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Pianista
musico que toca piano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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O pianista é um músico que toca piano, em peças a solo, em conjunto, com uma orquestra ou uma banda, ou acompanhando um ou mais cantores.[1]

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Origens (século XVIII): os primeiros pianistas
O piano foi inventado no início do século XVIII pelo italiano Bartolomeo Cristofori que, após ter desenvolvido o fortepiano, publicou em 1709 a descrição de um instrumento que solucionava as limitações do cravo, utilizando um teclado com cordas percutidas. O novo instrumento musical unia as características do cravo (que produzia som por meio de cordas pinçadas) e do fortepiano (que permitia variar a intensidade do som). O pianoforte, ao contrário dos instrumentos anteriores, possibilitava uma maior expressão dinâmica e controle sobre o volume sonoro, tornando-se ideal para uma nova forma de execução musical.[2]

A verdadeira virada ocorreu com Wolfgang Amadeus Mozart, que escreveu numerosos concertos para piano e orquestra, consolidando a posição do piano como instrumento solista. Durante uma viagem a Mannheim em 1777, ele teve a oportunidade de conhecer um novo tipo de piano, obra do construtor Johann Andreas Stein, um instrumento tecnicamente entre os mais avançados da época, que influenciaria suas composições e execuções. Mozart foi um dos primeiros a explorar plenamente as potencialidades expressivas do piano, unindo-as à sua técnica compositiva inovadora. Em suas composições, o piano era tanto um meio de exploração melódica quanto um recurso para criar efeitos dinâmicos e harmônicos.[3]
No final do século XVIII, o centro de construção de pianos tornou-se Viena. O compositor e pianista Johann Nepomuk Hummel se apresentava nos pianos de cauda vienenses com grande agilidade, realizando numerosas nuances de som. Já a força e o ímpeto de Ludwig van Beethoven, também notável pianista, exigiam instrumentos mais estruturados, como o Broadwood, seu favorito.[2]
O virtuosismo pianístico (século XIX)

No século XIX, o piano sofreu importantes modificações técnicas, especialmente pelas mãos de Sébastien Érard, que permitiram maior extensão sonora e capacidade expressiva. A introdução do “duplo escapamento” possibilitou a repetição rápida das notas, melhorando o mecanismo de ação das teclas; além disso, as cordas tornaram-se mais longas e o piano passou a obter sonoridades tanto muito fortes quanto extremamente delicadas. Essas inovações permitiram aos pianistas executar composições mais complexas e explorar plenamente as capacidades do instrumento.[2]
Com o advento do romantismo, a figura do pianista tornou-se símbolo de virtuosismo e paixão. Fryderyk Chopin, chamado de “o poeta do piano”,[4] revolucionou a linguagem pianística, criando composições profundamente emotivas e intensas com um estilo único e pessoal. Sua música era caracterizada por melodias refinadas, harmonias inovadoras e técnicas pianísticas difíceis de reproduzir, como seu extraordinário uso do rubato, de grande eficácia artística.[5]
Outro gigante do piano da época foi Franz Liszt, considerado um dos pianistas mais virtuosos de todos os tempos. Liszt não apenas aprimorou a técnica pianística, como a levou a um nível extraordinário de dificuldade. Ele também teve um papel crucial na difusão do piano como instrumento solista de concerto; deve-se a ele a inovação do recital pianístico, realizando em Roma, em 1839, um verdadeiro “espetáculo” com execuções de grande impacto.[6]
O nascimento do pianismo moderno (século XX)

