Herpes genital

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Herpes genital é a infeção dos órgãos genitais pelo vírus do herpes simples (VHS).[1] Na maior parte das pessoas os sintomas ou não se manifestam ou são muito ligeiros, pelo que nem se apercebem que estão infetadas.[1] Nos casos sintomáticos, o sintoma mais comum são pequenas bolhas que se rompem para formar úlceras dolorosas.[1] Podem também ocorrer sintomas semelhantes à gripe.[2] Os sintomas começam-se a manifestar cerca de 4 dias após a exposição, durando até quatro semanas.[1] Após a infeção inicial podem surgir novos episódios, embora sejam geralmente mais ligeiros.[1]

Factos rápidos Especialidade, Sintomas ...
Herpes genital
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Lesões de herpes genital na vulva
EspecialidadeInfectologia
SintomasNenhum, pequenas bolhas que se rompem para formar úlceras dolorosas, síndrome gripal[1][2]
ComplicaçõesMeningite asséptica, risco acrescido de VIH/SIDA, herpes neonatal[1]
Início habitual2-12 dias após exposição[1]
DuraçãoAté 4 semanas (primeiro episódio)[1]
CausasVírus do herpes simples (VHS-1, VHS-2)[1]
Método de diagnósticoExames às lesões, análises ao sangue[1]
Condições semelhantesSífilis, cancro mole, molusco contagioso, hidrosadenite supurativa[3]
PrevençãoAbstinência sexual, utilização de preservativo, relações sexuais apenas com pessoas não infetadas[2]
TratamentoAntivirais[1]
Frequência846 milhões (2015)[4]
Classificação e recursos externos
CID-111A94.0
CID-10A60
CID-9054.1
MedlinePlus000857
MeSHD006558
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A doença é geralmente transmitida por contacto genital direto com a superfície da pele ou secreções de uma pessoa infetada.[1] A transmissão pode ocorrer durante uma relação sexual, incluindo por sexo oral.[1] Não é necessário que haja feridas ativas para que ocorra transmissão.[1] Existem dois tipos de vírus da herpes simples: VHS-1 e VHS-2.[1] Embora ao longo da história a herpes genital tenha sido causada principalmente pelo VHS-2, a herpes por VHS-1 tem-se tornado cada vez mais comum nos países desenvolvidos.[1][5] O diagnóstico pode ser realizado pelo exame das lesões mediante reação em cadeia da polimerase, cultura do vírus ou análises ao sangue para detectar anticorpos específicos.[1]

Entre as medidas de prevenção estão a abstinência sexual, a utilização de preservativo durante as relações sexuais e manter relações sexuais apenas com pessoas que não estejam infetadas.[2] Uma vez contraída a infeção, não existe cura.[2] Os antivirais podem, no entanto, prevenir novos episódios ou encurtar a duração dos episódios quando estes ocorrem.[1] A utilização prolongada de antivirais pode também diminuir o risco de transmissão a outras pessoas.[1]

Em 2015, cerca de 846 milhões de pessoas, ou 12% da população mundial, tinham herpes genital.[4] A infeção é mais comum entre as mulheres.[1] Embora as complicações sejam raras, é possível que ocorra meningite asséptica, aumento do risco de contrair VIH/SIDA durante a exposição ao vírus e transmissão para o bebé durante o parto, causando herpes neonatal.[1]

Referências

  1. «Genital Herpes – CDC Fact Sheet». 9 de fevereiro de 2017. Consultado em 20 de dezembro de 2017
  2. «STD Facts – Genital Herpes». Consultado em 20 de dezembro de 2017
  3. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMID 27733282
  4. Beigi, Richard H., ed. (27 de março de 2012). Sexually transmitted diseases. Chichester, West Sussex: John Wiley & Sons, Ltd. 139 páginas. ISBN 9781118314975
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