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Império Chola

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Império Chola
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O Império Chola (em tâmil: சோழப் பேரரசு) foi um império talassocrático estabelecido no sul da Índia, durante o Medievo. Era governado pela dinastia Chola e constituído por domínios ultramarinos e protetorados, com esferas de influência no sudeste asiático.

Factos rápidos 300 a.C. — 1279 →, Rei ou imperador ...

Seu ápice ocorreu entre os séculos X e XII, quando controlou um território que incluía o sul do subcontinente, as ilhas Maldivas e parte do Ceilão, chegando em certo momento até o rio Ganges, ao norte, e ao arquipélago malaio, além de outros lugares ao longo do golfo de Bengala. Em sua fase expansionista, o poder dos cholas no sul, sudeste e leste da Ásia é evidenciado por suas expedições ao Ganges, ataques navais às cidades do Império Srivijaya na ilha de Sumatra, além de suas repetidas embaixadas à China.[1] A frota chola representou o auge da antiga capacidade marítima indiana.

Por volta de 1070, os cholas começaram a perder quase todos os seus territórios ultramarinos. Mas até 1215, durante o reinado de Kulothunga Chola III, a administração e a integridade territorial do Império eram estáveis, e sua economia era próspera. O poder da dinastia Chola começa a declinar após sua derrota para Maravarman Sundara Pandiya II, em 1215-1216.[2] Posteriormente, os imperadores Cholas também perderam o controle da ilha do Sri Lanka e foram expulsos pelo renascimento do poder cingalês. [3] Embora até 1279 continuasse a governar partes do sul da Índia, o Império Chola entra em declínio já no início do século XIII, com a ascensão da dinastia Pandya.[1]:195–196

Os cholas estabeleceram uma forma centralizada de governo e contavam com uma burocracia disciplinada. Seu patrocínio à literatura tâmil e seu zelo pela construção de templos resultaram em algumas das maiores obras da literatura e da arquitetura tâmil.[4][5] Os reis cholas eram ativos construtores e consideravam os templos, em seus reinos, não só como locais de culto mas também de atividade econômica. [6][7] Um interessante exemplo da arquitetura chola é o Templo de Brihadisvara, em Thanjavur, um Patrimônio Mundial, construído sob encomenda de Rajaraja I, em 1010. Os cholas também eram conhecidos por seu patrocínio às artes. O processo de cera perdida, utilizado para confeccionar imagens de divindades hindus, foi pioneiro em sua época. A tradição artística chola se espalhou e influenciou a arquitetura e a arte do Sudeste Asiático.[8][9]

A dinastia Chola teve origem no vale fértil do rio Kaveri. Karikala Chola foi o mais famoso entre os reis do período inicial da dinastia, enquanto que, no período medieval, quando o Império alcançou o seu auge, os imperadores Rajaraja Chola, Rajendra Chola e Kulothunga Chola se destacaram. Sob o governo de Rajaraja Chola I (Rajaraja, o Grande) e do seu filho Rajendra Chola, a dinastia conseguiu um grande desenvolvimento militar, econômico e cultural. O território expandiu-se das ilhas Maldivas, no sul, até aos limites do rio Ganges, no norte de Bengala. Rajaraja Chola conquistou o sul da Índia, anexou partes do Sri Lanka e ocupou as Maldivas. Rajendra Chola também fez incursões contra os reinos localizados no Arquipélago Malaio. O poder da dinastia Chola diminuiu a partir do século XIII, com a ascensão do Hoysalas e do Império Pandia. Por volta de 1279, Kulasekhara Pandiya derrotou os Hoysalas de Kannanur Kuppam; na mesma guerra, o último imperador chola, Rajendra III, foi derrotado, e o império Chola deixou de existir.[10][11]

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Ver também

Referências

  1. Nilakanta Sastri, K. A.. A History of South India, p. 158
  2. Tripathi (1967), p. 471
  3. Finegan (1989), p. 323
  4. David Shulman (2016). Tamil. [S.l.]: Harvard University Press. p. 150. ISBN 978-0-674-97465-4. One thing, however, is certain: the Cholas were happy to use Tamil as an official state language, along with Sanskrit...
  5. Keay 2011, p. 215.
  6. Vasudevan, pp. 20–22
  7. Keay 2011, pp. 217–218.
  8. Promsak Jermsawatdi, Thai Art with Indian Influences, p. 57
  9. John Stewart Bowman, Columbia Chronologies of Asian History and Culture, p. 335


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Bibliografia

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