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Edmand Lara

político, ativista boliviano e vice-presidente da Bolívia desde 2025 Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Edmand Lara
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Edmand Lara Montaño (Villa Rivero, Bolívia, 16 de outubro de 1985) é um advogado, ativista e ex-policial boliviano. A 19 de outubro foi eleito vice-presidente da Bolívia nas eleições gerais de 2025 junto com Rodrigo Paz Pereira.[1]

Factos rápidos 40.º Vice-presidente da Bolívia, Período ...

Anteriormente, serviu durante quinze anos na Polícia Nacional da Bolívia, alcançando o posto de capitão, até ser detido e afastado após denunciar uma tentativa de extorsão por parte de oficiais superiores contra si, assim como casos de corrupção de outros agentes em relação a civis. Este episódio levou-o a tornar-se um ativista contra a corrupção policial, ganhando notoriedade pública que o fez entrar na política.

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Biografia

Lara Montaño nasceu em Villa Rivero, no departamento de Cochabamba, mas mudou-se para Santa Cruz de la Sierra por motivos familiares. Formou-se na Academia Nacional de Polícia em 2007 e obteve uma licenciatura em Direito à distância pela Universidade União Bolivariana, em La Paz, em 2024.[2][3]

Carreira policial

Resumir
Perspectiva

Polémicas e acusações na Polícia Nacional

Em agosto de 2022, Lara denunciou o coronel Jhonny Ortuño, da Unidade de Trânsito de Santa Cruz, por cobrar dinheiro para emitir documentos.[4] Ortuño foi despedido e sofreu processo disciplinar.[5] Em setembro, Lara denunciou a sargento Maribel Huayllani por extorquir um civil em Warnes, pedindo 4.000 bolivianos para não acusá-lo de roubo.[6] A 21 de março de 2023, Lara denunciou dois oficiais envolvidos num assalto; um foi preso e o outro fugiu.[7]

Prisão, processo disciplinar e demissão

Seis dias após fazer essas denúncias, a 27 de março de 2023, foi detido sem aviso prévio por um grupo de sete polícias, de uma forma que descreveu como "violenta". A detenção baseou-se numa queixa apresentada pela sargento Huayllani, que o acusou de usurpação de funções. Os polícias que efetuaram a detenção abriram posteriormente um segundo processo por obstrução à justiça, alegando que ele tinha resistido à prisão. Lara sustentou que as acusações eram uma retaliação pelas suas denúncias de corrupção.[8][9][10]

A 28 de março, Lara teve uma emergência médica durante uma audiência, que foi adiada. O Provedor de Justiça confirmou a sua saúde e acompanhou o caso.

A 30 de março, foi libertado pelo Segundo Tribunal Anti-Corrupção de Santa Cruz, com medidas não privativas de liberdade: apresentar-se ao Ministério Público, não sair do país, pagar caução e proibição de publicar vídeos no TikTok.

A 13 de dezembro de 2023, tentou apresentar uma queixa contra um policial, houve uma altercação física com o Comandante Holguín e foi detido temporariamente, sendo libertado horas depois. Vários partidos expressaram solidariedade.

Em agosto de 2024, foi despedido da Polícia Nacional da Bolívia por “ofensas graves”. Depois, abriu um negócio com a esposa vendendo roupa em mercados e concluiu a licenciatura em Direito.

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Ativismo e carreira política

Após o seu despedimento da Polícia Nacional, Lara manteve o seu perfil público nas redes sociais, especialmente no TikTok, publicando como Capitão Lara e continuando a denunciar alegadas irregularidades e possíveis atos de corrupção na força policial.[11]

Candidatura à vice-presidência em 2025

A 19 de maio de 2025, o senador Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão, escolheu Lara como seu companheiro de lista para as eleições de agosto, depois de Sebastián Careaga se retirar e apoiar Samuel Doria Medina.

Na primeira volta, a 17 de agosto, a chapa PDC surpreendeu ao ficar em primeiro lugar com cerca de 32% dos votos, e Paz e Lara vão enfrentar Jorge Quiroga e Juan Pablo Velasco na segunda volta a 19 de outubro.

A presença de Lara na chapa foi considerada crucial para o resultado, sendo visto como um ex-capitão da polícia ligado às redes sociais e com apoio evangélico, capaz de mobilizar o público via TikTok e campanha pelo país.

Após a primeira volta, Lara gerou controvérsia: foi acusado de homofobia contra Jorge Quiroga e criticado por declarações ofensivas a jornalistas.[12]

Vida pessoal

Lara é casado com Diana Romero Saavedra, que foi eleita deputada pelo sistema de representação proporcional pelo departamento de Santa Cruz nas eleições de 2025.[13]

Referências

  1. «Rodrigo Paz nombra a Edman Lara como su vicepresidente». Instantáneas:Meta Diario. 19 de maio de 2025. Consultado em 25 de agosto de 2025
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