Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

A Esquerda

partido político alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre

A Esquerda
Remove ads
 Nota: "A esquerda" redireciona para este artigo. Este artigo é sobre o partido político da Alemanha. Para a ideologia política, veja Esquerda (política). Para outros significados, veja Esquerda.

A Esquerda (em alemão: Die Linke, também chamado Linkspartei; em português: Partido de Esquerda) é um partido político da Alemanha fundado em 16 de junho de 2007, a partir da fusão do Partido do Socialismo Democrático (PDS) — sucessor do Partido Socialista Unificado da Alemanha (SED), que governou a antiga Alemanha Oriental, oficialmente República Democrática Alemã, nos quarenta anos em que esta existiu — e da Alternativa Eleitoral para o Trabalho e a Justiça Social (WASG), que havia sido constituída na antiga Alemanha Ocidental. Seus presidentes foram, num primeiro momento, Lothar Bisky e Oskar Lafontaine, seguidos por Klaus Ernst e Gesine Lötzsch e, em 2012, por Katja Kipping e Bernd Riexinger.

Factos rápidos Líder, Fundação ...

O partido, que representa a esquerda no Bundestag, defende o socialismo democrático, abrigando, no entanto, em seu interior, uma pluralidade de correntes ideológicas. Internacionalmente, Die Linke é membro do Partido da Esquerda Europeia, sendo o maior partido do grupo GUE/NGL no Parlamento Europeu. De acordo com dados oficiais do partido, o partido tinha 77.645 membros registrados, em setembro de 2009.[16] Os 69 deputados do partido o tornam o quinto maior do Bundestag. Nas eleições federais de 2017, Die Linke ganhou 5 cadeiras, passando a deter 69 dos 709 assentos do Bundestag (9,2%). O partido recebeu pouco mais de 4 milhões de votos em todo o país.

O partido é o partido mais de esquerda dos sete representados no Bundestag. É descrito como extrema-esquerda por alguns meios de comunicação e é considerado populista de esquerda por alguns pesquisadores, mas o Escritório Federal Alemão para a Proteção da Constituição (Bundesamt für Verfassungsschutz) não considera o partido como extremista ou uma ameaça à democracia.[17] No entanto, ele monitora algumas de suas facções internas, como a Plataforma Comunista e a Esquerda Socialista, por conta de tendências extremistas, assim como as autoridades constitucionais de alguns estados.[18]

Em relação à política externa, A Esquerda defende o desarmamento internacional, descartando qualquer tipo de envolvimento da Bundeswehr fora da Alemanha. O partido defende a retirada das tropas americanas da Alemanha,[19] bem como a substituição da OTAN por um sistema de segurança coletiva que inclua a Rússia como país-membro.[20] Eles acreditam que a política externa alemã deve ser estritamente confinada aos objetivos da diplomacia civil e da cooperação, em vez do confronto, embora também acreditem que tais demandas sejam mais uma visão, não devam ser implementadas o mais rápido possível e não devam ser vistas como pré-condições inflexíveis para uma coalizão federal de esquerda, vermelha-vermelha-verde.[21][22]

Em seu manifesto, o partido diz: "Todo apoio aos estados da OTAN que, como a Turquia de Erdoğan, desrespeitam o direito internacional, deve ser interrompido imediatamente."[23]

Remove ads

Correntes e tendências

Resumir
Perspectiva
Thumb
Karl-Liebknecht-Haus, sede do partido A Esquerda na Rosa-Luxemburg-Platz, foto de 2007
  • A Esquerda Anticapitalista (Antikapitalistische Linke) representa o grupo mais crítico à participação do partido em coalizões governamentais. O grupo acredita que a participação de membros do partido no governo deve depender de uma série de demandas (que este não se comprometa com privatizações, guerras e cortes em gastos sociais, principalmente).
  • A Plataforma Comunista (Kommunistische Plattform, KPF) era originalmente uma tendência do PDS. É o grupo menos crítico da República Democrática Alemã dentro do partido, defendendo posições ortodoxas do marxismo em debates. Uma "meta estratégica" da KPF é "construir uma nova sociedade socialista, usando experiências positivas do que realmente é socialismo e aprendendo com os erros". A Plataforma tinha cerca de 850 membros em 2007, de acordo com o Bundesamt für Verfassungsschutz (um dos serviços secretos da Alemanha) - cerca de 1% de todos os membros do partido. Mantém relações com o Partido Comunista da Alemanha.
  • O Fórum do Socialismo Democrático (Forum demokratischer Sozialismus) é uma facção que prega o socialismo democrático, sendo originalmente uma tendência do PDS. Seus membros apoiam a participação do partido no governo de Berlim e do seu presidente Klaus Wowereit, do SPD. O grupo possui ideologia semelhante à Rede de Reforma da Esquerda.
  • A Rede de Reforma da Esquerda (Netzwerk Reformlinke) foi originalmente formada em 2003 como tendência do PDS. O grupo defende a ideologia social-democrata, apoiando coligações do partido com o SPD e o Partido Verde.
  • A Esquerda Emancipatória (Emanzipatorische Linke, Ema.Li) é uma corrente que defende os princípios do socialismo libertário. Para o grupo, a sociedade ideal é aquela mais descentralizada possível, por isso, apoiam os movimentos sociais. A maioria dos membros da Ema.Li são provenientes da Saxônia.
  • A Esquerda Socialista (Sozialistische Linke) foi fundada em agosto de 2006 e incluem socialistas democráticos e eurocomunistas. O grupo defende a aproximação do partido com o movimento trabalhista. Muitos líderes da Esquerda Socialista eram membros do WASG. O grupo mantém laços com o Partido Socialista holandês e com o Partido da Refundação Comunista italiano.

