São Pedro de Alva
vila e antiga freguesia do município de Penacova, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
vila e antiga freguesia do município de Penacova, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
São Pedro de Alva é uma vila portuguesa, sede da extinta freguesia de São Pedro de Alva do município de Penacova, no Distrito de Coimbra, paróquia da diocese de Coimbra, freguesia que tinha uma área de 28,4 km², com 1 607 habitantes segundo o censos 2011 (densidade: 56,6 hab./km².
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Igreja Matriz de São Pedro de Alva | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | sampedralvense | |||
Localização | ||||
Localização no concelho de Penacova | ||||
Localização de São Pedro de Alva em Portugal Continental | ||||
Mapa de São Pedro de Alva | ||||
Coordenadas | 40° 18′ 08″ N, 8° 09′ 58″ O | |||
Município primitivo | Penacova | |||
Município (s) atual (is) | Penacova | |||
Freguesia (s) atual (is) | São Pedro de Alva e São Paio do Mondego | |||
História | ||||
Extinção | 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 28,37 km² | |||
População total (2021) | 1 620 hab. | |||
Densidade | 57,1 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | São Pedro (maior) Santo António (menor) |
No âmbito da reorganização das freguesias realizada em 2013, a freguesia de São Pedro de Alva foi associada à freguesia de São Paio do Mondego, para formar uma nova freguesia denominada São Pedro de Alva e São Paio do Mondego, da qual é sede.[1][2]
A povoação de São Pedro de Alva foi elevada à categoria de vila em 1991.[3]
População da freguesia de São Pedro de Alva[4] | |||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2021 |
2181 | 2517 | 2845 | 2624 | 2213 | 2138 | 2068 | 2227 | 2331 | 2284 | 1930 | 2055 | 1824 | 1810 | 1607 | 1620 |
Nos censos de 1864 e 1878 aparece com a designação de São Pedro de Farinha Podre. Passou a ter a actual denominação por decreto de 21 de fevereiro de 1889 (Fonte: INE)
A antiga freguesia de São Pedro de Alva, situada entre-os-rios Alva e Mondego, junto à Barragem da Aguieira, no Município de Penacova, Distrito de Coimbra, na Beira Litoral, situa-se na zona leste do Município, distando, sensivelmente, catorze quilómetros da vila de Penacova.
Confinava com a freguesia de Travanca do Mondego a Norte, Paradela e São Martinho da Cortiça a Sul, S. Paio do Mondego a Este, Oliveira do Mondego e Friúmes a Oeste, englobando as seguintes povoações: Arroteia, Atouguia, Beco, Bica, Cabecinha, Carvalhal, Castinçal, Cavaleiro, Cruz do Soito, Hombres, Laborins, Lufreu, Mocejo, Peixoto, Parada, Quintela, Rebolo, Relvão, Ribeira, São Pedro de Alva, Silveirinho, Sobral, Vale da Ribeira, Vale da Serra, Vale da Vinha, Valeiro Grande, Vimieiro e Zarroeira.
São Pedro de Alva é considerada a capital de Mondalva ou Casconha, sub-região natural que se limita a norte e poente pelo rio Mondego e a nascente pela Serra da Moita. Mondalva lhe chama a erudição moderna, mas Casconha será sempre o nome tradicional. Além da freguesia de São Pedro de Alva, esta sub-região chega ainda a abranger as seguintes: Oliveira do Mondego, S. Paio do Mondego, Paradela, e Travanca, do Concelho de Penacova. Carapinha e Covelo, do Concelho de Tábua. S. Martinho da Cortiça do Concelho de Arganil.[carece de fontes]
A estrutura latina do primeiro nome de São Pedro de Alva, de que se encontra notícia, segundo o António Carlos Proença de Figueiredo, constitui imediato indício da sua Antiguidade, a tal respeito, o Dr. Joaquim da Silveira aponta algumas explicações: “ Apesar de este topónimo ser constituído por duas palavras bem conhecidas, não é fácil conjecturar como se aplicaram para designar um lugar. O vocábulo Farinha sugere logo um moinho. Mas também é certo que a situação de Farinha Podre num alto, sem ribeiros correntes, mal permite pensar num engenho desses movido a água a que aquele vocábulo servisse de determinativo; e os moinhos de vento ainda não existiam no século XIII.
Assim, talvez esta estranha denominação tenha sido aplicada inicialmente, por chacota a algum simples casal ou “catraia” cujo dono ou tendeiro fosse acusado pelo povo de vender, por vezes, Farinha estragada pela humidade ou por qualquer outro motivo, chamando-lhe por isso venda (ou casal) da Farinha Podre”. As primeiras referências a S. Paio de Alva aparecem nas Inquisições de D. Dinis. A antiga Farinha Podre constituiu uma das chamadas comendas novas da Ordem de Cristo, avaliada no ano de 1605 em duzentos mil réis (moeda da época), e foi morgado anexo ao senhorio de Góis, donde um ramo da família tomou o apelido Farinha (Vasco Fariam). Nos séculos XII e XIII já aparece o nome de “Farina Putre” em documentos latinos. Com a denominação antiga de S. Pedro de Farinha Podre, que foi substituída pela actual por decreto de 21 de Fevereiro de 1889, foi sede do concelho de Farinha Podre (que correspondia em grande parte à unidade geográfica da região), extinto em 31 de Dezembro de 1853. Nesta data foi anexada ao concelho de Tábua, mudando para o de Penacova em 24 de Outubro de 1855.
São Pedro de Alva, foi elevada à categoria de vila a 16 de Agosto de 1991, estabelecido pelo Decreto-lei 99/91 de 16 de Agosto. Ainda hoje esse dia é comemorado como "Dia da Freguesia". A vila é divida pelos bairros ou lugares de Paço Velho, Vale da Ribeira, Valeiro Grande, Casal Novo, Cabeço das Passadeiras, Vale do Gil e São Pedro de Alva (centro).
São Pedro de Alva foi sede do antigo concelho de Farinha Podre (tendo o nome de São Pedro de Farinha Podre) extinto em 31 de dezembro de 1853. Era constituído pela freguesia sede, por Oliveira do Cunhedo, Paradela, São Paio de Farinha Podre, Travanca, Cortiça e Covelo. Em 1849 tinha 5 935 habitantes.
A Igreja Paroquial de São Pedro documenta de algum modo o passado da vila. É do século XVIII e resultou do acrescentamento de uma mais pequena, do século XV. A fachada está dividida em três partes por pilastras das quais a mais elevada é a central. A porta, de verga curta, tem cornija direita rematada por frontão interrompido, com óculo sobreposto. Azulejos do século XVII revestem a capela-mor, ligeiramente mais elevada em relação ao corpo do templo. O retábulo é de colunas torsas. Existe um sacrário em calcário renascença, do século XVI, na capela batismal. No teto está pintado o patrono, S. Pedro. Da Igreja primitiva conservam-se: uma janela geminada, a portada, e a pia batismal cavada em lóbulos.
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