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Campylocentrum micranthum

espécie de planta Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Campylocentrum micranthum
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Campylocentrum micranthum é uma espécie de orquídea, família Orchidaceae, que habita 24 países da América tropical.[1] No Brasil é citado para todos os estados das regiões norte e sudeste, além do Maranhão, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Mato Grosso, e Goiás.[2]

Factos rápidos Classificação científica, Nome binomial ...
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Campylocentrum micranthum - planta.
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Campylocentrum micranthum - inflorescência de espécime com flores dísticas.
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Campylocentrum micranthum - flores.
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Campylocentrum micranthum - flores, mostrando o nectário.
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Descrição

É uma pequena planta epífita, monopodial, com caules alongados, folhas dísticas, e inflorescência racemosa com flores minúsculas, de cor branca, de sépalas e pétalas livres, e nectário na parte de trás do labelo. Pertence ao grupo de espécies de inflorescências mais curtas que as folhas.[3] O conceito atual desta espécie é um tanto amplo e inclui muitos sinônimos, tanto com flores dísticas como flores orientadas para um mesmo lado da inflorescência. Deposis de mais estudos, é possível que estas espécies venham a ser separadas novamente e a ocorrência de cada uma das duas tenha de ser revisada.[4]

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Histórico

Resumir
Perspectiva

O Angraecum micranthum, publicado por John Lindley em 1835[5] foi a primeira espécie, hoje classificada neste gênero, a ser descrita. Sua origem era incerta. Como todas as espécies aparentadas com Angraecum então conhecidas eram africanas, Lindley pensou ser esta também originária deste continente. Hoje, com a ajuda da genética molecular, estima-se que tenha sido coletada no Suriname.[4]

Por muito tempo foi considerado a espécie-tipo de Campylocentrum porém uma série de confusões impossibilita que seja: Em 1845, quando Rich. & Galeotti propuseram o estabelecimento do gênero Todaroa para abrigar as espécies de Campylocentrum até então descritas,[6] enganaram-se ao confundir o Angraecum micranthum descrito por Lindley, o qual designaram como espécie-tipo, com o Campylocentrum schiedei, que viria a ser descrito somente muitos anos depois por Reichenbach.[4]. Em 1881, Bentham propôs o nome Campylocentrum em substituição a Todaroa,[7] no entanto, falhou ao não fazer uma nova combinação para o Angraecum micranthum no gênero Campylocentrum. Em 1903, quando Rolfe publicou o nome,[8] teve o cuidado de referir-se ao espécime publicado por Lindley, entretanto não percebeu que Maury já publicara esta combinação em 1889, referindo-se ao espécime errado publicado por Richard e Galeotti.[9] Pelas regras vigentes, a espécie-tipo deste gênero deve ser o Campylocentrum schiedei.[4]

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Publicação e sinônimos

  • Campylocentrum micranthum (Lindl.) Rolfe, Orchid Rev. 9: 136 (1901).

Sinônimos homotípicos:

  • Angraecum micranthum Lindl., Edwards's Bot. Reg. 21: t. 1772 (1835).
  • Aeranthes micrantha (Lindl.) Rchb.f. in W.G.Walpers, Ann. Bot. Syst. 6: 900 (1864).
  • Epidorkis micrantha (Lindl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 2: 660 (1891).
  • Mystacidium micranthum (Lindl.) T.Durand & Schinz, Consp. Fl. Afric. 5: 54 (1894).

Sinônimos heterotípicos:

  • Angraecum brevifolium Lindl., Edwards's Bot. Reg. 26: t. 68 (1840).
  • Aeranthes jamaicensis Rchb.f. ex Griseb., Fl. Brit. W. I.: 625 (1864).
  • Angraecum jamaicense Rchb.f. & Wullschl. in W.G.Walpers, Ann. Bot. Syst. 6: 901 (1864).
  • Campylocentrum jamaicense (Rchb.f. ex Griseb.) Benth. ex Fawc., Prov. List Pl. Jamaica: 40 (1893).
  • Campylocentrum kuntzei Cogn. ex Kuntze, Revis. Gen. Pl. 3(2): 298 (1898).
  • Campylocentrum barrettiae Fawc. & Rendle, J. Bot. 47: 127 (1909).
  • Campylocentrum stenanthum Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 10: 486 (1912).
  • Campylocentrum peniculus Schltr., Repert. Spec. Nov. Regni Veg. Beih. 17: 91 (1922).
  • Campylocentrum mattogrossense Hoehne, Arq. Bot. Estado São Paulo, n.s., f.m., 1: 62 (1941).

Referências

  1. R. Govaerts et al. World Checklist of Orchidaceae. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew.«Published on the Internet» (em inglês). Consultada em 27 de dezembro 2012.
  2. Barros, F. de, Vinhos, F., Rodrigues, V.T., Barberena, F.F.V.A., Fraga, C.N., Pessoa, E.M. «Orchidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.». Consultado em 27 de dezembro de 2012
  3. Cogn. (1906). «Campylocentrum micranthum». in C.F.P.von Martius & auct. suc. (eds.) Fl. Bras. 3(6): 506-507
  4. Bogarín D.; Pupulin F. (2009). «The genus Campylocentrum (Orchidaceae: Angraecinae) in Costa Rica: some critical questions and a few answers.». Ecuador. Pridgeon A M, Suarez JP (eds) Proceedings of the Second Scientific Conference on Andean Orchids, Universidad Técnica Particular de Loja: 32-45
  5. Lindley, J. (1835). «Angraecum micranthum». Ecuador. Edwards’s Botanical Register 21: t. 1772
  6. Richard, A. and Galeotti, H. (1845). «Orchidographie Mexicaine.». Annales des Sciences Naturelles 3: 14-33
  7. Benth. (1881). «Campylocentrum.». Journal of the Linnean Society, Botany 18(110). 337 páginas
  8. Rolfe, R. A. (1903). «The genus Campylocentrum.». Orchid Review 11: 245-277
  9. Maury, P. (1889). «Enumération des plantes du Haut-Orénoque récoltées par Mm. J. Chaffanjon et A. Gaillard.». Journal de Botanique (M. Louis Morot) 3. 273 páginas
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Ver também

Ligações externas

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