Obstrução intestinal
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A obstrução intestinal é uma obstrução mecânica ou funcional do tubo digestivo que impede a circulação normal dos produtos digestivos.[1][2] Pode afectar qualquer parte do intestino delgado e do intestino grosso.[3] Os sinais e sintomas incluem dor abdominal, vómitos, inchaço e distensão abdominal, e acúmulo de gases.[3] A obstrução mecânica dos intestinos é a causa de cerca de 5 a 15% dos casos de dor abdominal súbita e intensa que requerem internamento hospitalar.[3][1]
As causas de obstrução intestinal incluem aderências, hérnias, vôlvulos, endometriose, doença inflamatória intestinal, apendicite, tumores, diverticulite, colite isquémica, tuberculose e intussuscepção.[3][1] As obstruções do intestino delgado ocorrem mais frequentemente devido a aderências e hérnias, enquanto que as obstruções do intestino grosso ocorrem mais frequentemente devido a tumores e vôlvulos.[3][1] O diagnóstico pode ser feito através de radiografia simples; no entanto, a tomografia computadorizada geralmente proporciona maior precisão.[3] Os dispositivos ultrassónicos ou de imagem por ressonância magnética também podem ajudar no diagnóstico de crianças ou mulheres grávidas.[3]
A condição pode ser tratada de forma conservadora ou com recurso a cirurgia.[1] Normalmente, fluidos são administrados por terapia intravenosa (IV), e é passada uma sonda nasogástrica, que se trata de um tubo inserido pelo nariz e que desce pelo esófago até ao estômago, para descomprimir os intestinos. Em conjunto, podem ser administrados analgésicos e antibióticos.[1] Na obstrução do intestino delgado, cerca de 25% dos pacientes precisam de cirurgia.[4] Podem surgir complicações como sepse, isquemia intestinal e perfuração gastrointestinal.[3]
Em 2015 surgiram cerca de 3,2 milhões de casos de obstrução intestinal que provocaram 264,000 mortes.[5][6] Ambos os sexos são igualmente afectados e esta condição pode surgir a qualquer idade.[4] A obstrução intestinal tem sido documentada ao longo da história com casos detalhados no Papiro Ebers de 1550 a.C. e por Hipócrates.[7]