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grupo de línguas indo-europeias Da Wikipédia, a enciclopédia livre
As línguas germânicas são um ramo da família indo-europeia. Englobam cerca de 500 milhões de falantes nativos, localizados principalmente na Europa, América do Norte, Oceania e África Austral, e mais de 2 bilhões com a inclusão de bilíngues no mundo todo.[1] Um fenômeno característico de todas as línguas germânicas em contraste com as outras línguas indo-europeias são alterações consonantais através da primeira mudança fonética germânica.
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As línguas germânicas ocidentais incluem as três línguas germânicas mais faladas: o inglês, idioma mais falado do mundo, o alemão e o neerlandês (ou holandês). Outras línguas germânicas ocidentais incluem o africâner, o baixo alemão, o iídiche, o ânglico escocês, o limburguês, frísio e o Saxão. maiores línguas germânicas setentrionais são o sueco, o dinamarquês e o norueguês, com o feroês e o islandês também incluídos nesse grupo.[2] As línguas germânicas orientais incluíram o gótico, o burgúndio e o vândalo, todas as quais foram extintas.[3]
O registro mais antigo em línguas germânicas, deixando de lado as inscrições rúnicas, são os textos góticos. Os principais representantes deste grupo de línguas são o inglês, o alemão, o neerlandês, o sueco, o dinamarquês e o norueguês. Ainda que muitas dessas línguas, sobretudo o inglês, o alemão e o islandês, possuam abundantes textos no período medieval, os textos mais antigos, sem dúvida estão em língua gótica germana, falada na região do Mar Negro até o século XVI. Os godos haviam emigrado do norte da região do Mar Negro onde governaram até a chegada dos hunos no século IV d.C., que empurraram as tribos godos até os Bálcãs. Graças a Úlfilas, o bispo dos godos ocidentais, criou-se um alfabeto gótico (derivado do alfabeto grego) e se traduziu a Bíblia à língua gótica.
Outros textos góticos antigos foram conservados em inscrições rúnicas, as quais parecem derivar de um dos alfabetos do norte da Itália ou do alfabeto do século I d.C.; estas inscrições foram empregadas amplamente por toda Europa setentrional desde 150 até 900 d.C.. Outra evidência mais antiga é o casco Negau, descoberto na Sérvia e Montenegro contendo a inscrição harixasti teiva, que usualmente se traduz como “ao deus Harigast (Exército)”; trata-se de um inscrição alusiva a um deus germânico. O texto está inscrito em um alfabeto itálico proveniente do rúnico e está datado entre os séculos VII e II a.C..
Afora a evidência textual direta das línguas germânicas, temos os textos dos autores clássicos, o mais importante dos quais é Tácito, que descrevendo a localização e a cultura dos antigos germânicos em sua obra Germânia situou a maior parte das tribos germânicas até cerca de 100 d.C.. Numa região limitada a oeste pelo rio Reno, ao sul pelo Main e a leste pelo Oder. Fontes mais antigas, como Guerras das Gálias de Júlio César, também situam os germanos a leste do Reno.
Portanto, a evidência histórica e textual indica que os povos mais antigos falantes de línguas germânicas estavam distribuídos entre a zona setentrional da atual Alemanha e o sul da Escandinávia.
Abaixo podemos relacionar as línguas germânicas e as datas de seus primeiros registros:
Há mais de 730 milhões de pessoas que falam alguma língua germânica, o que faz esse ramo ter o segundo maior número de falantes da família indo-europeia, logo atrás do ramo itálico, onde estão as línguas latinas - com mais de 870 milhões de falantes.
O segundo deslocamento fonético é um fenômeno local germânico, que se completou no final do período do alto alemão antigo e pelo qual o alto alemão se diferenciou dos dialetos baixos e centrais.
Historicamente, as línguas germânicas se dividem em três grupos:
No grupo ocidental de línguas germânicas também deve-se incluir o luxemburguês, que é uma das três línguas oficiais em Luxemburgo, sendo tão distinto do alemão normativo quanto também o é do neerlandês.
O frisão, falado na Alemanha e na Neerlândia (Países Baixos), consiste de três dialetos divergentes (oriental, ocidental e setentrional) e se fosse aplicado o princípio da inteligibilidade mútua seriam três línguas distintas.
As maiores modificações que produziram a diferenciação do proto-germânico em relação ao proto-indo-europeu se completaram por volta de 500 a.C.. Fonologicamente consiste em: desmembramento em várias vogais; mudanças no modelo de acentuação no nível das palavras e reduções e perdas em sílabas não tônicas. O primeiro desmembramento do som afetou todas as oclusivas sonoras e surdas do proto-indo-europeu.
A outra grande mudança fonológica é denominada segundo desmembramento do som e teve lugar posteriormente, consistindo na variação que sofreram várias consoantes indo-europeias nas línguas germânicas. Por exemplo, a consoante d se converteu em t (latim duo, inglês two), k ou c passou a h (latim collis, inglês hill), um t em th (latim tonitus, inglês thunder), um p em f (piscis/fish), e um g em k ou c (ager/acre). Esta característica foi descrita em detalhe no século XIX pelo filólogo alemão Jacob Grimm (mais conhecido por ser o autor, junto com seu irmão Wilhelm, dos famosos contos dos irmãos Grimm).
