Programação genérica
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Programação genérica é um paradigma de programação no qual os algoritmos são escritos em uma gramática estendida de forma a adaptar-se através da especificação das partes variáveis que são definidas na instância do algoritmo. Especificamente, a gramática estendida eleva um elemento não variável ou uma construção implícita na gramática base para uma variável ou constante, permitindo a utilização do código genérico.
É diferente da forma normal de programação na medida em que invoca de certa forma as facilidades de metaprogramação da linguagem. Como isso ocorre em uma extensão da linguagem, novas semânticas são introduzidas e a linguagem é enriquecida no processo. É relacionada com a metaprogramação, mas não envolve a geração de código fonte, pelo menos visivelmente ao programador. É diferente também da programação por macros, já que esta refere-se somente a busca e substituição de termos, não fazendo parte da gramática da linguagem, implementada somente na fase de pré-processamento do código.
Para efeitos práticos, o paradigma permite que um parâmetro assuma diferentes tipos de dados desde que certas regras sejam mantidas, como sub-tipos e assinaturas. Por exemplo, para criar uma lista usando programação genérica, uma possível declaração seria List<T>
, no qual T
é o tipo de dado. Para instanciar, poderia-se usar List<Inteiro>
ou List<Animal>
, já que o conceito de lista independe do tipo utilizado.
Entre linguagens orientadas a objeto, C++, Linguagem D, BETA, Eiffel e versões de Java (1.5 e acima) fornecem o paradigma genérico. Visual Basic .NET, C# e Delphi.Net começaram a fornecer o paradigma a partir do .NET 2.0. Muito antes de todas as linguagens mencionadas, programação genérica já havia sido implementada na década de 1970 em linguagens como CLU e Ada.
Mas somente o conceito de templates do C++ que popularizou o conceito. A técnica permite que algoritmos sejam escritos independente dos tipos de dados utilizados.
Os autores do conceituado livro de 1995 Design Patterns[1] referem-se à programação genérica como tipos parametrizados, o que permite que um tipo possa ser definido sem especificar todos os outros tipos que ele utilizada. Os autores ainda descrevem que tal técnica é muito poderosa, especialmente quando combinada com o padrão Delegar.