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DERSA

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DERSA
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A DERSA - (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) foi uma empresa de economia mista brasileira, controlada pelo Governo do Estado de São Paulo, cujo objetivo é construir, operar, manter e administrar rodovias e terminais intermodais, alguns deles através de remuneração por meio de praças de pedágio.

Factos rápidos Razão social, Atividade ...
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Antigo pedágio do DERSA na Rodovia Dom Pedro I, em Itatiba, antes da rodovia ser concedida à iniciativa privada.
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História

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Perspectiva

A Dersa foi fundada em 26 de maio de 1969,[1] com a finalidade de proceder aos estudos de implantação, projeto e construção de uma nova ligação entre São Paulo e a Baixada Santista, tendo em vista que a Via Anchieta e a Rodovia Caminho do Mar, ambas sobre seu controle operacional, esta última datada do século XIX, estavam em vias de saturação.

O resultado foi a inauguração, em 1976 da Rodovia dos Imigrantes, celebrada até hoje como um dos maiores exemplos da vanguarda da construção civil brasileira. Com a construção desta rodovia, a empresa ganhou um grande know-how neste setor de planejamento, projeto e construção de rodovias com traçados modernos e eficientes, o que foi um feito, pois a rodovia vence quase 800 metros de declive entre o Planalto Paulista e o litoral, consubstanciado na Serra do Mar, que, na verdade, não se trata de uma serra, mas sim de uma cadeia de escarpas, formando o que ficou conhecido como Sistema Anchieta-Imigrantes de rodovias.

Findos os trabalhos de construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, o Governo do Estado de São Paulo decidiu aproveitar toda esta experiência acumulada para a construção de uma nova ligação entre São Paulo e Campinas, com os mesmos parâmetros de qualidade e segurança utilizados no primeiro projeto, para aliviar o também saturado tráfego da Via Anhanguera, que também passou para seu controle, cujas obras se iniciaram ainda em 1976.

Assim, em 1978, foi inaugurada a Rodovia dos Bandeirantes, com um traçado moderníssimo, semelhante ao da Rodovia dos Imigrantes, embora seu projeto tenha tido um facilitador em relação ao da rodovia à Baixada Santista, que foi a ausência da Serra do Mar no seu caminho, formando o Sistema Anhanguera-Bandeirantes.

Satisfeito com os resultados, o Governo do Estado resolveu conceder à Dersa a construção e exploração de mais uma rodovia, que rumaria para o Vale do Paraíba, a fim de desafogar o trânsito na Rodovia Presidente Dutra.

O primeiro trecho desta rodovia, batizada na sua inauguração de Rodovia dos Trabalhadores, teve suas obras iniciadas em junho de 1980, sendo inaugurada em abril de 1982, ligando a capital a cidade de Guararema, num traçado de 50 quilômetros, além de um acesso à Rodovia Presidente Dutra, com mais 5 quilômetros (Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira).

Nesta mesma época, o Governo do Estado passou para a administração da Dersa a Rodovia Dom Pedro I, que liga Campinas à Jacareí, incumbindo a nova administradora de realizar as obras de duplicação desta rodovia e de extensão para a então Rodovia dos Trabalhadores, visto que esta desembocava na Rodovia Presidente Dutra, e adequá-la aos padrões das demais rodovias por ela administrada.

Junto com a Rodovia dos Trabalhadores, foi inaugurada a Rodovia Hélio Smidt, ligação entre a nova rodovia, a Rodovia Presidente Dutra e o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Em 1989, o Governo do Estado de São Paulo passou para a responsabilidade da Dersa a operação, implementação e construção de todos os terminais intermodais de carga sob a jurisdição do Estado de São Paulo. Com isso, a Dersa assumiu a responsabilidade pela operação do Porto de São Sebastião, e das travessias marítimas por balsa entre Santos e Guarujá, entre Guarujá e Bertioga, entre São Sebastião e Ilhabela, entre as áreas insular e continental deCananéia, entre Cananéia e Ilha Comprida, entre Iguape e a reserva Ecológica da Juréia e entre Iguape e Ilha Comprida, esta última desativada em 2001, com a inauguração de uma ponte ligando estas duas cidades.

Já no ano de 1990, o Governo do Estado decidiu dar início à segunda fase da implementação da então Rodovia dos Trabalhadores, extensão esta que recebeu a denominação de Rodovia Carvalho Pinto, inaugurada em dezembro de 1994, ligando a cidade de Guararema à cidade de Taubaté, facilitando o acesso às cidades do litoral norte do estado e às principais cidades do Vale do Paraíba (São José dos Campos e Taubaté), permitindo que, partindo-se da capital, se chegue a estes destinos sem a utilização da saturada Rodovia Presidente Dutra.

Com a inauguração da Rodovia Carvalho Pinto, e com o rebatismo da então Rodovia dos Trabalhadores para Rodovia Ayrton Senna, surgiu o terceiro sistema administrado pela Dersa, o primeiro totalmente implementado por esta, o Sistema Ayrton Senna-Carvalho Pinto.

