Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto
Fenilbutazona
composto químico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Remove ads
Fenilbutazona, também conhecida como butacifona, é uma droga de ação anti-inflamatória, antipirética e analgésica. A fenilbutazona é aplicada nos tratamentos da espondilite anquilosante, artrite reumatóide e síndrome de Reiter.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Dezembro de 2020) |
A fenilbutazona foi introduzida em 1949 para o tratamento da artrite reumatóide e doenças relacionadas. Embora ela seja um agente anti-inflamatório eficaz, efeitos tóxicos graves limitam sua utilização a longo prazo. Este grupo de medicamentos inclui fenilbutazona, oxifenbutazona, antipirina, aminopirina e dipirona. Esses agentes têm sido usados clinicamento há muito anos; embora não seja um medicamento de primeira linha, a fenilbutazona é o mais importante sob o ponto de vista terapêutico, enquanto a antipirina e aminopirina não são usadas hoje em dia. Embora a fenilbutazona, seja eficiente também contra a artrite da gota, os efeitos colaterais desaconselham seu uso nestes casos.
Remove ads
Farmacologia
Os efeitos anti-inflamatórios da fenilbutazona são semelhantes aos dos salicilatos, porém sua toxicidade é muito diferente. Como ocorre com a aminopirina, a fenilbutazona pode causar agranulocitose. A farmacologia e a toxicologia da fenilbutazona e seus metabólitos e congêneres foram revistas detalhadamente. Devido o potencial de efeitos tóxicos graves, a fenilbutazona passou a ser um medicamento com utilidade extremamente limitada em comparação aos outros MAINE.
Remove ads
Mecanismo de ação e síntese
Resumir
Perspectiva
A inibição da cicloxigenase (COX) representa o fator principal no mecanismo de ação da fenilbutazona, diminuindo a produção das prostaglandinas (principalmente das séries "E" e "F") que participam do desenvolvimento das reações inflamatória, dolorosa e febril. Em condições experimentais, a fenilbutazona também inibe as funções leucocitárias (quimiotaxia, liberação e/ou atividade de enzimas lisossômicas).
- Efeitos anti-inflamatórios: A fenilbutazona produz efeitos anti-inflamatórios marcantes e sua utilização freqüente para melhorar o desempenho dos cavalos de corrida é bem conhecida. Efeitos de certa forma semelhantes são demonstrados nos pacientes com artrite reumatóide e doenças relacionadas.
- Efeitos antipiréticos e analgésicos: Estes têm sido pouco estudados nos seres humanos. Para a dor de origem não-reumática, sua eficácia analgésica é inferior a dos salicilatos. Em virtude dos seres tóxicos, a fenilbutazona não deve ser usada rotineiramente como analgésico ou antipirético.
- Efeito uricosúrico: Em doses de cerca de 600 mg por dia, a fenilbutazona produz um efeito uricosúrico discreto atribuível provavelmente a um dos seus metabólitos, que reduz a reabsorção tubular do ácido úrico. Concentrações reduzidas deste medicamento inibem a secreção tubular do ácido úrico e causam a retenção de urato. Um congênere da fenilbutazona (sulfimpirazona) é muito mais eficaz como agente uricosúrico e tem sido útil no tratamento da gota crônica.
- Efeitos hidroeletrolíticos: A fenilbutazona causa retenção significativa de Na+ e cloreto, que se acompanha da redução do volume urinário e edema em alguns casos. A excreção do K+ não é alterada. Frequentemente, o volume plasmático aumenta em até 50% e, desta forma, alguns pacientes tratados com fenilbutazona desenvolvem descompensação cardíaca e edema pulmonar agudo.
- Farmacocinética e metabolismo. A fenilbutazona é absorvida rápida e completamente pelo trato gastrintestinal. Depois da utilização de doses terapêuticas, mais de 98% da fenilbutazona estão ligados às proteínas plasmáticas. A meia-vida deste medicamento no plasma é muito longa – 50 a 65 horas.
