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Codominância

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A codominância pode ser definida como a ocorrência de dois alelos de um gene que se expressam simultaneamente no heterozigoto, mas de forma independente. Em casos de codominância os alelos se expressam igualmente, ou seja, não ocorre relações de dominância ou recessividade. Desta forma, o fenótipo do heterozigoto resultante irá apresentar características presentes nos fenótipos dos homozigotos de origem[1]

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História

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Perspectiva

Gregor Mendel, pai da genética, cruzou ervilhas de tipos distintos, o que permitiu a formulação de 3 leis determinantes para consolidar a base do princípio da hereditariedade. De maneira geral, características são passadas para a próxima geração, pois são determinadas por genes, que podem se apresentar de diversas formas, denominadas de alelos. Na presença de dois tipos de alelos distintos, o dominante determina o fenótipo (aparência) – lei de dominância. Apenas uma das cópias do gene é distribuída, aleatoriamente, para cada gameta (óvulo ou espermatozoide), que após a união gera um novo genótipo contendo os alelos gaméticos – lei da segregação. Por último, estes genes serão herdados individualmente – lei da segregação independente.[2][3]

Assim, a partir das leis mendelianas, o aprofundamento desses estudos contribuíram com os conhecimentos da genética e, em congruência, o surgimento de caminhos para novas pesquisas, a simplicidade de Mendel não supriu a necessidade da ciência em alcançar questões complexas, principalmente, as que envolvem os genes. Sendo assim, atualmente, temos o conhecimento das extensões da herança mendeliana, que são, os desvios da interação alélica em relação ao conceito de dominância descrito, sendo assim, formas distintas de um gene não são limitadas a dois alelos e mais de um gene determina um fenótipo.[4]

Portanto, quando se trata desse assunto, devemos abster de que existem, apenas, alelos recessivos e dominantes, e, que é necessário compreender a capacidade de  interação entre os alelos, havendo situações que os mesmos podem ser expressados simultaneamente mas, ao mesmo tempo, independentes. À vista disso, torna -se difícil distinguir o efeito de cada gene individualmente quando há um grande número de genes envolvidos, ou seja, a grande quantidade de genes dificulta a identificação de variantes genéticas herdadas, de acordo com as regras Mendelianas.[5]

A codominância, então, em conjunto com alelos múltiplos, dominância incompleta, pleiotropia, alelos letais e herança ligada ao sexo, são interações genicas extensivas ao conceito mendeliano de herança.[6]

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Observação

Não confunda codominância com dominância incompleta![7]

A dominância incompleta se aplica em casos onde o heterozigoto fica entre dois fenótipos homozigotos, se tornando um fenótipo intermediário entre ambos os fenótipos heterozigoto e homozigoto. A real importância está na diferenciação dos fenótipos, ou seja, a principal diferença nessas dominâncias está no fato de que a dominância completa expressa alelos de forma independente, o fenótipo de ambas será igual. Já a dominância incompleta tem três possibilidades de fenótipos. Dominante, expressada por dois alelos, recessiva, expressada por dois alelos recessivos e a intermediária.

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Exemplos de codominância

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Sistema ABO

Entre os humanos, um ótimo exemplo de codominância é o sistema ABO, que apresenta quatro tipos sanguíneos determinados por três alelos, sendo eles IA, IB e i.  A codominância ocorre entre os alelos  IA  e IB,

uma vez que, quando expressados simultaneamente, resultam no fenótipo sanguíneo AB.[8]

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Codominância em gados

Outro exemplo que simplifica este processo, é a codominância que ocorre no cruzamento entre gados da raça Shorthom, o qual, animais homozigotos apresentam a pelagem na cor branca ou vermelha, e os descendentes quando heterozigotos, apresentam uma pelagem de cor rosilha, resultado da expressão dos dois genes presentes nos pais. Desta forma, em um mesmo indivíduo são expressados duas cores de pelos diferentes.[9][10]

Exemplo de cruzamentos codominantes

    Lívia possui sangue do tipo A, portanto, seu genótipo pode ser  IAi ou  IA IA . Já Vítor, possui sangue do tipo B, cujo genótipo pode ser IBi ou  IBIB. Através da utilização do quadro de Punnett, onde a partir da separação dos gametas e do cruzamento entre eles, é possível encontrar o genótipo dos descendentes.[2]

Quadro de Punnett: O x AB
IA i
IB IA IB IBi
i IAi ii

Desta forma, após o cruzamento, torna-se possível observar a relação de codominância entre os alelos  IA  e IB, que são expressados simultaneamente, ao contrário do que ocorre quando expressados com o alelo i, sobre o qual exercem dominância.[11]

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Aplicação

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