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Ernest Hemingway

escritor norte-americano Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Ernest Hemingway
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Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de julho de 1899Ketchum, 2 de julho de 1961) foi um escritor norte-americano, amplamente reconhecido como um dos maiores escritores do século XX e um dos principais expoentes da geração perdida. Seus livros são inspirados nas suas experiência pela Europa e Cuba e na suas atividades como enfermeiro durante a Primeira Guerra Mundial e correspondente de guerra durante a Guerra Civil Espanhola. Sua obra foi agraciada com diversos prêmios em vida, como o Prêmio Pulitzer em 1953 e o Nobel de Literatura em 1954[1][2][3]. Tomado por diversos problemas de saúde, cometeu suicídio com um rifle de caça em 1961, aos 61 anos[2].

Factos rápidos Nome completo, Nascimento ...
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Mesa do escritor em Key West, na Flórida
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Biografia

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Perspectiva

Ainda muito jovem, quando a Grande Guerra (1914–1918) assombrava o mundo, decidiu ir à Europa pela primeira vez. Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no jornal The Kansas City Star. Tentou alistar-se no exército, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que viria a ser sua inspiração para a criação da heroína de Adeus às Armas (1929) — a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park, que, no entanto, depois do que havia visto na Itália, tornara-se monótona demais para ele.[2]

Voltou então à Europa (Paris) em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para a revista canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes: Ezra Pound (1885–1972), F. Scott Fitzgerald (1896–1940) e Gertrude Stein (1874–1946).[2] Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris conhecida como "Geração Perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein.

A vida e a obra de Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, em meados do século XX, fascinou-se pela tauromaquia, chegando a tourear como amador, experiência que abordaria no seu livro O Sol Também Se Levanta (1926).

O seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem viria a ter dois filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. Em Key West, no entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente internacional. Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline se tornou instável. Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e companheiro de farra.

Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho). Na cidade, hospedava-se no Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da cidade, que se tornou o lar do escritor e o cenário que comporia sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor.[2]

Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher a cada livro". Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento.[4] Ao cobrir a Guerra Civil Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo,[2] o que viria a ser o tema do livro Por Quem os Sinos Dobram (1940), considerada sua obra-prima.[5] Quando a república espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha.[2]

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Hemingway a bordo de seu iate por volta de 1950

Em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de informantes com a finalidade de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis simpatizantes do fascismo na ilha. Também passou a patrulhar o litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigação estadunidense via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um simpatizante do comunismo.[6]

Em 1946, o escritor casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary Welsh, também jornalista mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável emocionalmente.[2] Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido vários relacionamentos românticos. Em 1952, publicou "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção (1953).[4] Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1954[1][2] devido ao seu "domínio da arte da narrativa, mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo[7]".

Suicídio

Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, enviou-lhe, pelo correio, a pistola com a qual o seu pai havia se matado.[4]

Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória,[2][8] na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine, em Idaho, nos Estados Unidos.[9]

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Bibliografia

Romances de Ernest Hemingway

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Não ficção de Ernest Hemingway

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Contos e pequenas estórias de Ernest Hemingway

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Referências

  1. Lynn (1987), 574
  2. Revista História Viva, nº 46, pp. 28-33, Editora Duetto (2006).
  3. «122º aniversário de nascimento de Ernest Hemingway: o gênio deprimido que viveu intensamente». Revista Bula. 21 de julho de 2021. Consultado em 11 de fevereiro de 2022
  4. «Ernest Hemingway - Biografia». Banco de Dados da Folha. UOL - Educação. Consultado em 21 de julho de 2012
  5. Southam, B.C., Meyers, Jeffrey (1997). Ernest Hemingway: The Critical Heritage. New York: Routledge. pp. 35–40, 314–367
  6. Veja. Disponível em http://veja.abril.com.br/260700/p_086.html. Acesso em 22 de junho de 2014.
  7. «Facts on the Nobel Prize in Literature». www.nobelprize.org. Consultado em 8 de agosto de 2018

Ligações externas

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