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Estudos sobre diversidade sexual

estudo das identidades sexuais e de género Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Os estudos sobre diversidade sexual (também chamados de estudos LGBT ou estudos queer) é uma área voltada a pesquisar e discutir questões relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero, geralmente com foco em pessoas LGBT+.[1]

Na academia

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Perspectiva

Originalmente centrada na história LGBT e teoria literária, o campo se expandiu para incluir o estudo acadêmico das questões levantadas na biologia, sociologia, antropologia, história da ciência, filosofia, psicologia, sexologia, ciência política, ética e outros campos para um exame da identidade, vivência, história e percepção das pessoas queer. Marianne LaFrance, ex-presidenta da Larry Kramer Initiative for Lesbian and Gay Studies na Universidade de Yale,[2] diz: "Agora estamos perguntando não apenas 'O que causa a homossexualidade?', mas também 'O que causa a heterossexualidade?'.".[3]

Estudos queer não é o mesmo que a teoria queer, um ponto de vista analítica dentro dos estudos queer (centrado em estudos literários e filosofia) que desafia as categorias "socialmente construídas" de identidade sexual.

No Brasil

A Universidade Federal da Bahia foi pioneira ao implementar, em 2009, o primeiro — e ainda único — curso de nível superior em Estudos de Gênero e Diversidade no Brasil. O curso é uma das graduações disponibilizadas pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, e está fortemente vinculado ao Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher.[4][5][6][7] Ainda na mesma Faculdade da UFBA, existem uma revista científica dedicada aos estudos sobre a diversidade sexual e de gênero, intitulada Cadernos de Gênero e Diversidade, e o Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, Gênero e Feminismo, que conta com três linhas de pesquisa: Gênero, Poder e Políticas Públicas; Gênero, Ciência e Educação; e Gênero, Alteridades e Desigualdades.[8][9][10][11]

Enquanto a UFBA disponibiliza tanto um curso de graduação quanto de pós-graduação, outras instituições disponibilizam cursos somente na pós-graduação. Por exemplo, a Universidade Federal de Santa Catarina conta com o Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, com possibilidade de área de concentração em Estudos de Gênero e Sexualidades. Nesta área de concentração há duas linhas de pesquisa: Epistemologia dos Estudos Interdisciplinares de Gênero; e Gênero e suas inter-relações com geração, etnia, classe.[12] Já muitas outras, como a Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal da Integração Latino-Americana e a Universidade Federal de Santa Maria, contam com pós-graduações lato sensu (especializações) dedicadas à área.[13][14][15][16]

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Atividade cultural

O termo "diversidade sexual" é amplamente utilizado em contextos relacionados à militância, às artes e às ciências. Um exemplo do emprego desse termo é o Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. Trata-se de uma mostra de cinema e vídeo dedicada à comunidade LGBTQIA+.O festival exibe anualmente cerca de 150 filmes — em sua maioria, curtas-metragens —, e está presente em salas de cinema de diversas cidades brasileiras.[17][18]

Além da exibição cinematográfica, o Festival foi pioneiro ao introduzir outras importantes manifestações culturais no país, como a famosa Parada da Diversidade e o Mercado Mundo Mix, além de manter um portal com alta rotatividade de informações sobre o tema.[17][18][19]

O Festival prioriza a discussão e celebração da diversidade sexual e, atualmente, conta com versões em cidades como Brasília, Campinas, Porto Alegre, Recife, São Luís e São Paulo.[20][19][21][22][23]

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Referências

  1. Simões Neto, José; Machado, Maria; Piccolo, Fernanda (3 de dezembro de 2011). «A produção acadêmica sobre diversidade sexual» (PDF). Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Revista em Pauta. 9 (28): 66. Consultado em 1 de dezembro de 2025 line feed character character in |título= at position 21 (ajuda)
  2. «Lesbian and Gay Studies at Yale». 13 de março de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2016
  3. «Yale Alumni Magazine: Larry Kramer '57 (April 2003)». archives.yalealumnimagazine.com. Consultado em 10 de agosto de 2016
  4. «Novas Carreiras: Estudos de Gênero e Diversidade». Extra Online. 5 de agosto de 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  5. «Apresentação». www.neim.ufba.br. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  6. «Cadernos de Gênero e Diversidade». periodicos.ufba.br. Consultado em 1 de dezembro de 2025. Cópia arquivada em 11 de agosto de 2025
  7. «Cadernos de Gênero e Diversidade». Universidade Federal da Bahia. Cadernos de Gênero e Diversidade. 11 (3). 20 de agosto de 2025. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  8. «NEIM | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA». www.ffch.ufba.br. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  9. «Especialização EGDE». Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  10. «Página Inicial». Especialização em Estudos de Gênero. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  11. «Sobre – Festival MixBrasil». mixbrasil.org.br. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  12. «Festival MixBrasil começa nesta quarta-feira em São Paulo». Agência Brasil. 12 de novembro de 2025. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  13. «G1 DF: Curta de Brasília é selecionado para competir no Sundance Festival, nos EUA». G1. 4 de dezembro de 2018. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  14. redacaoterra. «Filme sobre incesto entre irmãos tem estreia mundial em SP». Terra. Consultado em 1 de dezembro de 2025
  15. Continente, Revista. «Recifest 2025 inicia exibições nesta segunda (22)». Revista Continente. Consultado em 1 de dezembro de 2025
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