A fenilbutazona sofre transformação metabólica extensa nos seres humanos. A oxifenbutazona, que é um metabólito deste medicamento, tem atividades anti-reumáticas e retentoras de Na+ semelhantes às da fenilbutazona. A oxifenbutazona também se liga extensamente às proteínas plasmáticas e tem meia-vida plasmática de vários dias. Ela acumula-se significativamente durante a administração prolongada da fenilbutazona e contribui para os efeitos farmacológicos e tóxicos deste último composto.
Absorção
A fenilbutazona é rápida e completamente absorvida pelo trato gastrintestinal ou pela mucosa retal. Após administração oral, as concentrações séricas máximas são atingidas em 2 horas, aproximadamente. Após administrações repetidas de 100, 200 ou 300 mg diariamente, as concentrações séricas médias são de 52, 83 e 95 µg/ml, respectivamente. A fenilbutazona administrada por via intramuscular é completamente absorvida. As concentrações plasmáticas máximas são observadas no período de 6 a 10 horas após a administração. Observou-se uma concentração plasmática máxima de aproximadamente 60 µg/ml após administração de dose única de 800 mg por via intramuscular.
Distribuição
Em concentrações terapêuticas, a porcentagem de fenilbutazona ligada às proteínas séricas (exclusivamente à albumina) é de 98 a 99%. Na concentração de 0,17 l/kg, o volume de distribuição é baixo. A fenilbutazona distribui-se no organismo em diversos tecidos e líquidos como, por exemplo, no líquido sinovial.
Remove ads
= Biotransformação
Resumir
Perspectiva
A fenilbutazona é extensamente metabolizada no fígado. Menos de 1% da dose é excretada sob forma inalterada na urina. A fenilbutazona inibe o metabolismo de vários fármacos, mas também pode agir como indutora de enzimas hepáticas (ver "Interações medicamentosas"). O fármaco é transformado no metabólito ativo oxifembutazona. As medidas das áreas sob as curvas das concentrações séricas mostram que, das doses administradas, 63% circulam no plasma como fenilbutazona não modificada, 23% como oxifembutazona e cerca de 2,5% na forma de outros hidroximetabólitos. Os principais metabólitos na urina são C-glicuronídeos da fenilbutazona e da gama - hidroxifenilbutazona.
Eliminação
A meia-vida de eliminação plasmática da fenilbutazona é de aproximadamente 75 horas, com amplas variações inter e intra-individuais. As concentrações de "steady state" são similares em adultos jovens e idosos, embora haja uma tendência a aumentar a meia-vida de eliminação plasmática para 105 horas em idosos. Doenças renais não produzem alterações clinicamente relevantes na farmacocinética da fenilbutazona. Em pacientes com cirrose hepática, a meia-vida plasmática da fenilbutazona pode ser prolongada. A fenilbutazona é excretada quase que completamente sob a forma de metabólitos: aproximadamente 3/4 na urina (cerca de 40% como C-glucoronídeo de fenilbutazona e aproximadamente 10 a 15% como C-glucoronídeo da gama-hidroxifenilbutazona) e cerca de 1/4 nas fezes.
Uso terapêutico
Hoje em dia, a fenilbutazona não é considerada o medicamento de escolha para qualquer doença, embora ainda seja usada ocasionalmente no tratamento de gota aguda e artrite reumatóide e doenças relacionadas. A fenilbutazona deve ser usada apenas quando outros medicamentos tiverem falhado e, nestes casos, somente depois da avaliação cuidadosa dos riscos envolvidos e dos beneficios potenciais para o paciente. Além disso, esse medicamento deve ser usado unicamente para as exacerbações agudas da gota e artrite reumatóide e não para o tratamento prolongado. O uso indiscriminado da fenilbutazona no tratamento dos distúrbios músculo-esqueléticos triviais ou crônicos é desaconselhável.
Remove ads
Bibliografia
- Hardman, J G; Limbird, L E; Molinoff, P. B; Ruddon, R. W; Gilman, A. G - Goodman e Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. Editora Mcgraw Hill Education
9ª edição. 1996
Wikiwand - on
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Remove ads