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fidalgo português (c. 1450 – 1500) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Pero Vaz de Caminha (Porto, 1450 — Calecute, 15 de dezembro de 1500), por vezes chamado Pedro Vaz de Caminha, foi um fidalgo português que se notabilizou nas funções de escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral.[1] Foi também vereador na cidade portuguesa do Porto.
Pero Vaz de Caminha | |
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Pero Vaz de Caminha lê para o comandante Pedro Álvares Cabral, o Frei Henrique de Coimbra e o mestre João a carta que será enviada ao rei D. Manuel I. | |
Conhecido(a) por | escrever a Carta a El-Rei D. Manuel |
Nascimento | 1450 Porto, Portugal |
Morte | 15 de dezembro de 1500 (50 anos) Calecute, Estado Português da Índia |
Nacionalidade | português |
Ocupação | escritor |
Assinatura | |
Era filho de Vasco Fernandes de Caminha, cavaleiro do duque de Bragança, e Isabel Afonso[2], casal esse que teve, além de Pero, pelo menos outros dois filhos, Fernando e Afonso Vaz. Não se sabe ao certo quando nasceu Caminha, mas supõe-se que seria em 1450 e na cidade de Porto, onde teria sido criado e viveria pela maior parte de sua vida.[3] Seus ancestrais seriam os antigos povoadores de Neiva à época do reinado de D. Fernando (1367-1383). Letrado, Pero Vaz foi cavaleiro das casas de D. Afonso V (1438-1481), de D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I (1495-1521). Pai e filho, para melhor desempenhar seus cargos, precisavam exercitar a prática e desenvolver o conhecimento da escrita, distinguindo-se a serviço dos monarcas.
Teria participado da batalha de Toro (2 de Março de 1475). Em 1476 herdou do pai o cargo de mestre da balança da Casa da Moeda, um cargo equivalente ao de escrivão e tesoureiro, posição de responsabilidade em sua época.[3] Em 1497 foi escolhido para redigir, na qualidade de Vereador, os Capítulos da Câmara Municipal do Porto, a serem apresentados às Cortes de Lisboa. Afirma-se que D. Manuel I, que o nomeou para o cargo no Porto, lhe tinha afeição.
Em 1500, foi nomeado escrivão da feitoria a ser erguida em Calecute, na Índia, razão pela qual se encontrava na nau capitânia da armada de Pedro Álvares Cabral em abril daquele mesmo ano, quando os portugueses descobriram o Brasil.
Tradicionalmente aceita-se que Caminha faleceu em um combate durante o ataque muçulmano à feitoria de Calecute, em construção, no 16 ou 17 de dezembro de 1500.[3]
Caminha separou-se de D. Catarina Vaz, com quem teve, pelo menos, uma filha, Isabel de Caminha.
Caminha eternizou-se como o autor de uma carta, datada de 1 de Maio, ao soberano, um dos três únicos testemunhos desse descobrimento (os outros dois são a Relação do Piloto Anônimo e a Carta do Mestre João Faras).
Mais conhecido dentre os três, a Carta de Pero Vaz de Caminha é considerada a certidão de nascimento do Brasil embora, dado o segredo com que Portugal sempre envolveu relatos sobre sua descoberta, só fosse publicada no século XIX, pelo Padre Manuel Aires de Casal em sua "Corografia Brasílica", Imprensa Régia, Rio de Janeiro, 1817]. O texto de Mestre João demoraria mais ainda: veio à luz em 1843 na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e isso graças aos esforços do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen.
Relação de acordo com Sílvio Castro[4]
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