Materialismo monista
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Monismo material é uma classe de materialismo, de origem pré-socrática, que fornece uma explicação do mundo físico, dizendo que todos os objetos do mundo são compostas por um único elemento, ou substância,[1] que existe um único tipo de realidade no mundo, neste caso a realidade material.[2] De referir que o monismo não implica o Monismo material.[3]
O materialismo monista é uma das classes de materialismo, que incluem também o materialismo epistemológico, o materialismo metafísico, o materialismo hilozoísta, o materialismo mecanicista, o materialismo dialéctico e o materialismo histórico.[4]
As diferentes classes não se excluem mutuamente, por exemplo o materialismo monista também poderá ser considerado como sendo mecanicista.[2]
Em contraste com o dualismo, o monismo material, juntamente com o monismo espiritual, afirmam que tudo é eterno, enquanto que o primeira afirma que quer a matéria e o espírito são eternos.[1]
O monismo material nega que exista algo para além da matéria, como tal, vem em contraposição com o dualismo, o monismo espiritual e o teísmo. Outras assumpções que podem ser retiradas do monismo material são; não existe alma, nem Deus, nem vida para além da morte. O monismo material, também na assumpção (juntamente com as anteriores) de que tudo o que existe, acontece no mundo/universo tem causas simplesmente naturais, pode ser designado como naturalismo e materialismo.[1]
Entre os filósofos do materialismo monista são três filósofos de Mileto: Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes, que acreditará que era o ar.
Heráclito foi também referido como sendo um filósofo desta corrente.[5]
Embora suas idéias parecem improváveis, esses filósofos foram os primeiros a dar uma explicação do mundo físico, sem referência ao sobrenatural; isso abriu o caminho para toda a ciência moderna (e filosofia), que tem o mesmo objetivo de explicar o mundo sem depender da sobrenaturalidade.
Enquadrando o assunto, a corrente do materialismo e referida como a crença de diversos aspectos de ser, a alma, a mente e o espírito, são reduzidos a fenómenos puramente corporais. Esta abordagem, subsistiu que no se designou chamar de "materialismo do século XIX", que a partir dessa altura foram sendo desenvolvidos até à época actual, nomeadamente o materialismo naturalista, monista e mecanicista; o materialismo dialéctico e o materialismo histórico.
Alguns dos representantes do materialismo monista e também mecanicista foram: Ludwig Büchner, Karl Vogt e Jakob Moleschott.
Foi dada a denominação de materialismo alemão, ao materismo monista e mecanicista existente no século XIX, com o apoio, entre outros, de autores como Ludwig Büchner (Kraft und Stoff) e também Ernst Haeckel, embora este último tenha tido uma tendência para um visão de hilozoísmo.[2]