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Futa Toro
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Futa Toro (uolofe e fula: Fuuta Tooro, فُوتَ تࣷورࣷ, 𞤆𞤵𞥄𞤼𞤢 𞤚𞤮𞥄𞤪𞤮; em árabe: فوتا تورو), muitas vezes simplesmente Futa, é uma região semidesértica no meio do caminho do rio Senegal. Esta região, ao longo da fronteira do Senegal e da Mauritânia, é historicamente significativa como o centro de vários estados fulas e uma fonte de exércitos da jiade e migrantes para Futa Jalom.[1][2] A palavra Futa é um nome geral que os fulas deram a qualquer área em que viviam, enquanto Toro era a identidade real da região para seus habitantes, provavelmente derivada do antigo Reino de Tacrur.[3]
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Geografia
O Futa Toro se estende por cerca de 400 quilômetros, mas apenas uma faixa estreita de até 20 quilômetros de cada lado do Rio Senegal é bem irrigada e fértil.[4] O interior, longe do rio, é poroso, seco e infértil.[5] Historicamente, cada uma das províncias geográficas de Futa Toro eram bolsões férteis das planícies de inundação de waalo, e esse recurso era controlado por grupos de parentesco. A longa extensão significava que a região era dividida entre muitas famílias, e a transmissão de direitos de propriedade de uma geração para a outra levou a muitas disputas familiares, crises políticas e conflitos.[4]
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História
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Perspectiva
Os fulas chegaram pela primeira vez ao que hoje é Futa Toro durante o reinado do Império do Gana, fugindo das regiões cada vez mais áridas de Adrar e Hode. Pastores nômades, se misturaram com as populações pesqueiras e agrícolas proto-sererês e jalofos anteriores.[6] Futa Toro foi uma das primeiras regiões da África Ocidental a se tornar islamizada, no século XI.[7] Conhecida como Tacrur na época, enriqueceu com o comércio transaariano, principalmente depois que a captura almorávida de Audagoste sufocou os centros comerciais concorrentes. Um alvo para conquistadores, no entanto, Futa Toro foi conquistada ou vassalizada sequencialmente pelos Impérios do Gana, o Império Sosso, o Império Mali e o Império Jalofo.[8]
Coli Tenguela fundou o Império de Grão-Fulo (denanquê) no início do século XVI, quebrando esse ciclo. A ascensão do Imamato de Futa Toro em 1776, que encerrou o governo denanquê, inspirou uma série de movimentos de reforma islâmica e jiades pela região, liderados por grupos de muçulmanos fulas educados conhecidos como torodos.[1][9] Na década de 1780, Abdelcáder se tornou almami (líder religioso ou imame) de Futa Toro, mas suas forças não conseguiram estabelecer seu controle sobre os estados vizinhos.[10]
Províncias
Historicamente, a parte ocidental era chamada de Toro, e a porção central inclui as províncias de Bosea, Irlabe Hebiabe, Lau e Hailabe. A Futa oriental inclui as províncias de Angenar e Danga.[4][11] Durante o auge do poder fula na região, do século XI ao XVII, Futa Toro incluía as planícies até os planaltos de Tagante e Assaba.[12] O vale do rio Gorgol na margem norte, com a capital real de Tacrur, era o coração.[13] A partir do século XVII, no entanto, Futa Toro encolheu à medida que o Saara secava e os ataques berberes e hassanitas se intensificavam.[14]
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Referências
- Appiah & Gates 2010, p. 496.
- Hashmi 2012, p. 247–249.
- Shoup 2011, p. 97.
- Barry 1998, p. 12–13.
- Appiah & Gates 2010, p. 500–501.
- Levtzion & Pouwels 2000, p. 77–79.
- «Futa Toro». Oxford Islamic Studies Online
Bibliografia
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