Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Francisco Ayala

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Francisco Ayala
Remove ads

Francisco Ayala García-Duarte (Granada, Espanha, 16 de março de 1906Madrid, 3 de novembro de 2009) foi um escritor espanhol.

Factos rápidos Nome completo, Nascimento ...
Remove ads

Biografia

Resumir
Perspectiva

Aos dezasseis anos mudou-se para Madrid, onde estudou Direito, Filosofia e Letras. Nesta época publicou as suas duas primeiras novelas, Tragicomedia de un hombre sin espíritu e Historia de un amanecer.

Colaborou habitualmente na Revista de Occidente e na Gaceta Literaria. Residiu em Berlim entre 1929 e 1931 durante o surgimento do nazismo. Doutorou-se em Direito na Universidade Complutense de Madrid e deu aulas na mesma.

Foi letrado das Cortes desde a proclamação da República. No começo da Guerra Civil estava a dar conferências na América do Sul, e durante a mesma exerceu como funcionário do Ministério de Estado.

No final da República exilou-se em Buenos Aires, onde passou dez anos trabalhando e colaborando na revista Sur e no diário La Nación. Nesse tempo foi co-fundador da revista Realidad.

Posteriormente, ainda na década de 1950, Ayala passou a residir em Porto Rico, país no qual deu cursos na Faculdade de Direito da Universidade de Porto Rico, convidado pelo Decano da instituição, o renomeado jurista Manuel Rodríguez Ramos. De Porto Rico viajou para os Estados Unidos da América, onde deu aulas de Literatura espanhola nas universidades de Princeton, Rutgers, Nova Iorque (NYU) e Chicago, embora mantendo estreitas ligações intelectuais e culturais com Porto Rico, onde igualmente viveram longos exílios Pau Casals e Juan Ramón Jiménez, entre outros.

Em 1960 regressou pela primeira vez a Espanha e, pouco a pouco, reintegrou-se na vida literária espanhola. Em 1976 instalou-se definitivamente em Madrid, continuando o seu labor de escritor, conferencista e colaborador da imprensa. Em 1983, aos 77 anos, foi eleito membro da Real Academia Espanhola e leu o seu discurso de entrada um ano depois. Até muito avançada idade continuou a escrever com plena lucidez. Em 1988 obteve o Prémio Nacional das Letras Espanholas; em 1990 foi nomeado Filho Predilecto da Andaluzia; em 1991 foi galardoado com o Prémio Miguel de Cervantes e em 1998 com o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras.

A crítica dividiu geralmente a trajetória narrativa de Francisco Ayala em duas etapas: a anterior e a posterior à Guerra Civil.

Na primeira etapa escreveu Tragicomedia de un hombre sin espíritu (1925) e Historia de un amanecer (1926), que se inscrevem numa linha narrativa tradicional. Com El boxeador y un ángel (1929) e Cazador en el alba (1930) aborda a prosa vanguardista. Em ambas as coleções de contos predomina o estilo metafórico, o brilhantismo expressivo, a falta de interesse pela anedota e o fascínio pelo mundo moderno.

Após um longo silêncio, Francisco Ayala iniciou a sua segunda etapa no exílio com El hechizado (1944), relato sobre a tentativa de um crioulo de se encontrar com o rei Carlos II de Espanha e que faz parte em 1949 de Los usurpadores, livro composto por sete narrativas cujo tema comum é a ânsia do poder. A história serve aqui para refletir sobre o passado, a fim de conhecer com maior profundidade o presente. Também em 1949 publica La cabeza del cordero, conjunto de relatos sobre a Guerra Civil Espanhola, nos quais presta maior atenção à análise das paixões e comportamentos das personagens que à crónica de acontecimentos externos. Muertes de perro (1958) constitui uma denúncia da situação de um povo submetido a uma ditadura, ao mesmo tempo que apresenta a degradação humana num mundo sem valores. El fondo del vaso (1962) é um complemento da novela anterior, que está presente neste novo relato através dos comentários que dela fazem as personagens. A ironia converte-se no recurso central desta obra, ainda que uma maior compreensão com o género humano vá substituindo o desprezo. Em algumas ocasiões, como em El hechizado, aproxima-se do mundo existencial e absurdo de Franz Kafka, com uma denúncia implícita da imoralidade e estupidez do poder.

Depois destas novelas Francisco Ayala continuou publicando relatos, como os recolhidos em El As de Bastos (1963), El rapto (1965) e El jardín de las delicias (1971), livro que se baseia no contraste entre a objetividade satírica da primeira parte, «Diablo mundo», e o tom evocativo, subjetivo e lírico da segunda, «Días felices». Em 1982 apareceu De triunfos y penas, e em 1988 El jardín de las malicias, onde recolheu seis contos escritos em diferentes épocas da sua vida.

