Memória de trabalho
Componente cognitivo ligado a memória / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Memória de trabalho entende-se como um componente cognitivo ligado à memória, que permite o armazenamento temporário de informação com capacidade limitada. Há grande número de teorias tanto para a estrutura teórica da memória de trabalho (isto é, o "mapa organizacional" que ela segue) quanto para as partes específicas do cérebro responsáveis pela memória de trabalho. No entanto, a visão aceita é a de que o córtex frontal, o córtex parietal, o córtex cingular anterior e partes do gânglio basal são cruciais para seu funcionamento. Neste tipo de memória mantemos a informação enquanto ela nos é útil. A memória de trabalho reporta-se as atividades mentais em que o objetivo não é a sua memorização, mas que, não obstante disso, implicam uma certa memorização para se poderem aplicar de modo eficaz. Este tipo de memória é utilizada por exemplo quando o patrão pede que no dia seguinte cheguemos uma hora mais cedo, manterás na memória esta informação, que irá ser esquecida depois de a teres cumprido o pedido, ou seja, depois de teres chegado uma hora mais cedo. Chama-se memória de trabalho à atividade de armazenamento e de utilização de informação ligada especificamente à realização de uma tarefa: refere-se, portanto, a um tipo de memória que trabalha.
Qualquer informação que tenha estado na memória a curto prazo e que se perca, estará perdida para sempre, só se mantendo se passar para a memória de longo prazo.
Muito da compreensão da memória de trabalho vem de experimentos de lesões em animais e de técnicas de imageamento (como a ressonância magnética) em humanos. Atualmente, há centenas de laboratórios de pesquisa ao redor do mundo estudando os vários aspectos do assunto. Há numerosas aplicações práticas, desde uma melhor compreensão do autismo[1] e TDAH[2] até melhorias nos métodos de ensino[3] para criar inteligência artificial baseada no cérebro humano[4][5].