Salvador de Madariaga
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Salvador de Madariaga y Rojo (La Coruña, 23 de julho de 1886[1][2] — Locarno, 14 de dezembro de 1978) foi um político, diplomata e escritor espanhol. Foi ministro da Instrução Pública e Belas Artes em 1934, e ministro da Justiça da Segunda República Espanhola. De pensamento liberal[3] e europeísta, exilou-se no Reino Unido após o início da Guerra Civil Espanhola. Durante a Guerra Fria foi um ativo militante contra o comunismo soviético, bem como opositor da ditadura franquista; só regressou a Espanha depois da morte de Franco. Membro de número da Real Academia Espanhola e da Real Academia de Ciências Morais e Políticas, como escritor cultivou diversos géneros: ensaio histórico e político, crítica literária, novela, biografia e poesia, entre outros.
Salvador de Madariaga y Rojo | |
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Salvador de Madariaga | |
Nascimento | 23 de julho de 1886 La Coruña, Espanha |
Morte | 14 de dezembro de 1978 (92 anos) Locarno, Suíça |
Prémios | Karlspreis, 1973 |
Madariaga publicou notáveis ensaios sobre a história da Espanha e o seu papel no mundo. Escreveu livros sobre Don Quixote, Cristóvão Colombo e a história da Hispanoamérica;[4] na sua obra empregou o idioma francês, o castelhano e o inglês.[5] Desenvolveu um notável trabalho redigindo artigos[6] colaborando antes do rebentamento da guerra civil em publicações como España, El Imparcial, La Publicidad, El Sol, La Pluma, Ahora ou La Vanguardia,[7] além de trabalhar na rádio, já no exílio, no programa fixo Temas de actualidad da BBC e na Rádio Paris.[8] Na sua vertente de historiador, Ricardo García Cárcel descreve-o como um «outsider», com as suas obras neste campo já próximas do ensaio.[9]
Em 1928, foi professor de língua espanhola na Universidade de Oxford, cargo que ocupou três anos. Nesse período escreveu um livro sobre psicologia das nações, com o título Englishmen, Frenchmen, Spaniards.
Foi representante permanente da Espanha na Liga das Nações. Participou no Congresso Europeu de 1948 e foi presidente da Internacional Liberal (1948-1952). Foi distinguido com o Karlspreis em 1973 pelo seu contributo para a construção europeia.