Grande importância tem também a sua obra ensaística, que abrange temas políticos e sociais, reflexões sobre o presente e o passado de Espanha, o cinema e a literatura.

Escreveu umas interessantes memórias: "Recuerdos y olvidos" (1982, 1983, 1988 e 2006).

Em 16 de março de 2006 cumpriu 100 anos de idade. Foi membro da Academia de Buenas Letras de Granada.

Remove ads

Títulos

Narrativa

  • Tragicomedia de un hombre sin espíritu (1925).
  • Historia de un amanecer (1926).
  • El boxeador y un ángel (1929).
  • Cazador en el alba (1930).
  • El hechizado (1944).
  • Los usurpadores (1949).
  • La cabeza del cordero (1949).
  • Historia de macacos (1955).
  • Muertes de perro (1958).
  • El fondo del vaso (1962).
  • El as de Bastos (1963).
  • Mis mejores páginas (1965).
  • El rapto (1965).
  • Cuentos (1966).
  • Obras narrativas completas. Glorioso triunfo del príncipe Arjuna (1969).
  • Lloraste en el Generalife.
  • El jardín de las delicias (1971).
  • El hechizado y otros cuentos (1972).
  • De triunfos y penas (1982).
  • El jardín de las malicias (1988).
  • Relatos granadinos (1990).
  • Recuerdos y olvidos 1 (1982) (Memórias).
  • Recuerdos y olvidos 2 (1983) (Memórias).
  • El regreso (1992).
  • De mis pasos en la tierra (1996).
  • Dulces recuerdos (1998).
  • Un caballero granadino y otros relatos (1999).
  • Cuentos imaginarios (1999).

Ensaio

  • El derecho social en la Constitución de la República española (1932).
  • El pensamiento vivo de Saavedra Fajardo (1941).
  • El problema del liberalismo (1941).
  • El problema del liberalismo (1942). Edição ampliada.
  • Historia de la libertad (1943).
  • Los políticos (1944).
  • Histrionismo y representación (1944).
  • Una doble experiencia política: España e Italia (1944).
  • Ensayo sobre la libertad (1945).
  • Jovellanos (1945).
  • Ensayo sobre el catolicismo, el liberalismo y el socialismo (1949). De Donoso Cortés, com edição e estudo preliminar de Francisco Ayala.
  • La invención del Quijote (1950).
  • Tratado de sociología (1947).
  • Ensayos de sociología política (1951).
  • Introducción a las ciencias sociales (1952).
  • Derechos de la persona individual para una sociedad de masas (1953).
  • Breve teoría de la traducción (1956).
  • El escritor en la sociedad de masas (1956).
  • La crisis actual de la enseñanza (1958).
  • La integración social en América (1958).
  • Tecnología y libertad (1959).
  • Experiencia e invención (1960).
  • Razón del mundo (1962).
  • De este mundo y el otro (1963).
  • Realidad y ensueño (1963).
  • La evasión de los intelectuales (1963).
  • Problemas de la traducción (1965).
  • España a la fecha (1965).
  • El curioso impertinente, de Miguel de Cervantes (1967). Edição e prólogo.
  • El cine, arte y espectáculo (1969).
  • Reflexiones sobre la estructura narrativa (1970).
  • El Lazarillo: reexaminado. Nuevo examen de algunos aspectos (1971).
  • Los ensayos. Teoría y crítica literaria (1972).
  • Confrontaciones (1972).
  • Hoy ya es ayer (1972).
  • Cervantes y Quevedo (1974).
  • La novela: Galdós y Unamuno (1974).
  • El escritor y su imagen (1975).
  • El escritor y el cine (1975).
  • Galdós en su tiempo (1978).
  • El tiempo y yo. El jardín de las delicias (1978).
  • Palabras y letras (1983).
  • La estructura narrativa y otras experiencias literarias (1984).
  • La retórica del periodismo y otras retóricas (1985).
  • La imagen de España (1986).
  • Mi cuarto a espaldas (1988).
  • Las plumas del Fénix. Estudios de literatura española (1989).
  • El escritor en su siglo (1990).
  • Contra el poder y otros ensayos (1992).
  • El tiempo y yo, o el mundo a la espalda (1992).
  • En qué mundo vivimos (1996).
  • 'Miradas sobre el presente: ensayos y sociología, 1940-1990', Coleção Obra Fundamental, Fundación Santander, Seleção e Prólogo de Alberto J. Ribes Leiva (Madrid, 2006).

