Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo
Museu Nacional de Arte na cidade de Évora (Portugal) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, anteriormente denominado Museu de Évora, é um museu de arte e arqueologia situado no centro histórico da cidade de Évora.[2][3][4][5]
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Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo | |
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Informações gerais | |
Diretor | Sandra Leandro [1] |
Website | www |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Évora |
Localidade | Largo Conde de Vila Flor - 7000-804 Évora |
Coordenadas | |
Localização em mapa dinâmico |
História
A 30 de julho de 1914, o Decreto-lei n.º226[6] autoriza a criação do Museu de Évora para, no ano seguinte, a 1 de março, o Decreto-lei nº1355[7] a oficializar, com o nome de Museu Regional de Évora[8][2]. Abriu ao público no ano de 1921, no edifício do Palácio Amaral, do qual transitou para o atual edifício, ocupado na sua totalidade no ano de 1929. As primeiras quatro salas são inauguradas dois anos depois e, em 1936, nele é incorporado o Museu Arqueológico, que se encontrava anteriormente no rés-do-chão da Biblioteca Pública de Évora.
Tem como anexo, desde o ano de 1917, a Igreja do Convento das Mercês, edifício do século XVII. Este antigo convento dos Religiosos Agostinhos, que funciona como a secção de Artes Decorativas Religiosas do Museu, encontrando-se no presente encerrada por razões de conservação do edifício[2]. A importância e a diversidade da Coleção do Museu e o seu percurso histórico, cuja origem remonta a Frei Manuel do Cenáculo e à fundação de um pequeno museu anexo à Biblioteca Pública de Évora em 1805, transformam o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo numa instituição incontornável para se conhecer e compreender a história e as manifestações artísticas e culturais de Évora, da região e do todo nacional[2].
Coleções
As coleções apresentam importantes núcleos de Arte e Arqueologia, reunindo igualmente uma Coleção de História Natural (Ciências da Terra e Ciências da Vida) a ainda objetos científicos (Ciência e Técnica). Do vasto espólio destaca-se a coleção de pintura, que abrange o período temporal do século XV ao XX, destacando-se a predominância de autores portugueses, como Baltazar Gomes Figueira (e sua filha Josefa de Óbidos, nascida em Sevilha, mas que viveu e produziu em Portugal), e de pinturas pertencentes às Igrejas e Conventos extintos da cidade. Neste âmbito, merecem destaque os retábulos flamengos do Altar-mor da Sé de Évora e da Capela do Esporão, o Tríptico do Conventinho de Valverde, de Gregório Lopes, bem como os Frei Carlos do Convento do Espinheiro e Francisco Henriques, pintor de São Francisco de Évora. Na coleção de pintura estrangeira, pertencente em grande parte a Frei Manuel do Cenáculo, destacam-se obras da escola Holandesa e Italiana.
Na coleção de escultura destacam-se os elementos de arquitetura provenientes de monumentos da cidade e ainda importantes exemplares de tumulária dos séculos XIV ao XVIII, com relevância artística as obras atribuídas a Nicolau Chanterene.
A coleção de mobiliário permite traçar um percurso tipológico do mobiliário cível entre os séc. XVI a XIX. A extinção das Ordens Religiosas e a consequente integração dos seus espólios contribuíram para a criação das coleções de Ourivesaria, sobretudo composta por alfaias litúrgicas, joalharia e têxteis, essencialmente paramentaria litúrgica.
A coleção de numismática e naturália provem essencialmente da coleção do arcebispo Frei Manuel do Cenáculo. A vasta e representativa coleção de arqueologia é composta por diversas coleções, de que se destaca a de Frei Manuel do Cenáculo.
Note-se que o arcebispo foi um dos primeiros a desenvolver trabalhos arqueológicos, dos quais dava conta na sua correspondência.
Refira-se ainda a coleção Leonor Pina com o fantástico espólio da Anta Grande do Zambujeiro, juntamente com a chamada coleção do Hospital, com achados referentes a outras antas do Concelho de Évora, Herdade das Casas, Castelo da Lousa, Castelo do Geraldo, peças encontradas em trabalhos de escavações anteriores à obra no edifício do museu, nomeadamente islâmicas e paleocristãs, peças que colmataram algumas falhas da coleção[2][4][5].
Referências
- Revista Visão, 26 de Fevereiro de 2021 | https://visao.sapo.pt/
- Caetano, Joaquim, Mangucci, Celso. «Ciência no Museu». Évora com ciência. Percursos. Évora: Universidade de Évora, 2019. 288-299.ISBN:9789727781355
- Montes, María Zozaya. «Figuras falantes: esculturas do período burguês em Évora (1850-1930)». Évora com ciência. Percursos. Évora: Universidade de Évora, 2019. 300-323.ISBN:9789727781355
- Decreto n.º 1355, de 24 de fevereiro de 1915.
- Roque, Maria Isabel (15 de agosto de 2020). «Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo: sinais de risco.»
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