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escritora, médica, psiquiatra e feminista egípcia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nawal al-Sa'dawi, (em árabe: نوال السعداوي, Nawāl as-Saʿdāwī) (Kafr Tahl, 27 de outubro de 1931 – 21 de março de 2021) foi uma escritora, médica, psiquiatra e feminista egípcia.[1] Escreveu muitos livros sobre o tema das mulheres no Islã, prestando especial atenção à prática da mutilação genital feminina em sua sociedade. Ela foi descrita como "a Simone de Beauvoir do mundo árabe".[2]
Nawal al-Sa'dawi | |
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Nascimento | 27 de outubro de 1931 Kafr Tahla (Reino do Egito) |
Morte | 21 de março de 2021 (89 anos) Cairo |
Residência | Cairo |
Cidadania | Reino do Egito, República do Egito, República Árabe Unida, Egito |
Cônjuge | Sherif Hatata |
Alma mater | |
Ocupação | psiquiatra, médica escritora, ginecologista, romancista, política, escritora, ativista |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade Duke |
Obras destacadas | Woman at Point Zero, The Fall of the Imam |
Religião | Islamismo |
Ela foi fundadora e presidente da Associação de Solidariedade das Mulheres Árabes (AWSA) [3] e co-fundadora da Associação Árabe para os Direitos Humanos.[4] Ela recebeu graus honorários em três continentes. Em 2004, ganhou o Prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa. Em 2005, ganhou o Prêmio Internacional Inana na Bélgica e em 2012, o International Peace Bureau concedeu-lhe o Prêmio Sean MacBride da Paz.[5]
Nasceu em 1931, em uma pequena vila nos arredores do Cairo, chamada Kafr Tahl,[6] nos arredores do Rio Nilo, no seio de uma tradicional família egípcia, e quando criança, sofreu mutilação genital feminina. Era a segunda entre os nove irmãos. Seu primeiro livro foi escrito com 13 anos de idade. Seu pai era um funcionário do governo, enquanto sua mãe vinha de uma família rica.[7]
Estudou medicina na Universidade do Cairo, onde graduou-se em 1955.[8]
Trabalhando como médica em Kafr Tahl pôde observar as dificuldades e desigualdades que enfrentavam as mulheres, em especial as camponesas. Depois de mostrar interesse em proteger as mulheres e tentar proteger uma de suas pacientes de violência doméstica, Sa'dawi foi enviada ao Cairo. Lá, conseguiu o cargo de diretora de Saúde pública e encontrou seu terceiro marido, Sherif Hetata, que havia sido preso político durante treze anos.[9]
Sa'dawi foi demitida do cargo no Ministério da Saúde como consequência de suas atividades políticas. Estas atividades também custaram-lhe os cargos de chefe de redação de um jornal de saúde da Secretaria Geral Adjunta da Associação Médica do Egito. Entre 1973 e 1976 trabalhou na investigação de neurose nas mulheres da África pela Universidade de Ain Shams, e entre 1979 e 1980 foi assessora das Nações Unidas para o Programa da Mulher Africana (CEP) e de Oriente Próximo (CEPA).
Vista como polêmica e perigosa pelo governo egípcio, Sa'dawi foi presa em setembro de 1981, junto com outros egípcios opostos aos acordos de Paz de Jerusalém do presidente Anwar al-Sadat. Foi liberada no ano seguinte, um mês depois do assassinato do presidente Sadat.
Em 1991, após receber ameaças de morte por parte de terroristas islâmicos, exilou-se nos Estados Unidos, onde passou a lecionar na Universidade de Washington. Em 1996 retornou ao Egito, onde continuou suas atividades em favor dos direitos da mulher, especialmente a partir de sua obra escrita.[10]
Em 2003 foi premiada pela Generalidade da Catalunha com o Prêmio Internacional Catalunha e em 2004 com o Prêmio Norte-Sur concedido pelo Conselho da Europa. Em 2010 outorgou-se com um doutorado Honoris causa pela Universidade Nacional Autônoma do México.
Em dezembro de 2015, foi eleita uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela BBC.[11]
Nawal morreu em 21 de março de 2021, aos 89 anos de idade.[12]
Saadawi escreveu prolificamente, colocando alguns de seus trabalhos online[13][14]
Romances e novelas
Coletâneas de contos
Roteiros
Memórias
Não-ficção
Compilações em inglês
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