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Ástato

elemento químico com número atómico 85 Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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O ástato[2] (também conhecido como astatínio)[3] é um elemento químico de símbolo At, de número atómico igual a 85 (85 protões e 85 eletrões) e com massa atómica de aproximadamente [210] u. Pertence ao Grupo 17 da classificação periódica dos elementos e, à temperatura ambiente, encontra-se no estado sólido.

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Atualmente há cerca de 31 gramas no planeta Terra, sendo assim o elemento mais raro conhecido.[4]

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Características principais

Este elemento altamente radioativo comporta-se quimicamente como os demais halogênios, especialmente como o iodo, porém o ástato possui um caráter mais metálico. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Brookhaven identificaram as reações e as medidas elementares que envolvem o ástato. A maioria das características do ástato são conhecidas através dos seus isótopos sintéticos.[5]

É o elemento mais pesado entre todos os halogênios e apresenta cinco estados de oxidação: +7. +5, +3, +1 e -1. Forma compostos com outros halogênios, tais como AtCl e AtI.[5]

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Aplicações

Somente possui importância no campo teórico e não é conhecida uma aplicação prática para este elemento, provavelmente por ser tão radioativo que vaporiza por si mesmo quando acumulado em uma quantia apreciável.[6]

História

O ástato (do grego astatos, que significa "instável") foi primeiramente sintetizado em 1940 por Dale R. Corson, Kenneth Ross MacKenzie, e Emilio Gino Segre na Universidade da Califórnia, Berkeley, Estados Unidos, bombardeando bismuto com partículas alfa.[7][8]

Ocorrência e obtenção

Só existe na crosta terrestre e na forma de isótopos radioativos. A quantidade total presente na crosta é estimada em menos de 32 gramas, sendo considerado o elemento mais raro do mundo.[9] É encontrado em minerais de urânio e tório, porém em quantidades muito pequenas (traços).[10] Resulta do lento decaimento do urânio e do tório, por este pertencer à série radioativa destes elementos.

Os poucos microgramas de ástato sintéticos foram produzidos pelo bombardeamento do bismuto com partículas alfa de alta energia.[11]

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Isótopos

Os isótopos do ástato (ou astatínio) variam do 191At ao 223At e todos são radioativos. O isótopo com meia-vida mais longa é o 210At, com somente 8,1 horas. O de menor meia-vida é o isótopo 213At, com 125 nanosegundos.[12]

Precauções

Por este ser altamente radioativo, deve ser manuseado apenas em investigações científicas e em condições especiais. A quantidade de ástato na natureza é tão pequena que não oferece risco à saúde humana. Entretanto, quando injetado em animais e por ser um halogênio, instala-se na glândula tiroide do mesmo modo que o iodo e há indicações de que seja altamente cancerígeno.[13]

Referências

  1. Júlio Carlos Afonso (17 de julho de 2011). «Elemento Químico | Astato» (PDF). qnesc.sbq.org.br. Consultado em 22 de fevereiro de 2025
  2. «ástato». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
  3. «astatínio». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
  4. «Qual é a substância química mais rara do universo?». Mega Curioso - As curiosidades mais interessantes estão aqui. 13 de julho de 2013. Consultado em 2 de setembro de 2021
  5. admin (19 de maio de 2016). «Astato». Portal São Francisco. Consultado em 2 de setembro de 2021
  6. Carlos Eduardo Ferreira (13 de julho de 2013). «Qual é a substância química mais rara do universo?». megacurioso.com. Consultado em 15/01/2017.
  7. Hans-Jürgen, Quadbeck-Seeger (2008). World of the Elements: Elements of the World. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. p. 74
  8. «Wayback Machine» (PDF). web.archive.org. 23 de agosto de 2017. Consultado em 2 de setembro de 2021
  9. Lide, David R. (2004). CRC handbook of chemistry and physics : a ready-reference book of chemical and physical data. Internet Archive. [S.l.]: Boca Raton : CRC Press
  10. Asimov, Isaac (1957). Only a Trillion (em inglês). [S.l.]: Abelard-Schuman
  11. Gopalan, R. (2009). Inorganic Chemistry for Undergraduates (em inglês). [S.l.]: Universities Press
  12. «The NUBASE evaluation of nuclear and decay properties». Audi, Georges; Bersillon, Olivier; Blachot, Jean; Wapstra, Aaldert Hendrik. The NUBASE evaluation of nuclear and decay properties
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Ligações externas

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