Artigos de imprensa

  • El mundo y yo (1985).

Traduções

Remove ads

Bibliografia

Resumir
Perspectiva
  • K. Ellis, El arte narrativo de Francisco Ayala (Madrid, 1964)
  • F. Ayala, Obras narrativas completas, prólogo de A. Amorós (México, 1969)
  • E. Irizarry, Teoría y creación literaria en Francisco Ayala (Madrid, 1970)
  • R. Hiriart, Los recursos técnicos en la novelística de Francisco Ayala (Madrid, 1972)
  • A. Amorós, Bibliografía de Francisco Ayala (Nueva York, 1973)
  • Mermall, Th. Las alegorías del poder en Francisco Ayala (Madrid, 1983)
  • AA. VV., Francisco Ayala (Barcelona, 1989).
  • Ribes Leiva, A. J., Paisajes del siglo XX: sociología y literatura en Francisco Ayala, Ed. Biblioteca Nueva (Madrid, 2007).
  • Ribes Leiva, A. J., "La mirada sociológica y el compromiso con el presente de Francisco Ayala", en F. Ayala, Miradas sobre el presente, Colección Obra Fundamental, Fundación Santander (Madrid, 2006).
  • AMORÓS, A., (1980): «La narrativa de Francisco Ayala", en Francisco Rico, (Coord.), Historia y Crítica de la Literatura española, Época Contemporánea,1939-1980, Yndurain, F., Barcelona, Crítica.
  • Amorós, Andrés: Bibliografía de Francisco Ayala Nueva York, Centro de Estudios Hispánicos, 1973
  • Amorós, A., y otros Francisco Ayala: Premio Nacional de las Letras Españolas 1988 Madrid, Ministerio de Cultura, 1990
  • IGLESIAS DE USSEL, J., (2002): «Tiempo y espacio en Ayala», en VVAA, La sociedad: teoría e investigación empírica. Librohomenaje a José Jiménez Blanco, Madrid, CIS.
  • JASINSKI, Isabel. (2012). A condição de estrangeiro: literatura e exílio em Francisco Ayala. Curitiba: Editora UFPR. ISBN 9788573353082
  • JULIÁ, S., (1997): «Francisco Ayala», Claves de la razón práctica, Julio/Agosto, n.° 74.
  • PULIDO TIRADO, (1992): «La etapa crítico literaria de francisco Ayala en la Revista de Occidente (1927-

1930)», en Sánchez Triguero y Chicharro Chamorro (eds.), Francisco Ayala. Teórico y crítico literario, Granada, Diputación Provincial de Granada.

  • RICHMOND, C., (1978): «Prólogo» en Ayala, F., El jardín de las delicias. El tiempo y yo, Madrid, Espasa-

Calpe.

  • Richmond, C.,(1992): «Introducción» en Ayala, F., Los Usurpadores, Madrid, Cátedra, Pp: 9-96.
  • SÁNCHEZ TRIGUEROS, A., y CHICHARRO CHAMORRO, A., (eds.), (1992): Francisco Ayala. Teórico y crítico literario, Granada, Diputación Provincial de Granada.
  • I. SOLDEVILA DURANTE (ed.) (2001): Max Aub,Francisco Ayala: epistolario, 1952-1972, Valencia, Fundación Max Aub.
  • V.A. (1992): Anthropos, N.° 139, diciembre. Número monográfico dedicado a F. Ayala.
  • V.A. (2008): La Torre. Homenaje a Francisco Ayala. Puerto Rico, Universidad de Puerto Rico, 2008
  • Enriqueta Antolín: Ayala sin olvidos Madrid, Espasa Calpe, 1993
  • Maryellen Bieder: Narrative Perspective in the Post-Civil War Novels of Francisco Ayala: Muertes de perro and El fondo del vaso. North Carolina, University of North Carolina, 1979
  • Salustiano de Campo (ed.): Francisco Ayala, sociólogo. Madrid, Instituto de España, 2007
  • Luis García Montero: Francisco Ayala y el cine. Madrid, Visor, 2006
  • Luis García Montero: Francisco Ayala. El escritor en su siglo. Granada, Diputación, 2009
  • Luis García Montero e outros: Francisco Ayala. El escritor en su siglo. Madrid, Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales, 2006
  • Rafael Juárez e Juan Vida (eds.)Retratos y autorretratos de Francisco Ayala. Sevilla, Fundación José Manuel Lara, 2006
  • Rosa Navarro Durán e Á. García Galiano: Retrato de Francisco Ayala. Barcelona, Galaxia Gutenberg, 1996
Remove ads
Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads