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Flávio Rocha

Empresário e político brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Flávio Rocha
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Flávio Gurgel Rocha (Recife, 14 de fevereiro de 1958) é um empresário brasileiro. É o proprietário da rede de lojas de departamento Riachuelo.[2]

Factos rápidos Deputado federal pelo Rio Grande do Norte, Período ...

Foi presidente das Lojas Riachuelo (terceira maior rede de moda do país), integrante do conselho do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e vice-presidente de relações com investidores do Grupo Guararapes, empresa familiar que detém o controle da Midway Financeira, Confecções Guararapes Transportadora, Casa Verde e Shopping Midway Mall, maior shopping center do Rio Grande do Norte.[3][4][5] Na carreira política, Rocha foi eleito por dois mandatos como deputado federal - o primeiro pelo PFL (atual DEM), transferindo-se na sequência para o PL; e o segundo via PRN pelo Rio Grande do Norte.

Em março de 2018, anunciou sua filiação ao PRB, para disputar a Presidência da República,[6] e com isso deixou o comando da Riachuelo.[7] Posteriormente, retirou a pré-candidatura.

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Biografia

Nascido em 14 de fevereiro de 1958, Flávio Rocha exerceu a função de CEO da rede de Lojas Riachuelo e da Midway Financeira entre os anos de 2008 e 2018, período do maior crescimento da história da empresa, onde passou de 100 para mais de 300 lojas em todo o Brasil[8][9]. Sua família é proprietária do Grupo Guararapes, do qual fazem parte também o Shopping Midway Mall, além de negócios no setor logístico[10]. As Lojas Riachuelo são um dos 15 maiores empregadores do País, com 40 mil colaboradores (2018[11])[12]. A família, com uma fortuna avaliada em 1,3 bilhão de dólares, aparece na 1.567ª posição na Lista Forbes de maiores bilionários do mundo e 39º lugar entre os bilionários brasileiros.[13][14][15]

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Perfil político e carreira

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Em 1986, foi eleito deputado federal pelo Rio Grande do Norte, sendo reeleito em 1990. Em 1994, chegou a se pré candidatar à presidência da república pelo PL, desistindo por conta do apoio de seu partido à candidatura de Fernando Henrique Cardoso[13]. Na ocasião, acusou o partido de boicotá-lo para que não pudesse expor sua ideia de imposto único, o que, segundo o próprio, fortaleceria o valor do salário mínimo. Disse ainda que tal medida, desagradaria os banqueiros comprometidos com a candidatura de FHC[16].

Rocha defende o livre mercado como ferramenta natural para combater a corrupção[17], sendo um dos principais defensores do liberalismo econômico e de um Estado menor e mais eficiente[18].

Em 2016, recebeu o prêmio de "empreendedor do ano", da revista IstoÉ Dinheiro, na categoria Varejo. Ex-deputado federal entre 1987 e 1995, foi um dos primeiros empresários a apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a candidatura de João Doria à Prefeitura de São Paulo.[19]

Foi escolhido em 2017 pela Business Of Fashion como uma das personalidades mais influentes da moda mundial[20] e pela Revista Forbes como um dos 25 maiores CEOs do Brasil.

Em janeiro de 2018, Rocha lançou o manifesto "Brasil 200" defendendo uma agenda liberal no campo econômico e valores conservadores nos costumes. O nome é uma referência aos 200 anos da independência do Brasil[3][21][22].

Em março de 2018, Flávio Rocha anunciou ser pré-candidato a presidência da república pelo PRB.[23]

Em maio de 2018, recebeu, em 2018, o prêmio de CEO do ano da revista Consumidor Moderno, pelo seu trabalho ainda a frente da Riachuelo.[24]

Em junho, Flávio decide desistir de sua pré-candidatura por entender que o Brasil passava por um momento turbulento, que não podia flertar com os extremos e convicto de que inspirou aqueles que produzem ou que desejam produzir a ser protagonistas dessa luta política que não se esgota nas eleições de 2018.[25]

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Polêmica

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Em 2017, o grupo Guararapes envolveu-se em uma polêmica com o Ministério Público do Trabalho, o qual moveu uma ação com valor de 37 milhões de reais sobre o grupo, alegando o não cumprimento de obrigações trabalhistas com os empregados das empresas terceirizadas prestadoras de serviços para o grupo. A ação foi aberta após um levantamento envolvendo mais de 50 empresas ligadas ao programa Pró-Sertão em 12 municípios indicar que os empregados desses fornecedores recebiam menos e tinha menos direitos trabalhistas do que os contratados diretamente pela Guararapes. Do outro lado, Rocha alegou que a ação era uma perseguição do MPT contra sua indústria. Em uma carta aberta, considerou nominalmente a procuradora Ileana Neiva Mousinho como responsável por prejudicar o estado com suas ações, ao forçar a empresa transferir suas operações para outras regiões do país e exterior. Considerou ainda algumas exigências com absurdas e impostas injustamente já que não aplicadas a outros concorrentes. Em apoio à empresa, um grupo de trabalhadores, empresários e representantes de órgãos do estado protestaram com receio que a ação do MPT viesse causar prejuízos e desemprego no sertão potiguar para 62 facções e seus 2.600 empregados por conta do acréscimo de encargos, dificultando a concorrência com o mercado asiático. Em 2016, o movimento do setor na região teria sido de 100 milhões de reais.[26]

A Riachuelo alega que o programa Pró-Sertão atende uma região do semiárido do Rio Grande do Norte com 50 cidades. São 61 oficinas que prestam serviço a 15 marcas. A empresa aderiu ao programa porque as oficinas são obrigadas por lei a cumprir todas as normas trabalhistas previstas por lei. A empresa destaca: “ambiente de trabalho saudável, realização de auditorias periódicas com o objetivo de verificar o cumprimento das leis trabalhistas, tratamento igualitário a fornecedores terceirizados e contratados, além de contratos regulares de prestação de serviço com as oficinas de costura do Rio Grande do Norte”. A iniciativa gerou 5 mil empregos diretos e afetou 50 mil pessoas. Os trabalhadores tiveram carteira assinada (90% deles pela primeira vez). Antes disso, não tinham qualquer trabalho formal.[27]

Em decisão do juiz da 7º Vara do Trabalho de Natal, Alexandre Érico da Silva, a Guararapes foi inocentada e foi negada a multa solicitada pelo MPT. "Vencemos apesar de todos os obstáculos enfrentados. E, a sentença demonstra a idoneidade da empresa e a responsabilidade com o trabalhador norte-rio-grandense", disse Erick Pereira, advogado que atuou na defesa da Guararapes durante a polêmica.


A ação civil pública do MPT tinha como objetivo responsabilizar a gigante têxtil, dona da Riachuelo, quanto aos direitos trabalhistas de empregados das facções de costura terceirizadas. Desde 2017, a ação milionária contra a Guararapes gerou várias manifestações de empresários, políticos e funcionários das pequenas fábricas do interior potiguar.


Fonte: Portal Grande Ponto

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Referências

  1. «Evangélico, Flavio Rocha 'ora' por 'liberal de cabo a rabo'». Folha de S.Paulo. 16 de fevereiro de 2018. Consultado em 10 de fevereiro de 2021
  2. «Dono da Riachuelo lança manifesto em NY». Folha de S.Paulo. 18 de janeiro de 2018
  3. Estadão. «Entrevista». 5 de setembro deo 2015
  4. «Flavio Rocha deixa a Riachuelo para disputar a Presidência». Folha de S.Paulo. Uol. 23 de março de 2018. Consultado em 21 de abril de 2018
  5. «A 300ª loja da Riachuelo é inaugurada em Natal». www.riachuelo.com.br. Consultado em 12 de junho de 2018
  6. «Riachuelo confirma que Flavio Rocha deixa companhia para eleição | EXAME». exame.abril.com.br. Consultado em 12 de junho de 2018
  7. «Riachuelo». www.riachuelo.com.br. Consultado em 12 de junho de 2018
  8. «Grupo Guararapes». www.riachuelo.com.br. Consultado em 25 de janeiro de 2018
  9. «Grupo Guararapes - Midway Financeira». www.midwayfinanceira.com.br. Consultado em 25 de janeiro de 2018
  10. «Flávio Rocha aponta boicote». Folha de S.Paulo. 9 de agosto de 1994
  11. «Os 25 melhores CEOs do Brasil, segundo a Forbes | EXAME». exame.abril.com.br. Consultado em 12 de junho de 2018
  12. «Pro Sertão». www.riachuelo.com.br. Consultado em 12 de junho de 2018
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