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Juana Bormann

Guarda feminina da SS Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Juana Bormann
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Juana Bormann ou Johanna Bormann (Birkenfelde, 10 de setembro de 1893Hameln, 13 de dezembro de 1945) foi uma guarda feminina da SS, que atuou em diversos campos de concentração nazistas durante a II Guerra Mundial.

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Foi julgada e condenada como criminosa de guerra no Julgamento de Belsen e executada em dezembro de 1945.

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Biografia

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Antes de ser integrada à SS, Juana trabalhava em um hospício, onde ganhava cerca de 15 a 20 marcos por mês[1].

Juana começou a carreira no campo de Lichtenburg em 1938, primeiro como cozinheira [2] e depois como auxiliar da SS ao lado de outras 49 mulheres[3], segundo ela, para “poder ganhar mais dinheiro”, visto que ali receberia 150 a 190 marcos por mês[1].

Em maio de 1939 foi selecionada para trabalhar no novo campo de Ravensbruck, perto de Berlim, inicialmente na cozinha e depois, na supervisão de grupos de trabalhos forçados.

Após três anos foi destacada para Auschwitz, na Polônia, onde atuou de maio a dezembro de 1943 como Aufseherin (auxiliar feminina). Suas supervisoras incluíam duas notórias integrantes das guardas femininas de campos de concentração nazistas, Maria Mandel e Irma Grese.

De estatura baixa e muita crueldade, era chamada pelos prisioneiros de “a mulher com os cachorros”[2]. Juana possuía um cachorro de estimação e foi acusada de incitar que o animal atacasse prisioneiros nos campos. Também foi acusada de agredir prisioneiros fisicamente e participar de seleções para as câmaras de gás[1].

Em 1944, com o acúmulo de derrotas da Alemanha Nazista e a invasão soviética no leste, Bormann – sem parentesco com o líder nazista Martin Bormann — foi transferida para um campo auxiliar na Silésia. Em janeiro de 1945 retornava à Ravensbruck e em fevereiro chegava a seu último posto, Bergen-Belsen, onde trabalhou sob as ordens de Josef Kramer, Irma Grese e Elisabeth Volkenrath, com os quais já tinha servido em Auschwitz.

Em 15 de abril de 1945 o exército britânico chegou ao campo, encontrando 10.000 cadáveres insepultos e 40.000 sobreviventes esqueléticos à beira da morte[2]; os libertadores obrigaram todo o pessoal da SS a enterrar os corpos.

Juana foi presa, interrogada pelos militares e processada no Julgamento de Belsen, realizados entre setembro e dezembro de 1945. Diversos sobreviventes testemunharam sobre os crimes cometidos por ela em Auschwitz e Belsen, algumas vezes soltando seu grande cão pastor-alemão em cima de prisioneiros indefesos. Foi considerada culpada por crimes contra a humanidade e enforcada — junto com Grese e Volkenrath — em 13 de dezembro de 1945, na prisão de Hameln.[2]

Seu carrasco, Albert Pierrepoint, escreveu tempos depois sobre o dia anterior à execução, quando foi pesada para o cálculo da altura correta da queda: "Ela andou vacilante pelo corredor parecendo velha e encovada aos 42 anos de idade" — na verdade tinha 52.[2] "Tremia ao ser colocada na balança. Em alemão, ela disse: "Eu tenho os meus sentimentos""[4]

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Ver também

Bibliografia

Referências

  1. «The Trial (Defence - Evidence for the Defendant Juana Bormann)». War Crimes Trials - Vol. II The Belsen Trial. 'The Trial of Josef Kramer and Forty Four Others'. 12 de outubro de 1945. Consultado em 16 de junho de 2025
  2. «Juana Bormann». auschwitz.dk. Consultado em 30 de agosto de 2012
  3. Pierrepoint, Albert (1974). Executioner. [S.l.]: Harrap. ISBN 0-245-52070-8
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