Sérgio Fleury
policial brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Sérgio Fernando Paranhos Fleury (Niterói, 19 de maio de 1933 — Ilhabela, 1 de maio de 1979), mais conhecido como Delegado Fleury, foi um policial que atuou como delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo durante a Ditadura Militar no Brasil. Fleury ficou conhecido por sua atuação violenta e foi acusado de tortura e homicídio de inúmeras pessoas pelo Ministério Público, mas morreu antes de ser julgado.[1]
Sérgio Fleury | |
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Nome completo | Sérgio Fernando Paranhos Fleury |
Nascimento | 19 de maio de 1933 Niterói, Brasil |
Morte | 1 de maio de 1979 (45 anos) Ilhabela, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | policial |
Vários depoimentos, testemunhas e relatos de presos políticos apontam que, sistematicamente, Fleury torturava as pessoas durante os interrogatórios que comandava. Vários dos militantes capturados por ele não resistiram às torturas e morreram. Fleury foi o principal responsável pela tentativa de captura e morte do guerrilheiro comunista Carlos Marighella. Também foi apontado como participante da Chacina da Lapa e investigado por envolvimento com tráfico de drogas e esquadrões da morte.[2][3][4]
Protegido dos militares que promoveram o Golpe de Estado no Brasil em 1964 e impuseram a ditadura, deles recebeu diversas homenagens, como a Medalha do Pacificador e a Medalha Amigo da Marinha. Mas em 2009 uma rua com seu nome na cidade de São Carlos foi renomeada para homenagear o bispo católico Hélder Câmara, um dos mais conhecidos opositores do regime imposto pelo golpe.[5][6] Em 2017, um bloco carnavalesco foi proibido de homenagear Fleury.[7] Em 2021, uma outra rua, na Vila Leopoldina em São Paulo, que levava seu nome foi rebatizada, dessa vez em homenagem a Frei Tito, ativista católico pelos direitos humanos, e uma das pessoas torturadas por ele.[8]