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Abóbada de aresta
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A abóbada de aresta é um elemento arquitetónico que consiste numa abóbada formada pela intersecção de duas abóbadas de berço com a mesma flecha. Os seus arcos mestres limitam um tramo.[1]

Resultado do cruzamento de duas abóbadas cilíndricas perpendiculares e da mesma altura, portanto, composta de quatro unhas. As partes divisórias se chamam nervuras. O peso é descarregado sobre os pilares e a pressão lateral sobre contrafortes.
Construções que utilizavam abóbadas de aresta foram erguidas pela primeira vez pelos Romanos, porém o método caiu em relativo desuso na Europa até o ressurgimento da arquitetura de qualidade em pedra, trazida pela Renascença carolíngia, e depois a arquitetura românica. Foi substituída pelas abóbadas de nervuras mais flexíveis da arquitetura gótica no final da Idade Média. Difícil de construir com perfeição devido à geometria das arestas transversais (geralmente elípticas na seção transversal), a abóbada de arestas exigia grande habilidade no corte de pedras para formar uma aresta perfeita. Essa dificuldade, somada à fôrma necessária para criar tais construções, levou a abóbada de nervuras a substituir a abóbada de arestas como a solução preferida para encerrar o espaço na arquitetura gótica.[2]
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A construção de uma abóbada de arestas pode ser entendida de forma mais simples visualizando duas secções de abóbada de berço em ângulos retos, fundindo-se para formar uma unidade quadrada. As quatro nervuras resultantes transmitem a carga de tensão aos quatro cantos, ou pilares.[3] A abóbada de arestas mais complexa é intrinsecamente um projeto mais forte em comparação com a abóbada de berço, uma vez que a estrutura da abóbada de berço deve assentar sobre paredes longas, criando uma tensão lateral menos estável, enquanto o projeto da abóbada de arestas pode direcionar as tensões quase puramente verticalmente sobre os pilares.[4] Uma associação comum de abóbadas em catedrais da Idade Média envolve uma nave de abóbada de berço com transeptos de abóbada de arestas.[5] As abóbadas costais assemelham-se às abóbadas de arestas, mas apresentam nervuras estruturais ao longo dos ângulos que suportam grande parte do peso, possibilitando variações de proporção muito maiores.
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Referências
- Honour, Hugh; J. Fleming (2009). A World History of Art. 7 ed. Londres: Laurence King Publishing. ISBN 9781856695848
- «Concise Britannica». Consultado em 23 de novembro de 2006. Arquivado do original em 29 de setembro de 2007
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Ver também
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