Palácio da Justiça de São Paulo
prédio judicial em São Paulo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Palácio de Justiça é a sede do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Localiza-se no centro antigo de São Paulo, entre a Praça da Sé, a Praça João Mendes Jr. e a Praça Clóvis Bevilácqua, próximo à Catedral da Sé, ao Palácio Anchieta (sede da Câmara Municipal de São Paulo) e ao Edifício Matarazzo (sede da Prefeitura Municipal de São Paulo). Em suas proximidades também se encontram as sedes da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público do Estado de São Paulo, além da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sua construção se deu graças à expansão do âmbito judiciário paulista e do crescimento demográfico, em que, o Tribunal da justiça necessitava ser abrigado em uma nova sede, e não mais em antigos casarões na região central de São Paulo.[1]
Palácio da Justiça de São Paulo | |
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Fachada do Palácio da Justiça de São Paulo | |
Nomes anteriores | Tribunal da Relação de São Paulo e Paraná |
Tipo | Tribunal, palácio, orgão público, museu |
Estilo dominante | Neoclássico |
Arquiteto | Ramos de Azevedo |
Engenheiro | Ramos de Azevedo |
Início da construção | 24 de agosto de 1920 |
Inauguração | 2 de janeiro de 1933 |
Website | www |
Número de andares | 5 |
Património nacional | |
Classificação | CONDEPHAAT |
Data | 1981 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | São Paulo |
Localidade | Centro antigo de São Paulo |
Coordenadas | 23° 33' 07" S 46° 37' 59" O |
Com a Proclamação da República no Brasil, em 1889, seguiu-se a estruturação federativa do País, atribuindo-se, em 1891, a competência judiciária às antigas Províncias do Império, ora Estados. Com a crescente demanda decorrente do crescimento econômico de São Paulo nas primeiras décadas do Século XX, fez-se necessária a construção de uma sede para o poder judiciário paulista. Em 1911 foi contratado o escritório do famoso arquiteto Ramos de Azevedo, que, inspirado no Palácio da Justiça de Roma, o Palácio da Justiça de Calderini[2], realizou projeto que foi acolhido pelo Tribunal.[3]
O edifício foi construído em estilo neoclássico com cunho barroco, possuindo, portanto, acabamentos luxuosos e bem ornamentados[1]. A construçeão do edifício, no local que abrigava o antigo quartel da cavalaria,[1] no ano de 1920, e teve sua conclusão e inauguração no ano de 1933[2], treze anos depois, e reinauguração em 1942, em homenagem ao aniversário de 388 anos da cidade de São Paulo,[1] recebendo tombamento do CONDEPHAAT em 1981[3], por ser considerado um marco histórico com valor arquitetônico e cultural paulista.[1]
As obras sofreram alguns percalços, tendo-se verificado o maior de todos por ocasião da Revolta Paulista de 1924, agravado pelo falecimento do arquiteto Ramos de Azevedo em 1928, que obrigou o Tribunal a negociar novo contrato em 1929 com sucessores de seu escritório – Ricardo Severo e Arnaldo Dumont Vilares - através da Diretoria de Obras Públicas do Estado, sob a fiscalização do Dr. H. Forense, igualmente prorrogado em 26 de abril de 1931. Atualmente funcionam no palácio as salas de julgamento da segunda instância paulista, além de toda a estrutura administrativa de cúpula do judiciário paulista.