sou Charlie") transformou-se em um sinal comum, em todo o mundo, para prestar solidariedade contra os ataques e para a liberdade de expressão.[25]