O século XX marcou o triunfo do pianista como figura central da música clássica, mas também um período de grande experimentação em todos os gêneros musicais. Muitos compositores escreveram inúmeras obras para piano e também foram grandes pianistas. Claude Debussy criou diversas peças para o instrumento, seu preferido, que rompiam com a tradição tonal, influenciando profundamente o pianismo moderno.[7]
Sergei Prokofiev compôs partituras inovadoras e disruptivas, que ele mesmo executava nos concertos e que se tornaram pilares do novo pianismo do século XX.[8]
No século XX, o pianista também se deparou com o uso da tecnologia. Com a introdução dos pianos eletrônicos e dos sintetizadores, os pianistas começaram a explorar novas sonoridades. Ao mesmo tempo, pianistas como Glenn Gould levaram o piano a uma dimensão mais intelectual, utilizando uma abordagem extremamente analítica da música. Muitos grandes pianistas buscaram aperfeiçoar ao máximo suas execuções especializando-se em compositores específicos — como Arthur Rubinstein com Chopin, Wilhelm Backhaus com Beethoven; outros, como Arturo Benedetti Michelangeli ou Maurizio Pollini, foram extremamente seletivos em suas gravações justamente pela busca de interpretações perfeitas.[9]
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Estilos
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Clássico
Os pianistas clássicos modernos dedicam suas carreiras a interpretar, gravar, ensinar, pesquisar e aprender novas obras para expandir seu repertório. Eles geralmente não escrevem ou transcrevem música como os pianistas faziam no século XIX. Alguns pianistas clássicos podem se especializar em acompanhamento e música de câmara, enquanto outros (embora relativamente poucos) se apresentarão como solistas em tempo integral.[10]
Mozart pode ser considerado o primeiro "pianista concertista", já que se apresentou amplamente ao piano. Os compositores Beethoven e Clementi da era clássica também eram famosos por sua interpretação, assim como, da era romântica, Liszt, Brahms, Chopin, Mendelssohn, Rachmaninoff e Schumann. Foi durante o período clássico que o piano começou a estabelecer seu lugar nos corações e nas casas das pessoas comuns. Daquela época, os principais intérpretes menos conhecidos como compositores foram Clara Schumann e Hans von Bülow. No entanto, como não temos gravações de áudio modernas da maioria desses pianistas, contamos principalmente com comentários escritos para nos dar conta de sua técnica e estilo.[10][11]
Jazz

Os pianistas de jazz quase sempre tocam com outros músicos. Sua execução é mais livre do que a dos pianistas clássicos e eles criam um ar de espontaneidade em suas apresentações. Eles geralmente não escrevem suas composições; improvisação é uma parte significativa de seu trabalho. Os pianistas de jazz mais conhecidos incluem Art Tatum, Duke Ellington, Thelonious Monk, Oscar Peterson e Bud Powell.[12]
Pop e rock
Os pianistas populares podem trabalhar como intérpretes ao vivo (concerto, teatro, etc.), músicos de sessão, arranjadores que provavelmente se sintam em casa com sintetizadores e outros instrumentos de teclado eletrônico. Pianistas populares notáveis incluem Victor Borge, que atuou como comediante; Richard Clayderman, que é conhecido por suas versões de músicas populares; e o cantor e apresentador Liberace, que no auge da fama era um dos artistas mais bem pagos do mundo.[13][14]
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Pianistas compositores
Muitos importantes compositores foram também pianistas virtuosos. A seguir, uma lista incompleta desses músicos:
Classicismo
Romantismo
Modernismo
Ver também
Referências
- Curt Sachs, Storia degli strumenti musicali, traduzione di Maurizio Papini, Milano, Mondadori, 1980.
- Gianfranco Sgrignoli, Invito all'ascolto di Mozart, Milano, Mursia, 2017.
- Renato Di Benedetto, Romanticismo e scuole nazionali nell'Ottocento, Torino, EDT, 1991.
- Gastone Belotti, Chopin, Torino, EDT, 1984.
- Piero Rattalino, Pianisti e fortisti, Milano, Ricordi/Giunti, 1990.
- Stephen Walsh, Debussy. Il pittore dei suoni, traduzione di Marco Bertoli, Torino, EDT, 2019.
- Piero Rattalino, Sergej Prokofiev. La vita, la poetica, lo stile, Varese, Zecchini, 2003
- Piero Rattalino, Pianisti e fortisti, Milano, Ricordi/Giunti, 1990.
- «Conheça os melhores pianistas do mundo e inspire-se!». Blog Multisom. 3 de março de 2020. Consultado em 19 de julho de 2021
- Musical, Projet (15 de outubro de 2020). Le Grand Répertoire de Piano Classique: 70 partitions de Chopin, Bach, Beethoven, Brahms, Debussy, Mozart, Mendelssohn, Rachmaninoff, Schubert, Schumann, Tchaïkovski etc. (em francês). [S.l.]: Independently Published
- Waring, Charles (16 de fevereiro de 2021). «Best Jazz Pianists: A Top 50 Countdown | uDiscover». uDiscover Music (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2021
- Richard Clayderman; washingtonpost.com
- «Piano comedy genius Victor Borge seamlessly weaves 'Happy Birthday' into the 'Moonlight' Sonata». Classic FM (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2021
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