Desde a sua formação, muitos grupos de extrema-esquerda, como o Linksruck (agora conhecido como Marx21), juntaram-se a Die Linke, assim como vários membros da Alternativa Socialista, inclusive a polêmica Lucy Redler. Nas eleições estaduais de Berlim, em 2006, Redler desafiou o PDS, fiel aliado do WASG, e lançou-se candidata. Como candidata de uma coligação independente, liderada pelo WASG, ela criticou publicamente a atuação do PDS no governo do prefeito Klaus Wowereit, além de ter sido contra a fusão dos dois partidos para a formação de Die Linke. Entretanto, sua filiação foi aceita, em outubro de 2008. Outros grupos, como o Partido Comunista e o Partido Marxista-Leninista da Alemanha, formaram eventualmente alianças locais com Die Linke, [carece de fontes?]mas não se juntaram ao partido.

Remove ads

Resultados Eleitorais

Resumir
Perspectiva

Eleições legislativas

Mais informação Data, Líder ...

Eleições europeias

Mais informação Data, CI. ...

Eleições regionais

Resultados por Estado Federal

Baden-Württemberg

Mais informação Data, CI. ...

Baixa Saxónia

Mais informação Data, CI. ...

Baviera

Mais informação Data, CI. ...

Berlim

Mais informação Data, CI. ...

Bremen

Mais informação Data, CI. ...

Hamburgo

Mais informação Data, CI. ...

Hesse

Mais informação Data, CI. ...

Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental

Mais informação Data, CI. ...

Renânia do Norte-Vestfália

Mais informação Data, CI. ...

Renânia-Palatinado

Mais informação Data, CI. ...

Sarre

Mais informação Data, CI. ...

Saxónia

Mais informação Data, CI. ...

Saxóna-Anhalt

Mais informação Data, CI. ...

Schleswig-Holstein

Mais informação Data, CI. ...

Turíngia

Mais informação Data, CI. ...
Remove ads

Referências

  1. Nordsieck, Wolfram (2017). «Germany». Parties and Elections in Europe
  2. Michelle Cini; Nieves Perez-Solorzano Borragan, eds. (2013). «Glossary». European Union Politics. [S.l.]: Oxford University Press. p. 387. ISBN 978-0-19-969475-4
  3. Michael Keating; David McCrone, eds. (2013). The Crisis of Social Democracy in Europe. [S.l.]: Edinburgh University Press. p. 147. ISBN 978-0748665822
  4. Die Linke party wins German votes by standing out from crowd. The Guardian. Author - Kate Connolly. Published 17 September 2009. Retrieved 14 February 2017.
  5. Antimilitarism: Political and Gender Dynamics of Peace Movements. p.130. Author - Cynthia Cockburn. Published by PALGRAVE MACMILLAN in 2012. Retrieved via Google books on 14 February 2017.
  6. Party Members and Activists. p.85. Published by Routledge. Edited by Emilie van Haute and Anika Gauja. Published 24 April 2015. Retrieved 22 August 2017. Retrieved via Google Books.
  7. Germans want Donald Trump to pull US troops out of Germany, poll finds. The Independent. Author - Jon Stone. Published 11 July 2018. Retrieved 12 July 2018.
  8. ‘He Does Not Understand What the Role of an Ambassador Should Be’. 'U.S. Ambassador Ric Grenell managed to shock and offend Berlin’s political class in his first month on the job. Now protocol-loving Germans are wondering—will he learn to change?' POLITICO magazine. Published 25 June 2018. Retrieved 12 July 2018.
  9. New direction for Germany's Left Party following Magdeburg conference. Deutsche Welle. Author - Sertan Sanderson. Published 29 May 2016. Retrieved 22 August 2017.
  10. "Mitgliederzahlen September 2009" Site oficial de Die Linke.
  11. Oltermann, Philip (24 de setembro de 2021). «German progressives dare to dream of leftist 'red-green-red' coalition». The Guardian
  12. Nöstlinger, Nette (20 de setembro de 2021). «Germany's Marxist firebrand plots for the Left's moment». Politico
Remove ads

Ligações externas

Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads