RMS Lusitania
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O RMS Lusitania foi um navio de passageiros britânico que esteve em operação durante o início do século XX. A embarcação foi detentor da Flâmula Azul e, brevemente, o maior navio de passageiros do mundo até a conclusão de seu navio irmão, o Mauretania. A Cunard Line lançou o Lusitania em 1906, em uma época de forte concorrência pelo comércio do Atlântico Norte. Ele fez um total de 202 travessias transatlânticas.[1]
RMS Lusitania | |
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Reino Unido | |
Operador | Cunard Line |
Fabricante | John Brown & Company |
Homônimo | Lusitânia |
Batimento de quilha | 9 de junho de 1904 |
Lançamento | 7 de junho de 1906 |
Batismo | 7 de junho de 1906 por Mary Burns, Baronesa Inverclyde |
Viagem inaugural | 7 de setembro de 1907 |
Porto de registro | Liverpool, Inglaterra |
Estado | Naufragado |
Destino | Torpedeado no oceano Atlântico em 7 de maio de 1915 |
Características gerais | |
Tipo de navio | Transatlântico |
Deslocamento | 44 767 t |
Tonelagem | 31 550 t |
Maquinário | 25 caldeiras 4 turbinas a vapor |
Comprimento | 239,9 m |
Boca | 26,5 m |
Calado | 10,2 m |
Altura | 18,3 m |
Propulsão | 4 hélices triplas (1907) 4 hélices quádruplas (1909) |
- | 76 000 cv (55 900 kW) |
Velocidade | 25 nós (46 km/h) |
Tripulação | 850 |
Passageiros | 2 198 |
As companhias de navegação alemãs eram fortes concorrentes no comércio transatlântico, e a Cunard respondeu tentando superá-los em velocidade, capacidade e luxo. Tanto o Lusitania como o Mauretania foram equipados com novos e revolucionários motores de turbina que lhes permitiram manter uma velocidade operacional de 25 nós (46 km/h; 29 mph). Eles eram equipados com elevadores, telégrafo sem fio e luz elétrica, e forneciam 50% mais espaço para passageiros do que qualquer outro navio; os conveses de primeira classe eram notáveis por seu mobiliário suntuoso.[2]
A Marinha Real havia bloqueado a Alemanha no início da Primeira Guerra Mundial. Quando o Lusitania partiu de Nova Iorque para a Grã-Bretanha em 1 de maio de 1915, a guerra submarina alemã estava se intensificando no Atlântico. A Alemanha declarou que os mares ao redor do Reino Unido eram uma zona de guerra; a embaixada alemã nos Estados Unidos colocou um anúncio de jornal alertando as pessoas sobre os perigos de navegar no Lusitania. Na tarde de 7 de maio, um submarino alemão torpedeou o Lusitania, a 18 km da costa sul da Irlanda e dentro da zona declarada de guerra. Uma segunda explosão interna o levou para o fundo do mar em apenas 18 minutos, com a morte de 1 198 passageiros e tripulantes.[3]
Como os alemães afundaram, sem aviso prévio, o que era oficialmente um navio não-militar, muitos os acusaram de infringir as regras marítimas internacionalmente reconhecidas. Os alemães justificaram a ação ao dizer que o Lusitania transportava centenas de toneladas de munições de guerra, tornando-o assim um alvo militar legítimo, e argumentou que os navios mercantes britânicos violavam as regras marítimas desde o início da guerra.[4][5][6][7][8][9][10]
O naufrágio causou uma série de protestos nos Estados Unidos devido ao fato de 128 cidadãos americanos estarem entre as vítimas. O naufrágio ajudou a mudar a opinião pública nos Estados Unidos contra a Alemanha, e foi um fator na declaração de guerra dos Estados Unidos quase dois anos depois. Após a Primeira Guerra Mundial, os sucessivos governos britânicos afirmaram que não havia munições a bordo do Lusitania e que os alemães não se justificaram ao tratar a embarcação como um navio de guerra. Em 1982, o chefe de departamento da North America Department admitiu que há uma grande quantidade de munição nos destroços, alguns dos quais são altamente perigosos e representam um risco de segurança para os mergulhadores.[11][12]