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Marianinha-amarela

espécie de ave Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Marianinha-amarela
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Tiraninho-amarelo[5] ou marianinha-amarela[6] (Capsiempis flaveola) é uma espécie de ave passeriforme da família Tyrannidae que vive nas Américas Central e do Sul, desde Nicarágua até o nordeste da Argentina e o sudeste do Brasil. É o único membro do gênero Capsiempis, sua taxonomia tem sido instável e já foi colocada anteriormente em pelo menos três gêneros.

Factos rápidos Estado de conservação, Classificação científica ...
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Taxonomia

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Perspectiva

A marianinha-amarela era anteriormente incluída no gênero Phylloscartes, porém evidências de crânio e siringe sugerem outras relações dentro da família Tyrannidae.[4]

Os amplos estudos genético-moleculares realizados por Tello et al. (2009) descobriram uma grande quantidade de novas relações dentro da família Tyrannidae que, no entanto, não estão refletidas na maioria das classificações.[7] Seguindo estes estudos, Ohlson et al. (2013) propuseram a divisão da família Tyrannidae em cinco. De acordo com essa proposta, Capsiempis permanece em Tyrannidae, na subfamilia Elaeniinae, na tribo Elaeniini, junto a Elaenia, Tyrannulus, Myiopagis, Suiriri, Serpophaga, parte de Phyllomyias, Phaeomyias, Nesotriccus, Pseudelaenia, Mecocerculus leucophrys, Anairetes, Polystictus, Culicivora e Pseudocolopteryx.[8]

Subespécies

Segundo as classificações do Congresso Ornitológico Internacional (IOC)[9] e Clements Checklist v.2017,[10] são reconhecidas 5 subespécies, com sua correspondente distribuição geográfica:[4]

A subespécie proposta por Zimmer em 1955, C. f. amazonus, que ocorreria nas Guianas e no norte do Brasil, descrita com base em alguns poucos espécimes, parece não ser claramente distinguível de cerula em um maior número de espécimes, e está incluída nesta.[4][9]

Etimologia

O nome do gênero “Capsiempis” deriva do grego “kaptō, kapsō”: engolir e “empis, empidos”: mosquito; significando “que engole mosquitos”;[11] e o nome da espécie “flaveola”, tem origen no latimflaveolus”: amarelado.[12]

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Descrição

A marianinha-amarela mede entre 10,5 e 11,4 cm de comprimento e pesa cerca de de 8  g. Tem um bico muito fino de formato semelhantes aos de um pequeno Vireo ou de mariquitas. É verde-oliva pro cima e amarelo-intenos por baixo. Apresenta uma listras superciliares esbranquiçadas ou amrelo-pálidas. As asas e a cauda são de coloração marrom-escura com penas com extremidades amarelas e duas faixas amareladas na cauda. Machose fêmea são semelhantes, mas os juvenis são mais amarronzados por cima e tem a coloração amarela mais pálida.

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Capsiempis flaveola, ilustração de Swainson, 1841.
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Distribuição e habitat

Sua área de distribuição se estende através das Américas do Sul e Central. Está presente em Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela.[1]

Esta espécie ocorre em áreas de mata, bordas de floresta e próximo a rios, vegetação secundária densa e gramíneas ou clareiras arbustivas.[1]

Comportamento

Alimentação

A marianinha-amarela é um pássaro ativo que é geralmente visto em pares ou grupos familiares, alimentando-se de insetos, aranhas e pequenas bagas. Geralmente pegam suas presas nas folhas das árvores.

Reprodução

Constrói ninhos em forma de tigela com fibras de plantas e folhas de grama, forrados na parte externa com musgo. Eles os colocam em alturas entre 2–7 m em árvores, arbustos e campos de milho. Geralmente são postos dois ovos brancos, na maioria das vezes sem manchas ou com manchas marrom-avermelhadas claras.

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Referências

  1. BirdLife International (2012). «Capsiempis flaveola». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013
  2. Cabanis, J.; Heine Sr., F. (1859–1860). «Verzeichniss der ornithologischen Sammlung des Oberamtmann Ferdinand Heine, auf Gut St. Burchard vor Halberstadt». Museum Heineanum (em alemão). II. Theil, die Schreivögel enthaltend. [1–2] pp. 1-176. Halberstadt: R. Frantz. p. 56. doi:10.5962/bhl.title.112135
  3. Yellow Tyrannulet (Capsiempis flaveola) em Handbook of the Birds of the World - Alive (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2018.
  4. «Tyrannidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
  5. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
  6. Tello, J. G., Moyle, R. G., Marchese, D.J. & Cracraft, J. (2009). «Phylogeny and phylogenetic classification of the tyrant flycatchers, cotingas, manakins, and their allies (Aves: Tyrannides)» (PDF). Cladistics (25). pp. 1–39. ISSN 0748-3007. doi:10.1111/j.1096-0031.2009.00254.x
  7. Ohlson, J.I.; Irestedt, M.; Ericson, P.G.P.; Fjeldså, J. (2013). «Phylogeny and classification of the New World suboscines (Aves, Passeriformes)» (PDF). Zootaxa (em inglês). 3613. pp. 1–35. ISSN 1175-5326. doi:10.11646/zootaxa.3613.1.1
  8. Gill, F. & Donsker, D. (Eds.). «Tyrant flycatchers». IOC – World Bird List (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2018
  9. Clements, J. F., T. S. Schulenberg, M. J. Iliff, D. Roberson, T. A. Fredericks, B. L. Sullivan & C. L. Wood (2017). «The eBird/Clements checklist of birds of the world: v2017». The Cornell Lab of Ornithology (Planilha Excel) (em inglês). Disponible para download
  10. Jobling, J. A. (2017). Capsiempis Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 27 de novembro de 2017.
  11. Jobling, J. A. (2017) flaveola Key to Scientific Names in Ornithology (em inglês). Em: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 27 de novembro de 2017.
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Bibliografia

Ligações externas

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