Já no ano de 1998, dentro do Programa Estadual de Desestatização, foram concedidas à iniciativa privada os sistemas Anchieta-Imigrantes e Anhanguera-Bandeirantes, para exploração durante 30 anos, repassando para as concessionárias a responsabilidade de conclusão dos projetos originas destes sistemas, que seriam a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes (inaugurada em 2001) e o prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes até o município de Limeira (inaugurada em 2004).

Foram vencedores das concessões as empresas AutoBAn Sistema Anhanguera-Bandeirantes e Ecovias dos Imigrantes Sistema Anchieta-Imigrantes.

Em 1998, a Dersa foi incumbida de seu mais novo desafio: a implementação do Rodoanel Mário Covas, uma rodovia circular, de 170 quilômetros, que circundará a Região Metropolitana de São Paulo, cortando todas as rodovias que chegam e saem da capital, evitando que veículos em trânsito passem por dentro da área urbana da capital. O primeiro trecho, o Oeste, foi inaugurado em 2002, e corta as rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt, num traçado de 32 quilômetros.

O segundo trecho, o Sul, que interliga o trecho Oeste às rodovias Anchieta e Imigrantes, foi inaugurado em 2010.

Como o trecho Leste está sendo construído pela iniciativa privada, o próximo trecho a cargo da Dersa será o trecho Norte, com previsão de início das obras para o ano de 2012.

Controvérsias

Em 2010, o promotor do Caso Richthofen chegou a levantar suspeitas sobre o patrimônio do engenheiro assassinado em 2002, Manfred Von Richthofen. Manfred havia largado a iniciativa privada em 1999 para ingressar na DERSA, sendo diretor da estatal, onde percebia um salário de R$ 11.000,00, porém ele havia aberto uma conta na Suíça onde tinha 30 milhões de euros, além de um patrimônio avaliado em R$ 11.000.000,00. Levantou-se suspeitas que todo este dinheiro havia vindo de corrupção na estatal durante a construção do Rodoanel Mário Covas. Isso não foi provado, porém a família não consegue provar de onde veio o patrimônio. O herdeiro de Manfred, Andreas Von Richthofen, usufrui do dinheiro em Zurique, na Suíça, onde reside atualmente. A irmã dele, Suzane von Richthofen, encontra-se em regime aberto.

Sistema de Ajuda ao Usuário

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Veículo do SAU-Dersa, 1988.

A Dersa foi a primeira operadora de rodovias do Brasil e da América Latina a implementar um sistema de ajuda aos usuários de suas rodovias. Implementado em 23 de janeiro de 1976, na Rodovia Anchieta, o Sistema de Ajuda ao Usuário (SAU) era formado por duzentos telefones de emergência, seis ambulâncias, seis caminhões-guincho, duas oficinas móveis e 50 viaturas de policiamento para atuação em casos de emergência, prestando serviços de guincho, socorro mecânico e primeiros socorros, de forma gratuita.[4][5]

Atualmente, a DERSA é considerada a melhor empresa estatal para administração de rodovias,[carece de fontes?] administrava também as travessias entre Santos e Guarujá, São Sebastião e Ilhabela, Iguape e Cananéia e Guarujá e Bertioga. Na travessia de São Sebastião para Ilhabela, opera com uma balsa com capacidade para 100 veículos, contando com um serviço de reserva de travessia com hora marcada.

Liquidação

No dia 14 de setembro de 2019 foi publicada no Diário Oficial do Estado a lei que autorizava a liquidação da estatal pelo então governador do Estado João Dória e as travessias de balsa foram transferidas a Secretaria de Logística e Transportes.[6]

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Rodovias

Travessias litorâneas

Baixada Santista
Litoral Norte
Litoral Sul
  • Travessia Iguape-Juréia
  • Travessia Cananéia-Ilha Comprida
  • Travessia Cananéia-Ariri
  • Travessia Cananéia-Continente
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Embarcações

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Balsas

Em Uso

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Barcas

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Ver também

Referências

  1. «Notas Explicativas 2013» (PDF) (pdf). DERSA. Consultado em 15 de abril de 2015. Arquivado do original (PDF) em 23 de setembro de 2015
  2. «Equipe». DERSA. Consultado em 15 de abril de 2015. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2015
  3. «Quem Somos». DERSA. Consultado em 15 de abril de 2015. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2015
  4. «Dersa continua pesquisas:SOS dia 23». A Tribuna (Santos), ano LXXXII, edição 297, página 28/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 21 de janeiro de 1976. Consultado em 28 de agosto de 2021
  5. «Atendimento do SOS falha na Via Ancheita». A Tribuna (Santos), ano LXXXII, edição 300, página 36/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 24 de janeiro de 1976. Consultado em 28 de agosto de 2021
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Ligações externas

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