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Lava em almofada
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Lava em almofada, frequentemente em inglês: Pillow-lava, é a designação dada em geologia e geomorfologia às escoadas lávicas típicas das erupções vulcânicas subaquáticas nas quais lava é extruída no fundo de um mar, lago profundo ou uma cavidade preenchida por água dentro de um glaciar.[1] As lavas em almofada são em geral compostas por basaltos, mas ocorrem "almofadas" de komatito, picrito, boninito, andesito, andesito basáltico e mesmo de dacito.[2][3][4][5] Geralmente a composição afecta o tamanho das «almofadas», já que modifica a viscosidade da lava. Esta denominação deve-se à sua secção aproximadamente esférica, semelhante a almofadas. As lavas em almofada formam-se não apenas em mar profundo, mas também quando lavas subaéreas correm pelas vertentes entrando em contacto com o mar, rios ou lagos.


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Descrição
Resumir
Perspectiva
A produção de «lavas em almofada» ocorre quando lavas intermédias ou máficas são extruídas sob uma massa de água, em especial em erupções submarinas. Tendo em conta a abundância e extensão do vulcanismo de carácter basáltico ao longo das dorsais oceânicas onde existem cadeias quase contínuas de vulcões expulsando lava para os fundos oceânicos, este tipo de lava é o mais abundante na Terra.
As superfícies vítreas destas lavas não são lisas, apresentam gretas, enrugamentos e estrias lineares muitas das quais se intersectam em ângulos rectos. As lavas em almofada podem encontrar-se numa enorme variedade de formas incluindo bolbosas, esféricas, achatadas, alongadas e tubulares, e variam em diâmetro de várias dezenas de centímetros a várias dezenas de metros, contudo, o seu tamanho típico varia entre 0,5 e 1 metro. O interior das lavas em almofada arrefece mais lentamente que a cobertura exterior vítrea e consequentemente é mais cristalino. A cristalização a taxas de arrefecimento progressivamente mais lentas em direcção ao interior produz uma considerável variedade de texturas nas rochas.
Como nova crusta oceânica é formada continuamente ao longo das dorsais meso-oceânicas, novas camadas vão sendo produzidas no centro da dorsal, alimentando os diques que se ligam à câmara magmática. As lavas em almofada e as formas de dique complexas formam parte da clássica sequência de ofiolito quando um segmento da crusta continental está em processo de obducção com a crusta oceânica.
A presença de lavas em almofada nos restos vulcânicos mais antigos que se conhecem na Terra (o Cinturão supracortical de Isua e o Cinturão de Barberton) confirma a presença de grandes corpos de água sobre a superfície do planeta no Eão Arcaico. A presença de lavas em almofada é usada para confirmar ter existido vulcanismo subaquático nos cinturões metamórficos.
Na Península Ibérica ocorrem lavas deste tipo em áreas paleo-vulcânicas do País Basco[6], da periferia do Maciço Alóctone de Bragança [7] e do Complexo Vulcânico de Lisboa.
As lavas em almofada também podem ocorrer associadas a vulcões subglaciares nas primeiras etapas de uma erupção.[8][9]
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Formação
As lavas em almofada forma-se quando o magma alcança a superfície mas, devido à enorme diferença de temperatura entre a lava e a água, a superfície da massa emergente arrefece muito rapidamente, formando uma camada sólida superficial em forma de crosta. A massa de lava continua a crescer por injecção de mais lava no seu interior líquido, formando um lóbulo, até que a pressão interna da lava cresça o suficiente para romper a crusta e começar a formação de novo lóbulo. O processo ocorre repetidamente, produzindo uma série de massas em forma de lóbulo ou «almofada». Como a crosta arrefece muito mais rápido que o interior do lóbulo, apresenta grão muito fino (textura afanítica) com elementos vítreos, enquanto o interior, que arrefece muito mais lentamente, apresenta cristais de dimensões crescentes à medida que estão mais afastados da periferia.
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Notas
- «volcano». www.britannica.com, Encyclopedia Britannica Academic Edition. Revisado el 10 de octubre de 2011.
- «McCarthy, T. & Rubidge, B. 2008. The story of earth and life, Chapter 3, The first continent. 60-91, Struik Publishers» (PDF). web.wits.ac.za. Consultado em 12 de maio de 2016. Arquivado do original (PDF) em 7 de abril de 2009
- Iraganeko Oinatzak. «Visita guiada a las lavas acojonidas de Bergara». Consultado em 19 de fevereiro de 2016
Ligações externas
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