Loading AI tools
Economista italiano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Piero Sraffa (Turim, 1898 - Cambridge, 1983) foi um economista italiano.
Piero Sraffa | |
---|---|
Nascimento | 5 de agosto de 1898 Turim |
Morte | 3 de setembro de 1983 (85 anos) Cambridge |
Cidadania | Itália, Reino de Itália |
Progenitores |
|
Alma mater | |
Ocupação | economista, professor universitário |
Prêmios |
|
Empregador(a) | Universidade de Cambridge, Universidade de Perúgia |
Nascido em Turin, Itália, de uma família judia de posses, Piero Sraffa fez os estudos iniciais em sua cidade natal e graduou-se na universidade local com um trabalho sobre a inflação na Itália durante e depois da Primeira Guerra Mundial. Seu orientador foi o economista Luigi Einaudi, que viria a ser o segundo presidente da República da Itália.[1]
Em 1921 em viagem de estudos a Cambridge, Inglaterra, conheceu John Maynard Keynes. Tornou-se professor de Economia Política nas universidades de Perugia em 1924 e de Cagliari, Sardenha, em 1926. Em 1927 emigrou para a Inglaterra e assumiu um posto de conferencista na Universidade de Cambridge a convite de Keynes.[2]
Sraffa foi um dos reavaliadores da obra de David Ricardo, tendo editado as obras completas do economista inglês. Seu pensamento econômico pode ser caracterizado como neo-ricardiano ou pós-keynesiano.
Escreveu seu primeiro artigo de destaque em 1925 sobre a teoria da firma e dos preços, apontando para pontos mal resolvidos da teoria de Alfred Marshall. A versão expandida deste trabalho foi publicada em inglês no ano seguinte, no periódico Economic Journal.[3] Esta linha de pesquisa contribuiu para a formação da teoria da concorrência imperfeita e posterior desenvolvimento da disciplina de organização industrial.
Seu livro Production of Commodities by Means of Commodities ("Produção de Mercadorias por Meio de Mercadorias") generaliza de forma rigorosa a Teoria Clássica do Valor, desenvolvida originalmente por David Ricardo e Karl Marx e tornou-se a base da escola sraffiana (também conhecida como neo-ricardiana) de pensamento econômico.[4] Além disso, o livro clarifica os frágeis fundamentos teóricos da teoria dominante nos meios acadêmicos até hoje, o marginalismo.[carece de fontes] A partir dos resultados do livro é que foram feitas as críticas a teoria marginalista por economistas como Pierangelo Garegnani, Luigi Pasinetti, Amit Bhaduri entre outros nos debates que ficaram conhecidos como a Controvérsia de Cambridge
Embora não fosse um marxista, como seu grande amigo Antonio Gramsci, e pertencer ao ambiente keynesiano do "Círculo de Cambridge" - juntamente com Joan Robinson e outros - Sraffa contribuiu significativamente (embora sem tratar diretamente do tema) para a análise marxista, ao elaborar uma crítica consistente da teoria marginalista e ao elucidar alguns problemas mal-resolvidos (ou não-resolvidos) por Marx, tais como a transformação do valor em preço. Além da crítica à escola marginalista do valor, a teoria de Sraffa gerou uma linha de ataque à economia marxista que culminou na controvérsia sobre a redundância da teoria do valor trabalho.[5]
Fora suas contribuições para a teoria econômica, as discussões de Sraffa com seu amigo Ludwig Wittgenstein foram, segundo o próprio Wittgenstein, de fundamental importância para o desenvolvimento das Investigações Filosóficas.[carece de fontes]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.