Religião nórdica
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A Religião nórdica (também chamado de Paganismo nórdico) é o termo utilizado para descrever o sistema de crenças comuns aos povos que habitavam muitos dos países nórdicos antes e durante a cristianização da Europa do Norte, num período histórico conhecido como Era Viquingue. [1] A religião nórdica é um subconjunto do mitologia germânica, praticado nas terras habitadas por estas tribos germânicas em toda a Europa Central e Setentrional. O conhecimento atual do paganismo nórdico foi em sua maior parte adquirido através dos estudos dos indícios arqueológicos, etimológicos, e dos poucos materiais escritos do período.[2]
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- Para ver a reconstrução do paganismo nórdico nos dias atuais veja Neopaganismo Germânico.
Como a tradição textual naquela região só se iniciou com a cristianização, é difícil uma compreensão total da forma original da religião, contando-se apenas com o filtro da transmissão oral. Podem-se encontrar, portanto, diversas associações com outras mitologias - como a que costumeiramente é feita entre as nornas e as parcas, personagens da mitologia romana. As histórias narradas pelas Eddas, por exemplo, são episódios concebidos de maneira literária, com deuses nos seus papéis principais; representam, nas palavras do germanista e cientista religioso Jan de Vries, mais "especulação e imaginação poética" do que necessariamente representação da consciência coletiva.
O paganismo nórdico, além de ser politeísta, acredita-se fortemente na presença de diversos seres sobrenaturais que habitam os mais diversos lugares, desde florestas, montes, lares e outras moradas ao longo dos mundos, como os Álfar (elfos), os Dvergar (Anões) e os Jötnar (gigantes), entre outros. Sua antiga ritualística se concentrava fortemente na prática ritual, com reis e chefes desempenhando um papel central na realização de atos públicos de sacrifício. Vários espaços cúlticos foram utilizados; inicialmente, espaços ao ar livre como bosques e lagos eram tipicamente selecionados, mas no terceiro século (EC) as casas de culto eram também construídas propositadamente para atividades rituais. A sociedade nórdica também continha praticantes de Seiðr, uma forma de feitiçaria que alguns estudiosos descrevem como xamanística. Várias formas de ritos funerários foram conduzidas, incluindo tanto a inumação quanto a cremação, geralmente acompanhadas por uma variedade de bens da sepultura.
Geograficamente estas tradições se estenderam do norte da Noruega até a Europa Central; porém enquanto alguns destes cultos foram disseminados por todo este território, outros parecem ter sido extremamente localizados, restringindo-se a determinadas áreas. Não existe qualquer topografia dos cultos ou história regional religiosa compilada a partir dos dados disponíveis, e qualquer generalização abrangente que envolva apenas alguns locais de culto em particular deve ser vista com alguma cautela.
Alguns estudiosos, como Georges Dumézil, sugerem que diversos elementos estruturais e temáticos dentro das ideias religiosas manifestadamente nórdicas encaixariam o paganismo nórdico dentro da estrutura básica da expressão pan-indo-europeia das ideias espirituais como um todo.