O Aglomerado da Borboleta (Messier 6, NGC 6405) é um aglomerado aberto de estrelas na constelação de Escorpião. O primeiro astrônomo a registrar a existência do aglomerado foi o italiano Giovanni Battista Hodierna em 1654. Entretanto, o astrônomo americano Robert Burnham, Jr. argumenta que o astrônomo Ptolomeu, no século I, observou o aglomerado enquanto observava outro objeto vizinho, o Aglomerado de Ptolomeu. O astrônomo francês Charles Messier catalogou o aglomerado como Messier 6 em 1764.

Factos rápidos Dados observacionais (J2000), Características físicas ...
Aglomerado da Borboleta (M6)
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Aglomerado da Borboleta
Messier 6
Descoberto por Giovanni Battista Hodierna
Data 1654
Dados observacionais (J2000)
Constelação Scorpius
Tipo Aglomerado estelar aberto
Asc. reta 17h 40,1m
Declinação -32° 13
Distância 1 600 anos-luz (491 pc)
Magnit. apar. 4,2
Dimensões 25'
Características físicas
Raio 6 anos-luz
Idade estimada 100 milhões de anos
Outras denominações Messier 6, NGC 6405, Collinder 341, Melotte 178, Lund 769, OCL 1030, ESO 455-SC030
Aglomerado da Borboleta
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Tem magnitude aparente 4,2, sendo possível observá-lo a olho nu sob boas condições de visualização. Suas estrelas mais brilhantes podem ser visualizadas com o auxílio de binóculos ou pequenos telescópios. Situa-se a 1600 anos-luz da Terra e sua idade foi estimada em 100 milhões de anos. Na esfera celeste, situa-se logo a norte da ponta da "cauda" da constelação de Escorpião.

Descoberta e visualização

Segundo Robert Burnham, Jr., quando Ptolomeu descreveu o objeto Messier 7, pode ter incluído este aglomerado aberto em sua argumentação, embora tal afirmação seja, segundo a comunidade científica, especulativa e improvável. Oficialmente foi o astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna quem descreveu primeiramente o aglomerado entes de 1654, embora seus relatos não fossem conhecidos antes da década de 1980. Jean-Philippe de Chéseaux redescobriu-o independentemente em 1745 ou 1746 e foi o primeiro a reconhecer que o objeto era composto de "várias estrelas fracas". Nicolas Louis de Lacaille incluiu-o em seu catálogo como a entrada Lac. III. 12, e Charles Messier incluiu-o como a quinta entrada de seu catálogo em 23 de maio de 1764.[1]

Características

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O Aglomerado da Borboleta, projeto 2MASS

Åke Wallenquist identificou cerca de 80 estrelas pertencentes ao aglomerado, que tem um comprimento aparente máximo de 54 minutos de grau, embora a maioria de suas estrelas estejam confinadas em uma região de 25 minutos de arco de comprimento aparente. Segundo Kristen Rohlfs, a distância do aglomerado à Terra é cerca de 2 000 anos-luz, corroborado por John Mallas e Evered Kreimer e pelo Sky Catalogue 2000.0. Entretanto, segundo Burnham, devido a efeitos de absorção luminosa, a distância real pode ser de apenas 1 300 a 1 400 anos-luz. Kenneth Glyn Jones também estima essa distância em 1 300 anos-luz. Brent Archinal, Steven Hynes e o banco de dados WEBDA afirmam que a distância do aglomerado à Terra é de 1 584 a 1 588 anos-luz.[1]

Dada essa distância e o diâmetro aparente do aglomerado de 25 minutos de grau, seu diâmetro real é de cerca de 12 anos-luz. Considerando a extensão do aglomerado em 54 minutos de grau, segundo Wallenqust, o diâmetro real do aglomerado é de 25 anos-luz, tendo uma densidade de 0,6 estrelas por parsec cúbico. Segundo Burnham, a idade do aglomerado é de 100 milhões de anos, embora o Sky Catalogue 2000.0 dê uma idade de 51 milhões e o WEBDA 95 milhões de anos.[1]

A magnitude aparente do aglomerado é 4,2. A estrela mais brilhante do aglomerado é a estrela variável semirregular BM Scorpii, uma estrela supergigante amarela ou alaranjada cuja magnitude aparente varia entre 5,5 e 7, de classe espectral K0-K3, segundo Burnham. Suas estrelas azuis também são as mais quentes, pertencentes à classe espectral B4 e B5.[1]

Segundo a classificação de aglomerados abertos de Robert Julius Trumpler, M6 pertence à classe II,3,m, onde a classe I refere-se aos aglomerados mais densos e a classe IV aos menos densos; a classe 1 aos aglomerados com pouca diferença de brilho entre seus componentes e a classe 3 aos que tem grande diferença de brilho; e a classe p aos aglomerados pobres em estrelas, m para aglomerados com a quantidade de estrelas dentro da média e r para os ricos em estrelas. O Sky Catalogue 2000.0 classificou-o como II,2,p e Woldemar Götz, Archinal e Hynes classificaram-no como II,3,r. De todos os objetos Messier, M6 é o mais próximo na esfera celeste do centro da Via-Láctea, na constelação de Sagitário.[1]

Ligações externas

Referências

  1. Hartmut Frommert ,Christine Kronberg (21 de agosto de 2007). «Messier Object 6» (em inglês). SEDS. Consultado em 25 de maio de 2012
   NGC 6403    NGC 6404    NGC 6405    NGC 6406    NGC 6407   

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