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Antônio Gomide
pintor brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Antônio Gonçalves Gomide (Itapetininga, 3 de agosto de 1895 — São Paulo, 29 de agosto de 1967[1]) foi um pintor, desenhista, gravador e professor brasileiro.[2]
Gomide é considerado um dos precursores do estilo Art Déco no Brasil. Teve uma atuação artística diversificada, contando com a produção de aquarelas, óleos, afrescos, cerâmicas, desenhos para vitrais e painéis de baixo-relevo, estudos para estamparias e esculturas.
Irmão da artista têxtil Regina Gomide Graz, esposa do também artista John Graz, ambos também precursores do estilo no Brasil.
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Vida e obra
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Perspectiva
Estudos na Europa
Nascido em 1895 no interior paulista, Antonio Gomide mudou-se para a cidade de São Paulo em 1915. Poucos anos depois, foi para a Suíça, onde sua família havia se estabelecido em 1913 com o intuito de que seus filhos tivessem acesso a estudos de qualidade superior[3].
Gomide frequentou inicialmente a Escola de Comércio dessa cidade, onde conheceu o crítico de arte Sérgio Milliet. Mais tarde, ingressou na Escola de Belas Artes de Genebra, onde já estudavam seus irmãos. Nesta escola, estudou com o renomado pintor suiço Ferdinand Hodler[3].
Realizou contínuas viagens pela Europa, estabelecendo-se na França em 1923. Na década de 1920, praticou pintura de afrescos com o mestre francês Marcel-Lenoir, o que influenciou sua obra para uma linha pré-renascentista. Em 1923, monta seu ateliê em Paris, tornando-se amigo do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, com quem desenvolveu, futuramente, várias iniciativas futuras para reconhecimento da arte moderna. Neste período também foi fortemente influenciado pelo Cubismo, com o qual teve contato em galerias e ateliês franceses; e pelo movimento estético Art-Déco, estando presente na Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas em 1925, que consolidou uma renovação estética nas artes em resposta ao rebuscamento da Art Nouveau.
Neste período, Gomide ainda desenvolveu motivos de estamparia de tecidos para decoradores e estilistas franceses, como a casa de alta costura Drecoll, a oficina La Maîtrise (ligada às Galeries Lafayette) e a fabricante Tissus Rodier [3].
Retorno ao Brasil
Fixou-se definitivamente no Brasil em 1929, associando-se rapidamente a outros artistas do movimento modernista das artes plásticas, marcado pela Semana de Arte Moderna de 1922, como Mario de Andrade. Logo, produziu aquarelas e motivos inspirados na natureza do país e em motivos indígenas, com estilização art déco.
Em 1929, iniciou uma parceria com a tradicional Casa Conrado, ateliê especializado na composição de vitrais. Neste ano, desenhou os vitrais do pórtico do Parque da Água Branca, em São Paulo, os quais foram finalizados em 1935[4]. A parceria com a Casa Conrado foi duradoura (até 1954) e expandiu-se também para a criação de desenhos de painéis em mármore e moldes para jateamentos com areia em vidro[5].
Em 1932, Gomide participou da Revolução Constitucionalista, retornando ferido[3]. Fez aquarelas e gravuras com temas militares.[6]
Foi membro-fundador da Sociedade Pró-Arte Moderna - SPAM (1932), que tinha como iniciativa ampliar o contato entre artistas, amantes das artes e o público[3]. Em 1933, deu um curso de pintura cubista no Clube dos Artistas Modernos, em São Paulo[7].
A partir de 1934, também integrou o Grupo 7, com Victor Brecheret, o arquiteto Rino Levi, a escultora Elisabeth Nobiling, a pintora Yolanda Mohalyi, além de John e Regina Graz. O objetivo deste grupo era montar uma galeria-ateliê para expor as obras que produziam[3].
Em 1941, executou o painel em baixo-relevo do Instituto Biológico em São Paulo[3], bem como o desenho de seus vitrais (os quais foram removidos em 2002 por estarem quebrados, e substituídos por blocos de vidro[8]).
Como cenógrafo, participou dos filmes Candinho[9] e Sinhá Moça em 1953 e 1954, ambos da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.
Em 1954, Gomide também trabalhou nos murais em mármore gravados com jatos de areia, para o Mosteiro de São Bento, com o tema "Entradas e Bandeiras[5]".
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Exposições e mostras
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Perspectiva
Gomide participou de diversas exposições durante a vida, tanto no Brasil quanto no exterior[3]:
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Morte
Antonio Gomide desenvolveu cegueira pouco antes de sua morte, falecendo em 1967, aos 72 anos.[3]
Referências
Bibliografia
Ligações externas
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