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Palestinos

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Palestinos (português brasileiro) ou palestinianos (português europeu) (em árabe: الشعب الفلسطيني, ash-sha`b al-filasTīni), também chamados de árabes palestinos/palestinianos (em árabe: الفلسطينيون, al-filasTīnīyyūn; em árabe: العرب الفلسطينيون, al-`Arab al-filasTīnīyyūn), são os integrantes de um povo mediterrâneo falante do árabe, com origens familiares na Palestina. Estudos genéticos mostram que têm ascendência principalmente levantina, semelhante à dos judeus, turcos (anatólios), libaneses, egípcios, armênios e iranianos.[17] Na região que inclui Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, em 2004, os árabes palestinos constituíam 49% de todos os habitantes,[18] alguns dos quais são classificados como deslocados internamente, isto é, dentro da Palestina histórica. O restante constituiu a diáspora palestina, sendo mais da metade é formada por refugiados apátridas, isto é, desprovidos de cidadania em qualquer país.[19] Destes palestinos exilados, cerca de 1,9 milhão vivem na vizinha Jordânia,[20] um milhão e meio vivem entre a Síria e o Líbano, duzentos e cinquenta mil na Arábia Saudita, enquanto os quinhentos mil que vivem no Chile formam a maior concentração de palestinos fora do mundo árabe.

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Palestinos/Palestinianos
(em árabe) الفلسطينيون / al-Filasṭīniyyūn
Flag_of_Palestine.svg
Bandeira da Palestina
Palestinian_children_in_Jenin.jpg
Crianças palestinas em JeninDa esquerda para a direita:
Tawfiq CanaanMahmoud DarwishGeorge HabashEdward SaidAbu El-AssalRania da JordâniaRiyad al-MalikiLeila Khaled
Rashid KhalidiJuliano Mer-KhamisMitri RahebM. BarghoutiYasser ArafatMohammad BakriHanan AshrawiNathalie Handal
População total

c. 12,37 milhões[1]

Regiões com população significativa
Flag_of_Palestine.svg Palestina4.293.313[2]
 Cisjordânia (inclusive Jerusalém Oriental)2 649 020[2]
 Faixa de Gaza1 644 293[2]
Flag_of_Jordan.svg Jordânia3 000 000[3][4]
Flag_of_Israel.svg Israel1 650 000[5][6]
Flag_of_Syria.svg Síria630 000
Flag_of_Chile.svg Chile500 000[7]
Flag_of_Lebanon.svg Líbano402 582
Flag_of_Saudi_Arabia.svg Arábia Saudita280 245
Flag_of_Egypt.svg Egito270 245
Flag_of_the_United_States.svg Estados Unidos255 000[8]
Flag_of_Honduras.svg Honduras250 000
Flag_of_the_United_Arab_Emirates.svg Emirados Árabes Unidos170 000
Flag_of_Mexico.svg México120 000
Flag_of_Qatar.svg Catar100 000
Flag_of_Germany.svg Alemanha80 000[9]
Flag_of_Kuwait.svg Kuwait70 000
Flag_of_El_Salvador.svg El Salvador70 000[10]
Flag_of_Brazil.svg Brasil59 000[11]
Flag_of_Iraq.svg Iraque57 000[12]
Flag_of_Yemen.svg Iémen55 000
Flag_of_Canada_%28Pantone%29.svg Canadá50 975[13]
Flag_of_Australia.svg Austrália45 000
Flag_of_Libya.svg Líbia44 000
Flag_of_the_United_Kingdom_%281-2%29.svg Reino Unido20 000[9]
Flag_of_Peru.svg Peru
Flag_of_Colombia.svg Colômbia12 000
Flag_of_Pakistan.svg Paquistão10 500
Flag_of_the_Netherlands.svg Países Baixos9 000
Flag_of_Sweden.svg Suécia7 000[14]
Flag_of_Guatemala.svg Guatemala1 400
Línguas
Territórios Palestinos:
árabe, hebraico, inglês, neo-aramaico e grego
Israel
árabe, hebraico, inglês, neo-aramaico e grego
Diáspora:
Outras variedades do árabe e línguas vernaculares dos países receptores
Religiões
Majoritária: islamismo sunita
Minoritária: cristianismo, islamismo druso, judaísmo
Grupos étnicos relacionados
Outros povos do Levante, povos mediterrâneos, canaanitas, povos do mar, povos do Oriente Médio: semitas: asquenazes, sefardim, mizrahim, samaritanos, árabes, assírios[15][16]
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A maior parte dos palestinos é formada por muçulmanos sunitas. Existe, entretanto, uma minoria significativa de cristãos palestinos de diversas denominações. A maior parte destes cristãos palestinos, no entanto, reside atualmente fora da Palestina. Como o etnônimo "árabe palestino" implica, o vernáculo tradicional dos palestinos, independentemente de sua religião, é o dialeto palestino do árabe. Boa parte daqueles que são cidadãos árabes de Israel também são bilíngues, e falam também o hebraico. Evidências genéticas obtidas recentemente mostraram que os palestinos, como grupo étnico, são parentes muito próximos dos judeus, e representam "descendentes modernos de uma população central que viveu na região desde os tempos pré-históricos",[21][22] portanto muito antes da conquista islâmica árabe que resultou na sua aculturação, estabeleceu o árabe como o vernáculo predominante e, com o tempo, islamizou muitos deles que eram adeptos de outras fés.

O primeiro uso mais abrangente do termo "palestino" como um endônimo, para se referir ao conceito nacionalista de um povo palestino, pela população local e falante do árabe da Palestina se deu antes do início da Primeira Guerra Mundial,[23] e a primeira manifestação pública exigindo a independência nacional foi manifestada pelo Congresso Sírio-Palestino, em 21 de setembro de 1921.[24] Após a criação de Israel, o êxodo de 1948, e, mais ainda, depois do êxodo de 1967, o termo passou a significar não apenas um local de origem, mas também o sentido de um passado e um futuro compartilhados, na forma de uma nação-Estado palestina.[23]

A Organização de Libertação da Palestina (OLP) representa os palestinos perante a comunidade internacional.[25] A Autoridade Nacional Palestina, criada oficialmente como resultado dos Acordos de Oslo, é o organismo administrativo interino responsável, nominalmente, pelo governo dos Territórios Palestinos.