Otosclerose
doença da orelha média, em que acontece o crescimento anormal do tecido ósseo, com aumento da espessura óssea, celularidade e vascularização / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Otosclerose é uma doença da orelha média, em que acontece o crescimento anormal do tecido ósseo, com aumento da espessura óssea, celularidade e vascularização. Este crescimento anormal do tecido prejudica a passagem da onda sonora da orelha média para orelha interna, comprometendo a transmissão dos impulsos nervosos para o cérebro, já que imobiliza progressivamente o estribo (ossículo mais interno da orelha média). O estribo é fundamental no momento em que as ondas sonoras são transmitidas da orelha externa passando pela orelha média até chegar na orelha interna. Quando o estribo não se move como deveria, o som enviado da orelha média para a orelha interna é reduzido.[1] A janela redonda da cóclea também pode se tornar esclerótica e de maneira semelhante, prejudicar o movimento das ondas de pressão sonora através do ouvido interno, sendo este outro mecanismo de perda de audição por condução.
A otosclerose pode apresentar-se clinicamente com diferentes acometimentos auditivos, dependendo do local onde está localizado o foco esclerótico. No início, a perda auditiva do tipo condutiva é a forma mais comum. Quando esse foco esclerótico localiza-se na platina do estribo e causa sua fixação na janela oval (membrana de transição para a orelha interna), pode impactar no movimento do ossículo durante a condução da onda sonora e, assim, gerar a perda auditiva condutiva. Com a evolução da doença, o foco esclerótico pode avançar para a cóclea e gerar a perda auditiva mista. No agravamento do caso pode haver evolução para a perda auditiva neurossensorial, atingindo o endósteo da cóclea.