Ocupação de Esmirna
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A ocupação de Esmirna, importante cidade no Império Otomano (atualmente na Turquia), foi realizada ao fim da Primeira Guerra Mundial por tropas gregas sob o comando do alto-comissário Aristidis Stergiadis, de acordo com o determinado pelo Armistício de Mudros. O armistício coordenou a partilha do Império Otomano entre as tropas aliadas.
Ocupação de Esmirna | |||
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Guerra Greco-Turca de 1919–1922
Campanha da Guerra de Independência Turca | |||
Soldados gregos assumindo suas posições | |||
Data | 21 de maio de 1919 - 8 de setembro de 1922 | ||
Local | Província de Esmirna (ocupads pela Grécia) | ||
Casus belli | Partilha do Império Otomano | ||
Desfecho | Troca de populações; dissolução do Acordo de Saint-Jean-de-Maurienne | ||
Mudanças territoriais | Grécia declara a região do Império Otomano um protetorado em 30 de julho de 1922, porém após a derrota militar em 9 de setembro a devolve para a República da Turquia | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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¹ Comandante durante a devolução |
A ocupação foi considerada por muitos como um dos catalisadores do Movimento Nacional Turco;[1] o processo foi muito controverso, já que a principal intenção dos Aliados era contrabalançar a expansão italiana na Anatólia, antes do desembarque italiano na costa sul.[2] A expansão grega na província, no entanto, estava consistente com a Megali Idea ("Grande Ideia"), e aos poucos estabeleceu-se localmente um movimento nacional, que acabaria por evoluir para a criação da Grande Assembleia Nacional, alinhada com a Itália.[3]
A ocupação grega de Esmirna foi um evento que teve um significado muito maior que apenas a sua importância militar. As concessões territoriais ocorridas durante este período com os cristãos gregos da Turquia foi apontada como a principal motivação para a inclusão no Tratado de Lausanne da cláusula que regulamentava a troca de populações entre os dois países, visando criar Estados etnicamente homogêneos.