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Carlos Castro (jornalista)
escritor português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Carlos António Castro (Moçâmedes, 5 de Outubro de 1945[1] - Nova Iorque, 7 de Janeiro de 2011) foi um jornalista, escritor e cronista social português.[2][3]
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Biografia
Carlos Castro nasceu na província ultramarina de Angola, onde viveu ate ao periodo da Revolução dos Cravos[4] [2] Homossexual assumido,[5] notoriamente efeminado, ostracizado pelo próprio pai e irmãos, depois de chegar a Lisboa, em 1975[6] começou por ser transformista[7] e participou em 1977 num episódio de A Visita da Cornélia, onde se apresentou como jornalista, oriundo de Espinho, chamando a atenção numa prova em que aparecia travestido de freira. Nesse mesmo ano, estreou-se como cronista social na revista Nova Gente, onde assinou a página "Ziriguidum" que deu muito que falar, pela forma acutilante como criticava as principais figuras do meio social português sob o pseudónimo de "Daniela". Foi também na Nova Gente que se estreou como organizador de espetáculos, já que esteve à frente das quatro primeiras galas dos Troféus Nova Gente. Depois disso, organizou numerosas produções artísticas, como a Grande Noite do Fado ou a Gala Noite dos Travestis,[8] e colaborou com vários títulos da imprensa portuguesa, nomeadamente o Correio da Manhã, como cronista social.
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Morte
No dia 7 de Janeiro de 2011 foi encontrado morto num quarto do hotel Intercontinental, em Times Square, Nova Iorque.[9] Carlos Castro dera entrada no hotel a 29 de Dezembro de 2010, acompanhado pelo modelo português Renato Seabra.[9] Foi encontrado morto, sem roupa, com sinais de ter sido violentamente agredido na cabeça e sexualmente mutilado.[10] A defesa de Renato Seabra, em junho de 2011, alegou perturbações psiquiátricas, uma estratégia rara nos Estados Unidos e que não teve êxito.[11]
Renato Pereirinha Seabra, de 22 anos de idade, natural de Cantanhede,[12] foi condenado a uma pena de 25 anos de prisão no Estabelecimento Prisional de Clinton, onde é acólito. Será deportado para Portugal logo que atinja o limite mínimo da pena, em 2036 (com 46 anos de idade), e esteja em condições de pedir a sua libertação condicional.[13]
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Obras publicadas
- "O Chique e O Choque: 20 anos de crónicas de costumes"[2] (1996)
- "Desesperadamente" (poesia) (1998)[2]
- "Ruth Bryden: Rainha da Noite"[2][14] (2001)
- "A paz segundo o Pionés Bandido" (2003)
- "Os imbecis dos Bandidos (RA e PT)"(2004)
- "Solidão Povoada" (2007)[15]
- "As Mulheres Que Marcaram a Minha Vida" (2010)[16]
Referências
- «Biografia de Carlos Castro». Consultado em 8 de janeiro de 2011
- vários (1 de agosto de 2022). Dicionário de Literatura Gay: 7.ª edição (2022). [S.l.]: INDEX ebooks. Consultado em 22 de maio de 2025
- «"Carlos Castro sabia que o Renato não era homossexual"». i. 15 de janeiro de 2011. Consultado em 27 de dezembro de 2011
- LP (8 de janeiro de 2011). «Cronista social Carlos Castro assassinado em Nova Iorque». BLITZ. Consultado em 27 de dezembro de 2011
- «17ª Gala Noite dos Travestis». Consultado em 8 de janeiro de 2011
- expresso.pt. «Óbito: Jornalista português Carlos Castro encontrado morto em quarto de hotel». Consultado em 8 de janeiro de 2011
- publico.pt. «Jornalista português Carlos Castro encontrado morto em quarto de hotel em Nova Iorque». Consultado em 8 de janeiro de 2011
- «Defesa psiquiátrica pode baixar pena de Renato Seabra». publico.pt. 3 de junho de 2011. Consultado em 3 de junho de 2011
- Castro, Carlos (2001). Ruth Bryden: rainha da noite. [S.l.]: Publicações Dom Quixote. Consultado em 22 de maio de 2025
- Bruno Horta (2009). «De homem não passamos, a mulher não chegamos». Consultado em 8 de janeiro de 2011
- «As Mulheres Que Marcaram a Minha Vida». Consultado em 8 de janeiro de 2011
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Ligações externas
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