Spinning Mule
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A Spinning Mule é uma máquina utilizada para fiar algodão e outras fibras têxteis. Elas foram usadas extensivamente do final do século XVIII ao início do século XX nas fábricas de Lancashire e também em outros lugares. As Mules eram trabalhadas aos pares por um trabalhador supervisor, com a ajuda de dois meninos cuja função era juntar os fios. A máquina carregava até 1.320 fusos e poderia ter 150 ft (46 m) comprimento, e se movia para frente e para trás a uma distância de 5 ft (1.5 m) quatro vezes por minuto.[1]
A Spinning Mule foi inventada em 1779 por Samuel Crompton, sendo que a Mule foi um aperfeiçoamento da Spinning Jenny e da Water Frame, criando uma máquina que produzia fios finos e resistentes. Crompton batizou sua criação de mule (mula em português) em referência à ideia da mistura de duas coisas.[2]
A Mule de ação automática foi patenteada por Richard Roberts em 1825. Em seu pico, havia 50 milhões de fusos de mules apenas em Lancashire. Versões modernas ainda estão em produção de nicho e são utilizadas para fiar fios de lã de fibras nobres como cashmere, merino ultrafino e alpaca para o mercado de malhas.[3]
A Spinning Mule transforma fibras têxteis em fios por um processo intermitente.[4] No curso de tração, a mecha de fibra é puxada através de rolos e torcida; e no retorno é enrolada no fuso. Seu rival, o throstle frame ou filatório anel usa um processo contínuo, onde a mecha é puxada, torcida e envolvida em uma única ação. A Spinning Mule foi a máquina de fiar mais comum de 1790 até cerca de 1900, e ainda era usada para fios finos até o início dos anos 1980.
Em 1890, uma fábrica de fiação de algodão típica teria mais de 60 mules, cada uma com 1.320 fusos,[5] que operavam 4 vezes por minuto durante 56 horas por semana.