A passagem citada abaixo em várias línguas germânicas a partir da Bíblia gótica de Ulfilas, mostra variações interessantes. A palavra hairda (rebanho) tem relação com a inglesa herd, com a sânscrita sardha-, com a lituana kerdzius e com a galesa média cordd, todas significando “tropa”. Igualmente a palavra nahts (noite) é parte do vocabulário básico que achamos em muitas línguas indo-europeias: hitita nekut, sânscrito nakt, grego nyks, albanês nate, latim nox, irlandês in-nocht, lituano naktis, eslavo eclesiástico nosti. A palavra para “temor” agis se relaciona com a grega akhos e com a irlandesa agor.
Tradução: Havia pastores na mesma região, que velavam e guardavam as vigílias da noite sobre seu rebanho. E eis que se apresentou um anjo do Senhor, e a glória do Senhor os rodeou de esplendor; e tiveram um grande temor. (Lucas 2:8-9)
Com o passar do tempo, alguns dos termos desta tabela sofreram certa modificação em seus significados originais. Por exemplo, a palavra alemã Sterben e outras que significam «morrer» são cognados da palavra inglesa starve, que significa «morrer de fome». Também há ao menos um exemplo de um empréstimo cuja origem não é germânica (ounce e seus cognados do latim).
Inglês | Africâner | Dinamarquês | Neerlandês | Feroés | Alemão | Gótico | Islandês | Escocês | Sueco | Norueguês | Iídiche |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Apple | Appel | Æble | Appel | Súrepli | Apfel | Aplus | Epli | Aiple | Äpple | Eple | עפּל (Epl) |
Board | Bord | Bræt | Bord | Borð | Brett | Baúrd | Borð | Buird | Bord | Bord | ברעט (Bret) |
Book | Boek | Bog | Boek | Bók | Buch | Bóka | Bók | Beuk | Bok | Bok | בוך (Buḫ) |
Breast | Bors | Bryst | Borst | Bróst | Brust | Brusts | Brjóst | Breest | Bröst | Bryst | ברוסט (Brust) |
Brown | Bruin | Brun | Bruin | Brúnt | Braun | Bruns | Brúnn | Broun | Brun | Brun | ברױן (Broyn) |
Day | Day | Dag | Dag | Dagur | Tag | Dags | Dagur | Day | Dag | Dag | טאָג (Tog) |
Die | Sterf | Dø | Sterven | Doyggja | Sterben | Diwan | Deyja | Dee | Dö | Døy | שטאַרבן (Štarbn) |
Enough | Genoeg | Nok | Genoeg | Nóg | Genug | Ganóhs | Nóg | Eneuch | Nog | Nok | גענוג (Genug) |
Give | Gee | Give | Geven | Geva | Geben | Giban | Gefa | Gie | Giva/Ge | Gi, Gje | געבן (Gebn) |
Glass | Glas | Glas | Glas | Glas | Glas | Gler | Gless | Glas | Glass | גלאָז (Gloz) | |
Gold | Goud | Guld | Goud | Gull | Gold | Gulþ | Gull | Gowd | Guld | Gull | גאָלד (Gold) |
Hand | Hand | Hånd | Hand | Hond | Hand | Handus | Hönd | Haund | Hand | Hand | האַנט (Hant) |
Head | Kop | Hoved | Hoofd/Kop | Høvd/Høvur | Haupt/Kopf | Háubiþ | Höfuð | Heid | Huvud | Hovud | קאָפּ (Kop) |
High | Hoog | Høj | Hoog | Høg/ur | Hoch | Háuh | Hár | Heich | Hög | Høy | הױך (Hoyḫ) |
Home | Heim | Hjem | Thuis | Heim | Heim | Háimóþ | Heim | Hame | Hem | Heim | הײם (Heym) |
Hook | Haak | Krog | Haak | Haken | Haken | Krókur | Heuk | Hake/Krok | Krok | ||
House | Huis | Hus | Huis | Hús | Haus | Hús | Hús | Hoose | Hus | Hus | הױז (Hoyz) |
Many | Menige | Mange | Menig | Nógv | Manch, Viel | Manags | Margir | Mony | Många | Mange | אַ סך, פֿיל (A sakh, Fil) |
Moon | Maan | Måne | Maan | Máni | Mond | Ména | Tungl | Muin | Måne | Måne | לבֿנה (Levone) |
Night | Nag | Nat | Nacht | Nátt | Nacht | Nahts | Nótt | Nicht | Natt | Natt | נאַכט (Naḫt) |
No | Nee | Nej | Nee | Nei | Nein | Né | Nei | Nae | Nej | Nei | נײן (Neyn) |
Old | Oud | Gammel | Oud | Gamal/Gomul | Alt | Sineigs | Gamall | Auld | Gammal | Gammal | אַלט (Alt) |
One | Een | En | Een | Ein | Eins | Áins | Einn | Ane | En/ett | Ein/ei/eitt | אײן (Eyn) |
Ounce | Ons | Unse | Ons | Unze | Únsa | Unce | Uns | Unse | |||
Snow | Sneeu | Sne | Sneeuw | Kavi | Schnee | Snáiws | Snjór | Snaw | Snö | Snø | שנײ (Šney) |
Stone | Steen | Sten | Steen | Steinur | Stein | Stáins | Steinn | Stane | Sten | Stein | שטײן (Šteyn) |
That | Dat | Det | Dat | Hatta | Das | Þata | Þetta | That | Det | Det | דאָס (Dos) |
Two | Twee | To | Twee | Tveir | Zwei/Zwo | Twái | Tveir | Twa | Två | To | צװײ (Tsvey) |
Who | Wie | Hvem | Wie | Hvør | Wer | Has | Hver | Wha | Vem | Kven | װער (Ver) |
Worm | Wurm | Orm | Worm | Ormur | Wurm | Maþa | Ormur | Wirm | Mask, Orm | Orm | װאָרעם (Vorem) |
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