Invasões bárbaras da Península Ibérica
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Dá-se o nome de invasões bárbaras à série de migrações de vários povos distintos, exteriores ao Império Romano, para a Península Ibérica, que viriam a alterar radicalmente a organização da região até então denominada Hispânia sob o Império Romano.
Série História da península Ibérica | ||
---|---|---|
Portugal | Espanha | |
Pré-História | ||
Período pré-romano | ||
Invasão romana | ||
Hispânia: Citerior e Ulterior | ||
Bética; Cartaginense; Galécia; Lusitânia e Tarraconense | ||
Migrações bárbaras: Suevos e Visigodos | ||
Invasão e domínio árabe | ||
Período das taifas | ||
A Reconquista e o Reino das Astúrias | ||
Reino de Leão | ||
Portucale | Aragão; Castela-Leão e Navarra |
O termo "bárbaro" deriva do latim “barbarus” e do grego “βάρβαρος”, palavras usadas por gregos e romanos para se referir ao estrangeiro cuja língua era incompreensível e cujos costumes consideravam diferentes. Com o tempo, este termo vai adquirir o sentido de selvagem, grosseiro, algo do qual é necessário se proteger. Esta concepção acirrará o antagonismo entre “civilizados” e "bárbaros", e os indivíduos às margens das fronteiras do Império Romano, vistos como inferiores, passarão a representar uma ameaça à integridade do Império.
Para alguns pesquisadores, como Maria Sonsoles Guerras[1] e Jacques Le Goff,[2] estes movimentos migratórios ocorridos entre os anos de 300 e 800 teriam marcado a passagem da Antiguidade para a Idade Média na Península Ibérica, porém, há grupos de estudiosos que afirmam que esta mudança só viria a ocorrer, de fato, com a tomada de Roma por Alarico I em 410, e há ainda outros que atribuem esta passagem de eras ao início da Dinastia Carolíngia, em 751.[3]