Urbicídio
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Urbicídio (do Latim: urbs: cidade + occido: matar) é um termo que descreve a destruição deliberada ou "assassinato" de uma cidade, por meios diretos ou indiretos.
O termo foi cunhado pela primeira vez pelo autor de ficção científica Michael Moorcock em 1963 e posteriormente utilizado por urbanistas e arquitetos para descrever práticas de reestruturação urbana no século XX nos Estados Unidos. Ada Louise Huxtable em 1968 e Marshall Berman em 1996 escreveram sobre reestruturação urbana (e destruição) em áreas como o Bronx, destacando os impactos do desenvolvimento agressivo na experiência social urbana. O termo surgiu em uma era de rápida globalização e urbanização. Embora as tendências de urbanização no último século tenham levado a um foco na violência e destruição no contexto da cidade, a prática do urbicídio tem milhares de anos.[1]
Especialmente após o cerco de Sarajevo, o termo passou a ser cada vez mais utilizado para descrever violência direcionada especificamente para a destruição de uma área urbana. No final das Guerras Iugoslavas, o urbicídio começou a surgir como um conceito jurídico distinto no direito internacional. As exatas limitações e definição deste termo continuam sendo debatidas. Como o estudo do urbicídio intersecta várias disciplinas, incluindo política internacional, antropologia e sociologia, tem sido difícil para acadêmicos e formuladores de políticas estabelecer uma definição precisa que satisfaça todas essas áreas.[1]